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O partido Podemos quase dobrou de tamanho após incorporar o Partido Social Cristão (PSC) e terminou o ano de 2023 com 796,4 mil correligionários, na 9ª posição no ranking do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de partidos por quantidade de filiados.

Antes da incorporação, autorizada pelo TSE em junho do ano passado, os dois partidos ocupavam a 13ª (Podemos) e a 14ª posições (PSC), com pouco mais de 402 mil filiados cada. Logo depois de absorver o PSC, em julho, o Podemos chegou a ter 803,7 mil.

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O PSC não conseguiu atingir o mínimo de votos necessários para ultrapassar a cláusula de barreira, mecanismo que determina que cada sigla deve alcançar um mínimo de 2% no total de votos válidos para a Câmara dos Deputados a nível nacional ou eleger 11 deputados federais para poder acessar o fundo partidário e o horário eleitoral gratuito em rádio e TV. A extinta sigla elegeu seis deputados e um senador nas últimas eleições.

Com a decisão do TSE, os votos destinados ao PSC passam a ser computados pelo Podemos, o que aumenta o acesso da sigla à fatia do fundo partidário.

O "novo" Podemos passa a ter agora 18 parlamentares eleitos para a Câmara, e sete para o Senado. O único senador eleito pelo PSC, Cleitinho (Republicanos-MG), trocou de partido no final de 2022.

Conforme a Lei dos Partidos Políticos, incorporações e fusões podem ocorrer livremente, desde que respeitem "a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana".

Enquanto a fusão transforma dois partidos já existentes em um novo, como o caso do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Patriota que originou o Partido da Renovação Democrática (PRD), na incorporação uma das legendas é absorvida pela outra.

O deputado Fábio Macedo (Pode-MA) foi eleito líder do bloco partidário formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC e conta com 142 deputados.

“Este bloco parlamentar está unido em torno de bandeiras programáticas, entre elas a independência do Parlamento, a despolarização política, a busca por consensos, a defesa da democracia e o desenvolvimento do Brasil", disse Fabio Macedo, que foi deputado estadual no Maranhão na legislatura passada e exerce seu primeiro mandato como deputado federal.

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Este é o único bloco partidário em funcionamento na Câmara. Foi formado no dia 1º de fevereiro para a eleição da Mesa Diretora, com 20 partidos e 496 deputados. Após a eleição, diversos partidos deixaram o bloco, que se consolidou agora com esses cinco partidos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), parabenizou o grupo. "Parabenizo os líderes do Republicanos, PSD, PSC, Podemos e MDB pela formação do bloco para atuação na Câmara dos Deputados. Sempre defendi a unidade para reduzirmos o número de partidos, fortalecendo-os e dando à sociedade confiança no nosso sistema partidário. Dessa forma, reafirmamos o compromisso com a democracia e o Parlamento brasileiros", disse ele em suas redes sociais.

*Da Agência Câmara de Notícias

Os partidos Podemos e PSC anunciaram, nessa terça-feira (22), que irão se fundir. Com a junção, a nova sigla se chamará Podemos e vai manter o número 20, do PSC.

As duas legendas vão formalizar a fusão em convenção marcada para o início de dezembro. Ao se tornarem uma sigla só, os partidos passarão a ter, em 2023, uma bancada de 18 deputados federais e 7 senadores. O anúncio foi feito na noite dessa terça-feira pela presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), e pelo presidente do PSC, Pastor Everaldo.

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Em nota conjunta divulgada à imprensa, os partidos afirmam que "o novo conjunto de forças nasce comprometido com o Estado Democrático de Direito". Com a incorporação, o novo partido passa a ter também 48 deputados estaduais, 198 prefeitos e 3.045 vereadores em todo o País.

José Luiz Datena (PSC) voltou à TV na tarde desta quinta-feira (30), o que inviabilizou sua pré-candidatura ao senado em São Paulo, onde liderava as intenções de voto, segundo as últimas pesquisas.

No Brasil Urgente, Datena disse que seguirá lutando em “outras arenas” e que “grupos radicais” que os hostilizaram foram um dos motivos para a 4ª desistência de entrar no mundo da política.

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“A mim todos conhecem, estarei com meu público, disso eu não tenho dúvida. Eu desejo felicidades nessa campanha aos meus quase correligionários. Ignoro, claro, certos grupos radicais que me hostilizaram e hostilizam que pesaram muito nessa decisão e sigo com a minha bandeira e meus princípios sempre em defesa da democracia e da Constituição brasileira”, disse o apresentador da Band.

 

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) foi numa escola particular do Recife e coagiu uma professora em sala de aula. A deputada disse ter ido à escola através de uma denúncia dos pais de um aluno de 15 anos “que relatou que o filho foi alvo de intolerância religiosa porque disse que ouvia a voz de Deus”. 

Com uma camisa escrito ‘eu ouço a voz de Deus’, Tércio publicou toda a ação em vídeo nas suas redes sociais, do momento que chegou na escola, à conversas com a professora.

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“Fui procurada por pais de um aluno de 15 anos que relata que o seu filho foi alvo de intolerância religiosa porque disse que ouvia a voz de Deus, e a professora diagnosticou ele como sendo esquizofrênico”, afirmou. 

Ao entrar na sala e interromper a aula, a parlamentar questionou a professora, “a gente veio aqui hoje para dizer que ouvimos a voz de Deus. Queria saber o que a senhora tem para dizer para a gente?”. “Nada”, respondeu. 

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Na legenda da publicação, ela disse que a escola não tomou nenhuma providência sobre o caso e expôs a intimidação à professora.

Ivan Moraes repudia

O vereador Ivan Moraes (PSOL) repudiou a atitude da deputada “para constranger uma professora de filosofia”.

“Uma deputada fundamentalista, a mesma que juntou uma horda para chamar uma menina de 10 anos de ‘assassina’ em frente ao Cisam, agora invadiu uma aula de um colégio particular para constranger uma professora de filosofia por conta de uma aula sobre Hegel. Não, não estamos bem”, disse, no Twitter.

 O ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), ganhou mais um partido de apoio à sua pré-candidatura ao Governo de Pernambuco, o Partido Social Cristão (PSC). Além do PSC, o candidato tem na sua base o Podemos.

 Vale lembrar que essa aliança já foi discutida, no mês passado em viagem de Miguel a Brasília. Na ocasião, o pré-candidato se reuniu com o presidente nacional da sigla partidária, o ex-senador paraibano Marcondes Gadelha. 

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“Agradeço a confiança de toda a direção do PSC por acreditar em nosso projeto de mudança em Pernambuco. O partido irá nos ajudar nessa caminhada, inclusive, na construção do nosso programa de governo. Sem dúvidas, é um reforço importante para nossa pré-campanha”, disse o filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do Governo Bolsonaro.

A filiação do apresentador Datena ao Partido Social Cristão (PSC), para concorrer ao Senado em São Paulo foi confirmada nesta sexta-feira (1º). Datena seria crítico à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a sigla confirmou o apoio dele ao candidato do presidente em São Paulo, o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos).

->> Datena revela que seu último voto foi em Lula

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A especulação era de que o apresentador apoiaria o pré-candidato Rodrigo Garcia (PSDB). Em nota, o PSC confirma o apoio ao candidato de Bolsonaro em São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). Além do Senado, Datena passa por outra negociação para compor a chapa com Tarcísio e concorrer ao governo paulista. 

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Mesmo sendo crítico à gestão de Bolsonaro, a chapa seria classificada como “de direita”. A ideia é fazer frente ao candidato do ex-presidente Lula (PT), Fernando Haddad (PT), na capital. No Estado, Lula aparece empatado com Bolsonaro em algumas pesquisas. 

Twitter

“Datena” fez parte dos Trending Topics do Twitter nesta sexta-feira. Alguns internautas confusos com a sua integração à sigla que apoia Bolsonaro questionaram a filiação. Outros internautas apoiadores de Bolsonaro, por sua vez, afirmavam que “bolsonaristas não votam no Datena”. 

O projeto de lei de autoria da vereadora Liana Cirne (PT), de número 8/2022 que institui o Orixá Xangô como guardião do Recife estava para entrar na pauta da sessão plenária desta segunda-feira (14), mas foi retirado pela autora. No entanto, desde o domingo (13), alguns vereadores da oposição protestaram contra a proposição nas suas redes sociais exaltando a laicidade do estado e, em seguida, exaltando Deus e Jesus. 

A autora do projeto afirmou, na justificativa da matéria, que Recife tem como uma das marcar a diversidade do povo e multiplicidade de manifestações culturais que, em sua maioria, são “trazidas pelos diferentes povos ancestrais da diáspora negra, assim entendidas as pessoas autodeclaradas pretas e pardas, num total de 68% da população recifense”. 

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Cirne destacou o culto ao Orixá Xangô, trazido para o Recife por Ifatinuké africana proveniente da Nigéria, e também falou sobre a isonomia de tratamento inter-religioso na capital. “mesma maneira que a cidade tem uma padroeira católica que celebramos respeitosamente, assim também os adeptos e cultuadores do candomblé, espiritualidade africana em Recife, lutam para que a representação do Orixá Xangô seja reconhecida e se transforme oficialmente como Guardião da Cidade do Recife. Xangô Orixá da justiça, da alegria e da fartura, Rei de Oyó, guarda essa cidade e seu povo possibilitando que a justiça prevaleça, a alegria cultural recifense se preserve e a fartura venha pelas mãos do trabalho livre de cada um de seus habitantes”, atenuou.

Bancada evangélica contra o projeto 

O vereador Fred Ferreira (PSC) publicou um vídeo afirmando ter sido surpreendido com o projeto. “Nesta última sexta-feira fui surpreendido aqui na Câmara dos Vereadores com um projeto de lei de uma vereadora do PT, que quer instituir o Orixá Xangô como guardião da nossa cidade. Vamos ver o que a Constituição diz, ela assegura que o estado é laico e prevê liberdade de crenças religiosas para qualquer cidadão, mas isso não assegura alguém querer decretar que o Orixá seja guardião da nossa cidade. Você concorda?”, questionou. 



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Em seguida, o parlamentar lembrou que o ex-presidente Lula recebeu, anos atrás, o mesmo Orixá de um pai de santo. “Você já se perguntou por que ela escolheu esse Orixá? Não sei se você lembra, mas alguns anos atrás o ex-presidente Lula ganhou de um pai de santo a imagem do mesmo Orixá, e agora querem colocar o mesmo guardião da nossa cidade. É muita coincidência. Lutarei contra esse projeto, vamos trabalhar e orar para que ele não seja aprovado. A minha convicção é que Recife é de Jesus”, afirmou. 

Por sua vez, o vereador Renato Antunes (PSC) também repudiou a matéria nas suas redes sociais. “Como vereador e representante do segmento cristão evangélico, entendo que toda fé deve ser respeitada, e combatemos todo tipo de intolerância religiosa. Estranhamente esse projeto foi pautado pelo partido dos trabalhadores, o PT, mesmo partido que diz que o estado deve ser laico. Cadê a laicidade do estado? Qual é a finalidade jurídica, econômica, cultural e social para que Xangô seja guardião da cidade do Recife? Como relator da matéria, votarei não, mas quero debater aspectos jurídicos culturais e sociais, entendendo que fé não se discute, mas também que fé não se impõe. Que Deus nos abençoe”. 

Também do partido social cristão, o vereador Felipe Alecrim se colocou como representante da população cristã católica e criticou o projeto. “Todos sabemos através de pesquisas que 80% da população recifense se declara cristã. Isso é importante para mim e para o nosso mandato saber a sua opinião sobre essa proposição”. 

Já o vereador Júnior Tércio (Podemos), apareceu nas suas redes comemorando a retirada do projeto de pauta. “A vitória é do povo de Deus. O projeto foi retirado de pauta e a autora é do PT, o partido das trevas. E ainda tem cristão que vota no partido depois dessa?”, disparou.

O deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) concluiu que a carência de 3.896 vagas em creches e escolas da Prefeitura do Recife para 2021 deve aumentar a capacidade do tráfico de drogas. Nessa quarta-feira (24), ele disparou contra as gestões municipal e estadual do PSB.

"Se não bastasse esse tempo todo de pandemia, período no qual a Prefeitura poderia ter construído ou reformado as creches e escolas do Município, o que vemos é abandono, e o pior ainda pode estar por vir, pois esses jovens, ao não comparecer às salas de aula, ficando expostos nas ruas, se tornarão alvos fáceis de aliciamento pelo narcotráfico do Recife", frisou o deputado em comunicado.    

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Apesar do aumento de 14% na disponibilidade de matrículas na rede pública em comparação ao ano passado, as 23 mil vagas para o novo ano letivo não priorizaram a lista de espera encaminhada pelos Conselhos Tutelares, que denunciaram a Prefeitura ao Ministério Público.

Evidências de corrupção

Das 5.198 vagas solicitadas em 2021, só 1.302 foram respondidas. "Essa é a marca do PSB. Todo dia é uma novidade negativa do Governo Estadual, com Paulo Câmara e agora, da Prefeitura do Recife, com João Campos; incrível como eles são péssimos gestores", criticou Feitosa.

Ele alega que a arrecadação dos impostos é mal utilizada pelo prefeito e destaca evidências de corrupção. "Dinheiro para saúde e educação não tem, mas para árvore de natal (de quase R$ 1 milhão de reais), refazer calçadas em área nobre, pagar instrumentos musicais sem utilidade e com evidências de corrupção, isso tem! O povo de Pernambuco está de olho, 2022 está chegando!", concluiu.

Em encontro realizado em Vicência, na Mata Norte, neste sábado (6), pelo Movimento Levanta Pernambuco, que reúne lideranças do PSDB, PL, PSC e Cidadania, o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) ressaltou que os problemas do Estado só serão resolvidos com quem tiver “a responsabilidade de introduzir Pernambuco em um novo tempo”.

Na reunião, Armando lembrou que a oposição está avançando. “Tá na hora de mudar e esta frente está aberta para incorporar novas lideranças. Este é um movimento que vai se ampliar a cada dia.”

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Armando fez essas declarações logo após realizar um diagnóstico dos problemas que a Zona da Mata enfrenta nos últimos anos: falta de água, infraestrutura rodoviária precária e desemprego. “Estou desde 2014 aqui no campo da oposição. Esse grupo do PSB não tem mais o que oferecer a Pernambuco. Além de posições muito cínicas do ponto de vista político, promove alianças ao sabor das conveniências eleitorais. Na verdade, eles pouco entregaram”, destacou Armando, diante da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), entre outros nomes da oposição.

“Por tudo isso, tá na hora de mudar. Nesse grupo político, vai surgir uma liderança que terá responsabilidade de introduzir Pernambuco nesse novo tempo que estamos querendo construir. Estamos nesse ciclo de encontros para ouvir, para aprender e para escutar”, enfatizou o ex-senador, aludindo aos encontros do Levanta Pernambuco, que percorrerão todo o Estado.

Por fim, Armando voltou a frisar que a Zona da Mata é credora de uma dívida histórica por parte do Governo do Estado. “Pernambuco tem uma dívida histórica com a Zona da Mata. A infraestrutura do Estado construída ao longo dos séculos extraindo a riqueza da Mata. Tá na hora de devolver à Zona da Mata o muito que ela deu ao Estado”, finalizou.

*Da assessoria

 

Partidos de oposição ao governo de Paulo Câmara (PSB) se reúnem, na tarde desta quinta-feira (28), para o lançamento do Movimento Levanta Pernambuco. A iniciativa é capitaneada pelos institutos de formação política do PSDB, PL, PSC e Cidadania. O evento acontece na Livraria Jaqueira, no bairro do Recife.

O movimento classificado como interpartidário pretende “propor uma visão estratégica para o Estado com eixos na recuperação, reconstrução do futuro e retomada da esperança”. No encontro de hoje, o tema será os desafios da educação no Estado.

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De acordo com o PSDB, a programação da primeira etapa do Levanta Pernambuco, que contará com encontros em todas as regiões do Estado, deve ser concluída e anunciada na segunda quinzena de dezembro.

O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) avaliou o anúncio do movimento e considerou que o conjunto das oposições no Estado dá um claro sinal de vitalidade com a ação.

“Estamos no momento certo. É um movimento importante, saudável e oportuno. Lideranças representadas pela prefeita Raquel Lyra (PSDB), de Caruaru, e pelo prefeito Anderson Ferreira (PL), de Jaboatão, vão discutir questões temáticas. As oposições estão dando sinal de vitalidade, com lideranças novas e dispostas a oferecer a Pernambuco novos caminhos”, avalia Armando, que foi candidato a governador de Pernambuco nas duas últimas eleições.

 Por volta das 12h deste sábado (2), um homem atropelou uma militante que participava do ato a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, no Centro do Recife. Testemunhas afirmam que o suspeito se trata de Luciano Matias Soares, que foi candidato a vereador da capital pernambucana pelo PSC. O caso aconteceu na Avenida Martins de Barros, nas proximidades do Armazém do Campo do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).

Após se negar a respeitar o bloqueio feito pelos manifestantes, o suspeito acelerou o carro em cima da vítima, arrastando-a no capô por cerca de 50 metros. Ainda segundo os depoimentos concedidos ao LeiaJá, o homem, então, freou o veículo, fazendo com que a manifestante caísse no chão. “Foi quando ele passou por cima das pernas e do quadril dela. O cara acelerou com tudo e fugiu em direção ao Palácio do Campo das Princesas. Foi uma tentativa de homicídio”, declara o youtuber e militante Jones Manoel, que presenciou a ocorrência.

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Luciano Matias Soares dirigia um Jeep Renegade preto, de placa QYB1494. Jones Manoel informou que prestará depoimento às autoridades policiais e que um Boletim de Ocorrência será registrado.

A vítima era advogada e acompanhou o protesto ao lado da Comissão de Direitos Humanos da OAB. A família da ativista pede que sua identidade não seja divulgada.

A advogada sofreu fraturas nas pernas e na cabeça, tendo sido conduzida para o Hospital Português, onde passa por exames. Seu estado de saúde ainda não foi divulgado. A Ordem informou que cobrará a Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) para que as providências jurídicas sejam tomadas.

Entre posicionamentos progressistas ou conservadores, o uso do capital político familiar é uma prática oligárquica persistente em Pernambuco, que abrange, sobretudo, os poderes Legislativo e Executivo. Às vésperas do processo eleitoral de 2022, os herdeiros políticos de direita e centro-direita seguem a toada e começam sinalizar quais nomes estarão na disputa pelo governo do Estado.

O LeiaJá reúne, a seguir, um apurado sobre as principais famílias conservadoras pernambucanas e como elas estão se movimentando nos meses que antecedem o pleito governamental.

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A expansão da família Ferreira

A candidatura do atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem se apresentado como uma certeza entre os conservadores. Em visita ao Agreste pernambucano no último domingo (22), ele chegou a ser chamado de “futuro governador” por aliados.

Reeleito ainda no primeiro turno, Anderson reforçou sua posição contrária ao PSB ao declarar apoio à Marília Arraes (PT) na disputa pelo segundo turno da capital pernambucana. O político, que comanda uma das principais cidades da Região Metropolitana (RMR), também tem afirmado publicamente que as pessoas foram “abandonadas” pela atual gestão do governo, liderada por Paulo Câmara (PSB).

Sob a forte influência do patriarca Manoel Ferreira (PSC), que está em seu oitavo mandato como deputado estadual, o clã dos Ferreira conseguiu se infiltrar em diversas estruturas políticas do Estado. Entre as conquistas da família, que costuma contar com o apoio do universo evangélico, está a cadeira na Câmara dos Deputados, ocupada por André Ferreira (PSC), irmão gêmeo de Anderson.

No Recife, o poder se expandiu também para Câmara Municipal: Fred Ferreira (PSC), cunhado dos herdeiros políticos, cumpre seu segundo mandato como vereador.

O legado dos Coelho

A história política que já passou por quatro gerações, hoje desemboca no nome de Miguel Coelho (DEM), atual prefeito de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano. Recém-chegado no Democratas, partido que já conta com os nomes de seus irmãos, Fernando Filho, deputado federal, e Antônio Coelho, deputado estadual, Miguel é apontado como um dos principais nomes da disputa pelo governo estadual.

O titular da oligarquia é Fernando Bezerra Coelho (MDB), atual senador por Pernambuco e pai de Miguel, Fernando e Antônio. FBC viu a força política familiar se originar em Clementino Coelho, seu pai, também conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, a matriarca que, posteriormente, tornou-se uma notável articuladora da dinastia na Região do São Francisco.

Embora Bezerra Coelho atue como o líder do governo federal no Senado, o político tem agido de maneira mais discreta nas últimas semanas. No início de agosto, por exemplo, ele se mostrou contrário ao desfile de militares em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Além disso, o deputado Fernando Filho votou contra a PEC do voto impresso, tornando o cenário de possível apoio dos setores bolsonaristas ao nome de Miguel Coelho ainda mais incerto.

Casal Collins: o conservadorismo ao lado do PSB

Atual aliado da Frente Popular de Pernambuco, de Paulo Câmara (PSB), Cleiton Collins (PP), ou Pastor Cleiton Collins, como prefere se apresentar, deu o pontapé inicial na carreira política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Atualmente, cumpre o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cleiton Collins é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e se auto intitula “defensor da família”. Ademais, fundou, em 2003, a Organização Não Governamental (ONG) Saravida, com o objetivo de atuar na recuperação de dependentes químicos. O combate às drogas através da religião, inclusive, é uma das principais bandeiras defendidas pelo político, que também tem envolvimento com pautas relativas à educação, criança e juventude, pessoas com deficiência e do consumidor.

Bolsonarista e antipetista, Collins foi à Brasília (DF) no início de agosto, para protestar a favor da PEC do voto impresso, posteriormente derrotada na Câmara.

Embora ainda “pequeno”, o espólio dos Collins é considerado influente entre as denominações evangélicas pernambucanas. Em 2016, a missionária da Assembleia de Deus e esposa do pastor, Michele Collins (PP), foi a vereadora mais votada no Recife, com mais de 15 mil votos.

Defensora de pautas consideradas ultraconservadoras, Michele foi reeleita em 2020, com 6.823 votos, o menor número do partido. Especula-se que o casal se mantenha sob as asas do PSB nas eleições de 2022, visto que ambos declararam apoio integral ao PSB no processo eleitoral que levou João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife, no ano passado.

Família Tércio mira alargamento do poder

A líder do PSC na Alepe, Clarissa Tércio, figura como a principal voz do clã Tércio em Pernambuco. Em seu segundo mandato como deputada estadual, a “estreante” na política é uma das personalidades conservadoras mais alinhadas às decisões do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo cotada, inclusive, para se lançar candidata ao governo do Estado em 2022.

Filha do pastor Francisco Tércio, que é presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Novas de Paz, Clarissa se envolve, de maneira frequente, em polêmicas ligadas ao discurso fundamentalista que propaga. Em maio, ela chegou a denunciar uma escola municipal que, de acordo com ela, estaria praticando “doutrinação de gênero”.

O episódio gerou mal estar com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), que defendeu a formação “cidadã, ética, inclusiva e plural” praticada nas unidades de ensino. Durante a pandemia, a parlamentar também fez publicações negacionistas sobre o novo coronavírus nas redes sociais, além de defender o tratamento com o uso medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Em 2020, Clarissa conseguiu expandir a atuação da família para a Câmara Municipal, através do mandato do marido, o pastor Júnior Tércio (Podemos). Também “defensor da família”, o pastor e agora vereador, é vice-presidente do Ministério Novas de Paz, além de radialista na rádio evangélica Novas de Paz. O casal é considerado um dos principais expoentes do bolsonarismo em Pernambuco.

Os Lyra e o patrimônio político nas mãos de Raquel

Atual prefeita de Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher a ocupar o cargo. Apesar do ótimo desempenho nas urnas, Lyra, que foi reeleita com 66% dos votos e é presidenta estadual do partido, ainda não confirmou a participação na disputa pelo lugar no Palácio do Campo das Princesas. Nos bastidores, contudo, seu nome é citado com frequência.

Raquel é a terceira geração do grupo de políticos da família Lyra, que construiu o legado na Princesinha do Agreste a partir da iniciativa de João Lyra Filho. O mascate e caminhoneiro estacionou o veículo em Caruaru e começou a erguer o futuro político que culminaria em dois mandatos como prefeito da cidade. Os herdeiros seguiram os mesmos passos: João Lyra Neto (PSDB), pai de Raquel, chegou a ser governador do Estado, e Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça, além de ex-deputado federal.

Oposição ao governo do PSB, Raquel Lyra declarou, no início de agosto, que ainda não é “momento” para falar sobre a possível candidatura. Segundo ela, ainda é preciso fazer um “diagnóstico” em relação à situação do Estado. “Estamos discutindo com outros partidos a montagem desse amplo diagnóstico e vamos fazer avaliações, ouvir a população e especialistas para que a gente possa fazer uma leitura do nosso Estado para entender quais são os principais caminhos e apontá-los para o futuro”, projetou.

 

 

O cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) se tornaram alvos, nesta sexta-feira (20), de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo nota da Polícia Federal (PF), a ação investiga a incitação de ameaças contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições e os membros dos Poderes.

No total, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou 29 mandados da mesma natureza, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os agentes da Polícia Federal (PF) foram até, pelo menos, quatro endereços em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ) ligados ao cantor e ao parlamentar.

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Através de nota, a PF ressaltou o caráter da operação: “O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Segundo o site da CNN Brasil, os mandados autorizados por Moraes são cumpridos, concomitantemente, nos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1), Paraná (1) e Distrito Federal (1).

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), que afirma estar “completamente alinhada” às bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é apontada como uma possível aposta do campo conservador ao governo do Estado de Pernambuco em 2022. A parlamentar está em seu primeiro mandato e é casada com o vereador do Recife Júnior Tércio (PODE), pastor da Igreja Assembleia de Deus.

Classificando as eleições como um processo “diário e natural”, Clarissa afirma que “muita coisa pode acontecer” até o período eleitoral. “A minha prioridade nesse momento é continuar executando com excelência o mandato que me foi confiado. Costumo dizer que sou Serva de Deus e do povo. Eles que direcionam meus próximos passos”, diz.

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Segundo a parlamentar, que é líder do Partido Social Cristão (PSC) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda não existe uma movimentação partidária oficial para que seu nome esteja à frente na disputa. Contudo, ao ser perguntada sobre o tabuleiro político que começa a se articular para uma possível polarização entre esquerda x direita no Estado, Clarissa cita a bíblia, e defende o livre arbítrio da população.

“A Bíblia diz que, ao que crê, tudo é possível. O povo tem nas mãos a chave das duas portas. Uma aponta para um futuro justo, sólido e próspero. A outra aponta para o retrocesso e o caos”, ressalta. Ainda de acordo com ela, “há uma grande parcela da população que anseia por legítimos líderes conservadores”.

Sobre o encontro com o coronel Meira, presidente do PTB em Pernambuco, realizado no último dia 7 de junho, durante a passagem da deputada federal Bia Kicis (PSL - DF) pelo Recife, Tércio diz que sua “principal aliança é com Pernambuco” e que “para que haja a escolha de um vice, a majoritária [PSC] teria que ser palpável no cenário”.

Embora as pesquisas já sinalizem o desgaste da imagem de Jair Bolsonaro (sem partido), que também não alcançou a maioria dos votos em Pernambuco, a deputada não considera isso um possível “obstáculo” caso a candidatura ao governo se concretize.

“Não acredito na narrativa dessas pesquisas distorcidas que apontam desgastes do presidente nos desdobramentos da pandemia em qualquer lugar que seja. O povo tem se mantido alerta. Tem saído às ruas em apoio aos direcionamentos do governo federal e isso tem sido nosso principal termômetro”, enfatiza, citando as manifestações bolsonaristas durante a pandemia.

Avaliando a gestão atual

Ao ser questionada sobre os desdobramentos da pandemia em Pernambuco, Tércio faz questão de destacar que tem opiniões contrárias ao atual governador Paulo Câmara (PSB): “Acredito que qualquer escolhido para governar Pernambuco, de forma justa e responsável, deverá agir de maneira completamente diferente dos que hoje comandam nosso Estado”.

A parlamentar, que sinaliza em suas redes sociais a proximidade com a Polícia Militar de Pernambuco, considera a valorização da força policial como prioridade. “Há muita coisa a se fazer e a primeira delas, no caso da segurança pública, é valorizar a força policial do nosso Estado que tem sido tão desonrada e massacrada salarialmente há décadas”, diz.

Tércio também categoriza a gestão da Saúde no Estado como “egocêntrica e desestruturada”, e cita as investigações de desvios de recursos do combate ao novo coronavírus. “Os desvios, escândalos, respiradores de porcos e confrontos da polícia federal em relação ao Covid-19 no nosso Estado apontam para os principais responsáveis que ‘viabilizaram’ mortes evitáveis”, finaliza. Ela ainda sinaliza que “inúmeras” mudanças precisam ser feitas, apesar de não pontuar nenhuma.

 

O deputado federal Ricardo Teobaldo, que preside o Podemos em Pernambuco, convidou o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC) para ingressar no partido e disputar sua reeleição para a Assembleia Legislativa de Pernambuco. O convite foi feito no escritório político do parlamentar no Recife.

Para Teobaldo, a chegada de Wanderson é um grande reforço para o Podemos. “Wanderson é um político comprometido com as causas do Recife. Sua vinda para o Podemos vai ajudar bastante no projeto de crescimento da legenda. Vereador do Recife, Deputado Estadual, por onde esteve ele conseguiu imprimir sua marca e sua luta pela sociedade. Fico muito feliz em ele ter aceitado esse convite”, destacou. 

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O deputado estadual Wanderson Florêncio reforçou a sintonia de sua pauta legislativa com a do partido. “O Podemos é um partido alinhado com diversas causas que defendo desde a época que fui vereador do Recife. Agora, em 2022, fico muito honrado em disputar a reeleição para Assembleia Legislativa pela legenda”, frisou.

*Da assessoria de imprensa

A decisão do Governo de Pernambuco de restringir o funcionamento de atividades econômicas e sociais em 63 municípios, a partir desta sexta-feira (26), foi criticada pela deputada Clarissa Tércio (PSC). Em discurso na Reunião Plenária desta quinta (25), ela questionou a determinação de que apenas serviços essenciais funcionem das 20h às 5h, até o dia 10 de março. “Queria entender o que levou o Poder Executivo a tomar a atitude, pois já está provado que isso não reduz a contaminação pelo novo coronavírus e só traz prejuízos. Que infectologista defende essas ações?”, indagou.

A parlamentar não vê sentido em penalizar os trabalhadores e empresários com medidas que teriam se mostrado inócuas. “Estou indignada e falo em nome de uma grande parcela da população que não aceita proibições como essa”, frisou. 

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De acordo com Clarissa Tércio, no início da pandemia, uma pesquisa realizada em Nova York apontava que 80% das pessoas contaminadas praticavam isolamento social. Ela acrescentou que a Argentina vem adotando lockdown desde o início da crise sanitária e, mesmo assim, tem tido alto número de infectados. “Além de gerar desemprego, tais ações só resultam no enfraquecimento da economia”, salientou.

A deputada também comentou a iniciativa dos secretários estaduais de Fazenda que, na semana passada, enviaram uma carta aos ministérios da Saúde e da Economia pedindo recursos para a manutenção dos leitos de UTI usados no tratamento de pacientes com Covid-19. Segundo ela, em 2020, quando o Governo Federal enviou verbas para Pernambuco, principalmente no período de campanha eleitoral, houve relaxamento das medidas restritivas.

“É só a União reduzir a verba enviada que o Governo Estadual volta a limitar a circulação. Percebo que os gestores estaduais estão querendo tirar proveito político da pandemia. Nosso Estado tem muito a agradecer à União pelo apoio no combate à Covid-19”, ressaltou Clarissa Tércio.

Por fim, a parlamentar do PSC reclamou que as novas determinações atingem em cheio as atividades religiosas. Ela apontou que o “toque de recolher” vai interferir no funcionamento de igrejas de todas as denominações. “Isso é um desrespeito à liberdade de culto, prevista na Constituição Federal. E falo em nome de todas as religiões, que estão sendo feridas. Espero que essas decisões sejam revistas.”

O assunto foi retomado pelo deputado Isaltino Nascimento (PSB), líder do Governo na Alepe, durante discurso no Grande Expediente. Para o socialista, medida “não foi feita por empirismo, mas baseada na ciência”. “Basta ver a situação dessas regiões, que estão com 95% dos leitos de UTI ocupados”, informou. “É até um desrespeito ouvir isso de alguém que defendeu o uso da cloroquina, que questionou a importância da saúde pública e a gravidade da pandemia.” 

A fala recebeu apoio dos deputados Diogo Moraes (PSB) e Marcantonio Dourado Filho (PP). “Até o aeroporto de Salvador (BA) será fechado. Cada Estado toma sua providência”, disse Moraes. “Parabenizo as ações do governador Paulo Câmara na defesa do nosso povo. É importante evoluir economicamente, mas é mais relevante ainda preservar as vidas dos pernambucanos”, complementou o progressista.

*Da Alepe 

 

Como já vinha sendo sondado nos bastidores da política local, o vereador Renato Antunes (PSC) foi reconduzido ao cargo de liderança do bloco de oposição na Câmara dos Vereadores do Recife. A oficialização foi divulgada na tarde desta segunda-feira (25). Além do PSC, Podemos e Democratas também compõem o grupo. 

Tadeu Calheiros (Podemos) foi escolhido como vice-líder da oposição. Segundo Renato, a construção do grupo foi debatida e definida de forma coletiva. O resultado foi de um bloco de oposição ideológico, de centro-direita. “Mas isso não impede um diálogo com os demais membros de oposição dos outros partidos, que são mais ideológicos à esquerda que é o caso do PT e o PSOL”, explica o líder oposicionista do Recife.

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Antunes aponta que o PT na capital pernambucana é uma incógnita porque se coloca em momentos como oposição e em outros como partido do governo. “A gente preferiu uma base mais sólida e mais ideológica, mas isso não impede da gente discutir a cidade quando for necessário, como foi feito no ano passado”, esclarece.

A eleição para líder e vice-líder da Câmara dos Vereadores do Recife é feita pelo colegiado de líderes e integrantes dos partidos para um mesmo tempo da mesa diretora da casa, ou seja, para o biênio 2021-2022. 

No entanto, Renato Antunes aponta que nada impede que, por solicitação dos líderes dos partidos de oposição seja feita uma nova eleição ao término de 2021, e é isso que eles pretendem fazer para a escolha de quem vai liderar a oposição em 2022 - o que nada impede a recondução de Renato.

O vice-líder Tadeu Calheiros diz que irá trabalhar para fazer uma oposição com “muita responsabilidade, o que é interesse comum de todos nós”. Além disso, Calheiros aponta que foi fácil chegar a um entendimento comum para a indicação de Renato e, posteriormente, a sua. Para ele, isso é resultado da união dos líderes das bancadas que também foram escolhidos pelos vereadores. “Todos vão trabalhar conjuntamente”, pontua o vice-líder.

Nos bastidores da política local, o nome do vereador Renato Antunes (PSC) é dado como certo na liderança do bloco oposicionista. O parlamentar deverá ser reconduzido ao comando do grupo na Casa José Mariano. A vice-liderança do bloco deverá ficar com um estreante no legislativo municipal, Dr. Tadeu (Podemos) e Alcides Cardoso (DEM) são os principais postulantes.

O novo bloco de oposição deverá contar, além do PSC, terceira maior bancada da Câmara, o PODEMOS e DEM. A nova composição oposicionista é maior que a atual, e poderá ainda ter a chegada de novas siglas que ainda não definiram seu posicionamento.

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 Após eleição da mesa-diretora na Câmara, os debates se deram em torno da liderança do governo e da oposição na Casa. O grupo oposicionista, que deverá assumir um protagonismo neste início da gestão João Campos, vai optar por um nome técnico para assumir a vice-liderança. 

Na bolsa de apostas, Dr. Tadeu (Podemos) deverá fazer a dobradinha com Renato Antunes. Contra o favoritismo do parlamentar do Podemos, há quem aposte em Alcides Cardoso (DEM).

“O nosso trabalho de fiscalização vai continuar e queremos expandir em diversas áreas da cidade, além da educação e saúde. O prefeito eleito pode esperar da oposição um trabalho com propostas e ideias para melhorar a cidade, mas também de confronto, quando for necessário”, afirmou Antunes.

*Da assessoria

O Ministério Público Eleitoral em Pernambuco defendeu que o vereador do Recife,  Renato Antunes (PSC), pague uma multa no valor de R$ 15 mil por propaganda negativa contra a candidata a prefeita da capital pernambucana, Marília Arraes (PT).

Segundo o MP Eleitoral, Antunes impulsionou em redes sociais a sugestão de que a candidata seria favorável à circulação de livros escolares com apologia ao incesto e à erotização infantil nas escolas públicas municipais.

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Em definição contida no parecer do procurador regional eleitoral Wellington Cabral Saraiva, a chamada propaganda eleitoral negativa ocorre, entre outros casos, quando há divulgação de fato sabidamente inverídico ou manifestação individual ofensiva à honra de candidato ou pré-candidato.

Durante campanha neste ano, o vereador divulgou vídeo em que se via montagem com a foto da candidata e a legenda: “Em debate com Marília Arraes. Livro sobre incesto? Aqui, não [...] Em alguns momentos eu tive que subir o tom na Câmara do Recife. Não poderia deixar que um livro com apologia ao incesto entrasse nas escolas do Recife. Seguimos na luta!”

O parecer do MP Eleitoral informa que, segundo notícia veiculada em 12 de junho de 2017 no site da Câmara Municipal do Recife, as imagens e a fala da candidata foram registradas durante debate ocorrido no plenário, após requerimento do vereador Carlos Gueiros. Este propôs voto de aplauso ao então ministro da Educação, Mendonça Filho, pelo recolhimento de 93 mil exemplares de um livro de contos adotado em escolas públicas municipais. De acordo com a matéria, a então vereadora Marília Arraes teria subido à tribuna para defender a discussão pedagógica em casos de pedidos de recolhimento de livros. A mesma notícia detalhou o posicionamento do vereador Renato Antunes no debate, em que demonstrava ser favorável ao recolhimento e ao voto de aplauso.

Sentença da 1ª Zona Eleitoral do Recife condenou o vereador pela publicação e ele interpôs recurso. A sentença assinala que não há referência a incesto nem ao livro na fala de Marília Arraes, que “alude à conquista dos direitos humanos, bandeira esta recorrentemente levantada pela candidata”. Além disso, o trecho divulgado no vídeo seria tão breve que não se consegue inferir o contexto da fala, o que, afirma a sentença, “evidencia a natureza da montagem para deturpar a realidade dos fatos e lançar mão de inverdades para desequilibrar o pleito eleitoral”.

De acordo com o parecer, conclui-se que naquela ocasião não houve embate sobre apoio ou repúdio ao incesto, mas discussão sobre medida do Governo Federal para lidar com aspecto relacionado à educação de crianças. O MP Eleitoral entendeu que as publicações de Renato Antunes contra Marília Arraes ultrapassaram o limite da liberdade de expressão, pois trataram de fato sabidamente inverídico e difamatório. Além da multa, o vereador também deverá retirar o conteúdo ofensivo das redes.

*Do MP Eleitoral

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