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Ex-deputado federal e presidente do PSB em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Gonzaga Patriota formalizou o apoio político ao prefeito da cidade, Simão Durando. O encontro ocorreu nesta terça-feira (23) para sacramentar a aliança histórica com o gestor municipal e o grupo dos Coelho.

A união de forças, que acontece depois do ingresso do clã liderado pelo ex-senador Fernando Bezerra Coelho na base do governo do PSB no Recife, tem um aspecto simbólico no cenário político sertanejo. Isso porque, durante décadas, Gonzaga se posicionou em oposição ao grupo do qual Simão e o ex-prefeito Miguel Coelho fazem parte. O apoio do ex-deputado foi avaliado pelo prefeito como um marco político.

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“Estamos muito felizes com esse importante apoio. O PSB é um dos principais partidos do Brasil e o nosso ex-deputado Gonzaga Patriota tem uma enorme representatividade política em Petrolina. Agradeço pela confiança e isso comprova que esse projeto que iniciou ainda em 2017 com o nosso ex-prefeito Miguel Coelho está dando certo e tem a confiança do povo de Petrolina e de grandes lideranças políticas”, celebrou o prefeito, que deve concorrer à reeleição este ano.

Na conversa com Simão, Gonzaga deu sugestões para diversos setores da administração e programou uma agenda de visitas a obras e lideranças políticas.

"Sempre disse e reafirmo que fizemos oposição apenas no campo político, mas durante toda a trajetória, trabalhamos em parceria para o crescimento de Petrolina. Agora, juntos, vamos trabalhar ainda mais forte por nossa cidade. Pode contar com a gente", declarou Patriota.

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*Com a assessoria de imprensa

Uma das tradicionais feiras de Petrolina passou por uma transformação. Após uma ampla requalificação, o prefeito Simão Durando inaugurou a nova Feira da Cohab Massangano. A cerimônia de inauguração contou com a presença do deputado federal, Fernando Filho, do deputado estadual, Antonio Coelho, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho e do ex-senador Fernando Bezerra.

Instalada há mais de 25 anos, esta é a primeira grande reforma deste tradicional espaço público. As intervenções envolveram desde um redesenho do arquitetônico da feira até a construção de mais de 80 boxes para comercialização de produtos. A estimativa é que, em média, 440 pessoas sejam beneficiadas com essa nova estrutura.

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Com um investimento de cerca de R$ 2,7 milhões, o equipamento ganhou um novo piso; acessibilidade; instalação de gradis; melhoria na iluminação; construção de nova estrutura de sanitários; e reforma na infraestrutura elétrica. A obra também contou com a padronização dos espaços para as bancas dos feirantes e pintura. 

O tradicional espaço de vendas conta com um comércio diversificado como tempero seco, frutas, roupas, carnes, verduras, peixe, tapioca, caldo de cana e o típico pastel. Além disso, tornou-se ao longo dos anos um espaço de convivência social, troca de experiências e ambiente de oportunidades para a comunidade.

De acordo com o prefeito Simão, os permissionários vão poder trabalhar com uma estrutura muito melhor, protegidos da chuva e do sol, em condições dignas de exercerem as suas atividades e incrementar as suas rendas.

“Mais um sonho realizado! Que emoção entregar esse equipamento totalmente reformado. Entregamos a da Areia Branca e agora a Cohab Massangano. É uma obra de suma importância para os feirantes, para a população e a cultura de Petrolina. Essa feira é um patrimônio de nossa cidade que vai além da venda de frutas e verduras, virou uma parte de nossa tradição. Essa obra vai humanizar essa área, torná-la mais atrativa, acessível e confortável. É a garantia de mais qualidade de vida e dignidade aos feirantes e as pessoas que utilizam o serviço”, destacou o prefeito. 

Responsável por destinar emenda parlamentar para custear as obras, o deputado federal, Fernando Filho, destacou a importância do empreendimento e ressaltou que continuará destinando recursos para as próximas intervenções.

"Vamos continuar ousando, batendo nas portas dos ministérios para que a gente possa avançar para as outras feiras que também precisam de intervenção. E Petrolina tem o nosso compromisso. Não vai faltar o apoio da nossa gente e nem o trabalho da nossa força política", frisou.

*Da assessoria 

Após participar, na última quarta-feira (7), da despedida simbólica do senador Fernando Bezerra Coelho da vida política, o prefeito de Petrolina, Simão Durando, fez um discurso, neste sábado (10), enaltecendo a história do líder político. O gestor da cidade sertaneja destacou a falta que o parlamentar fará para o país e ressaltou obras e ações históricas de FBC que ajudaram a transformar o município em um dos melhores para se viver no Brasil.

O depoimento de gratidão foi dado em um encontro com aliados, familiares e amigos, que contou com as presenças do deputado federal Fernando Filho, do estadual Antonio Coelho, do ex-prefeito Miguel Coelho, além de vereadores da base. Simão ressaltou que Fernando Bezerra foi um grande professor em toda a sua trajetória e que, mesmo fora de cargos públicos, seguirá como um grande colaborador e conselheiro.

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“Petrolina conhece o que você fez aqui na cidade, foram obras de infraestrutura, saúde e educação. Ações transformadoras que ajudaram a melhorar a vida do petrolinense. Mas não tenho dúvida, que o futuro vai confirmar, ainda mais todo o seu trabalho, não só por Petrolina, mas por todo Pernambuco. O senhor se despede da vida pública, mas não se despede da política. Quero contar com sua ajuda, orientação e conselhos. Para juntos continuarmos trabalhando por Petrolina”, frisou.

Visivelmente emocionado, o senador Fernando Bezerra fez uma retrospectiva de sua história política e disse que tudo que conquistou ao longo dos seus 40 anos de vida pública foi através de Petrolina. “Estou na reta final do meu mandato, mas ainda quero deixar muita coisa encaminhada, tem muita obra ainda para acontecer. Petrolina ficará a cidade mais bonita em termos viários do estado de Pernambuco. Isso é um agradecimento, porque, tudo que eu conquistei, tudo que fui em Pernambuco e no Brasil, foi Petrolina que me deu. Volto para a minha Petrolina, estarei aqui, ao lado do prefeito Simão”, concluiu.

Da assessoria

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) solicitou que o Ministério Público do Trabalho (MPT) analisasse a possibilidade da retirada de uma fazenda que pertence ao ruralista Emival Caiado da "lista suja" por ter mantido funcionários em condições análogas às de escravo. 

Segundo o UOL, um mês depois dessa solicitação, Emival doou R$ 600 mil para as campanhas dos três filhos de Fernando Bezerra Coelho. O valor foi assim dividido: R$ 250 mil para Miguel Coelho, que disputa o Governo de Pernambuco, R$ 200 a Fernando Filho, candidato a deputado federal, e R$ 150 para Antônio Coelho, candidato a deputado estadual.

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Conforme apontado pelo site, o senador FBC justificou o pedido para a retirada da propriedade de Emival da "lista suja" afirmando que um termo de ajustamento de conduta já havia sido firmado pelo fazendeiro com o MPT, onde multas foram pagas e os problemas resolvidos. 

Uma decisão da Justiça do Trabalho do Tocantins já havia determinado, no dia 23 de agosto, que o empresário fosse retirado da lista suja. 

Procurada pelo LeiaJá, a assessoria de Miguel Coelho apontou que a doação não teve "qualquer ilegalidade e o doador não está na lista suja". Segundo detalhado pela assessoria, a fiscalização do MPT foi feita quando a propriedade ainda não estava sob a guarda do ruralista Caiado.

Uma nota com mais detalhes deve ser enviada ao LeiaJá ainda nesta quinta-feira (22).

Já a assessoria do senador explicou, em nota, ao LeiaJá que "a União foi condenada a promover, por meio do Ministério do Trabalho, a pronta exclusão definitiva do nome de Emival Caiado Filho do “Cadastro de Empregadores”. Diante disso, o que se espera é tão somente que o Ministério do Trabalho cumpra a obrigação que lhe foi imposta por meio de sentença judicial".

Também aguardamos pelos posicionamentos do MPT.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar parcialmente um inquérito que investigava denúncias de corrupção contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A investigação foi analisada no plenário da Corte, em sessão virtual na sexta-feira (2), e a maioria do colegiado optou pelo arquivamento. No caso, FBC era suspeito de ter recebido cerca de R$ 10 milhões em propina de empreiteiras, durante as obras de transposição do Velho Chico, quando o parlamentar era ministro da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff (PT). 

Sete dos 10 ministros foram favoráveis ao recurso apresentado pela defesa de Coelho, contra uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso. Em novembro do ano passado, Barroso rejeitou um pedido de arquivamento da apuração, feito pela Procuradoria-Geral da República, e enviou o caso para a Justiça Federal em Pernambuco. 

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O senador, que assumiu o primeiro mandato no Congresso em 2015, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. As atividades ilícitas, porém, teriam acontecido entre 2012 e 2014. No recurso, os advogados do senador pediram que fosse acolhida a proposta da PGR de arquivamento e contestaram o envio do caso para a Justiça Federal. 

A análise dos ministros não foi unânime. Na primeira sessão de julgamento, Barroso defendeu que o recurso da defesa de Bezerra fosse negado, mantendo o entendimento de que o trecho do inquérito que cita o senador deveria ser analisado pela Justiça Federal em primeira instância e que o juiz federal teria autoridade para decidir se o caso deveria ou não ser enviado à Justiça Eleitoral. Acompanharam o voto do relator as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia, além do ministro Edson Fachin. 

Já Gilmar defendeu que fosse acolhido parecer da Procuradoria-Geral da República e arquivado o feito contra o senador, assim, mantendo a decisão dentro da autoridade do Supremo; o último também foi defendido pelo ministro Alexandre de Moraes. No entanto, Mendes também mencionou a possibilidade de reabrir a apuração caso surjam novas provas. 

O voto de Gilmar Mendes foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux. O sétimo voto favorável foi o de Ricardo Lewandowski, que acompanhou Moraes em sua defesa. Assim, o colegiado fechou a apreciação com sete votos contra quatro.

Um terço das cadeiras do Senado estará em disputa nas eleições de 2022. Parte das 27 vagas em aberto tem na disputa senadores que almejam a reeleição — 14 dos que estão no fim do mandato tentarão continuar no cargo —, mas há também os que optaram por não disputar nenhum cargo eletivo este ano. Seis senadores não pretendem continuar e não registraram candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo foi encerrado no último dia 15.  

Um dos que estão na reta final dos trabalhos legislativos é Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O experiente político pernambucano é senador desde 2015 e, no Senado, teve um mandato de intensa atividade legislativa, na relatoria de projetos importantes e na liderança de governos. 

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O parlamentar foi líder do governo Bolsonaro de fevereiro de 2019 até dezembro do ano passado e, no período, encarou desafios como defender o Executivo durante a CPI da Pandemia e articular a votação da PEC dos Precatórios (PEC 23/2021) e da reforma da Previdência. 

Antes disso, Fernando Bezerra havia sido líder do PSB entre fevereiro de 2015 e setembro de 2017, quando se filiou ao MDB. Foi então vice-líder do governo Temer de setembro de 2017 até o fim de agosto de 2018; e líder interino do governo Temer entre agosto e o fim de novembro de 2018. 

Recentemente, o representante de Pernambuco no Senado foi o relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que fixou teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público, e da PEC 1/2022, que institui estado de emergência até o fim do ano para viabilizar o pagamento de benefícios sociais como o Auxílio Brasil, o Alimenta Brasil, o vale-gás, além de voucher para caminhoneiros e taxistas. 

Outro político de longa carreira que se despede do Senado é Tasso Jereissati (PSDB-CE). Senador de 2003 a 2010 e, depois, de 2015 até 2022, Tasso chegou à política por meio de sua atividade empresarial e sempre teve como bandeira a defesa da responsabilidade fiscal e a melhoria da gestão da máquina pública. 

Esteve no comando da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no biênio 2017/2018 e foi o relator da PEC 6/2019, que implementou a reforma da Previdência. O senador cearense se empenhou também na aprovação do novo Marco Regulatório do Saneamento Básico (PL 4.169/2019) ao longo de 2020. Tasso assumiu a relatoria do projeto que deu origem à lei. 

O parlamentar ainda foi relator do Projeto de Lei de Responsabilidade das Estatais (PLS 555/2015), que foi sancionado e estabeleceu um estatuto jurídico, com regras de governança corporativa, controle interno, gestão de risco e de transparência. 

A lista de políticos experientes de partida é completada por Maria do Carmo Alves (PP-SE), que está de saída do Senado depois de quase 24 anos de Casa, em três mandatos. Eleita em 1999,  2007 e 2015, foi a primeira sergipana a se tornar senadora e é titular da Comissão de Educação (CE) desde seu primeiro mandato. 

No Legislativo, a parlamentar destacou à Agência Senado sua atuação principalmente na defesa dos direitos dos portadores de doenças raras, da maior participação das mulheres na política, da melhoria da governança e de um sistema de educação de melhor qualidade. 

Da pauta feminina, ela é autora do projeto de lei que determina um percentual mínimo de participação, de 30%, para mulheres nos conselhos de administração das empresas públicas ou de economia mista (PL 112/2010). O texto foi aprovado no Senado Federal, em 2017, e se encontra, desde então, na Câmara dos Deputados. 

É dela também a proposta que proibiu o uso de algemas durante o trabalho de parto de mulheres presas, garantindo atenção integral de saúde à mãe e ao bebê, antes, durante e depois do nascimento (PLS 75/2012). O projeto foi sancionado no primeiro semestre de 2022 e já é lei vigente.

Já a situação do senador Reguffe (sem partido-DF) é diferente. Ele deixará o Senado após cumprir seu primeiro e único mandato. Reguffe chegou a anunciar candidatura ao governo do Distrito Federal, mas desistiu e avisou que, ao menos, por ora, deixará a vida pública. 

José Antônio Reguffe chegou ao Senado no início de 2015, defendendo o respeito ao dinheiro do contribuinte e a moralidade administrativa. Integra a Frente Parlamentar para a Transparência dos Gastos Públicos e é o atual presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscaliza e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), que é o colegiado que tem entre suas atribuições monitorar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta.

É dele proposta (PLS 393/2015) que obriga a publicação na internet, com atualização semanal, da lista de espera dos pacientes que serão submetidos a cirurgias médicas eletivas realizadas com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto foi aprovado no Senado e enviado à Câmara. 

Reguffe apresentou 53 proposições, sendo 11 propostas de emenda à Constituição e 53 projetos de lei, entre eles o PLS 74/2016, que torna o crime de lavagem de dinheiro inafiançável e insuscetível de liberdade provisória; o PLS 547/2018, que põe fim aos carros oficiais para autoridades públicas, e o PLS 558/2022, que extingue benefícios concedidos a ex-presidentes da República. Esses projetos se encontram em tramitação no Senado. 

Desde que chegou ao Senado, Reguffe teve 100% de presença nas sessões deliberativas. O parlamentar informou que abriu mão do plano de saúde vitalício, da verba indenizatória, de carro oficial e de cota de gasolina e também reduziu o número de assessores e a verba para pagamento de pessoal. Com essas e outras medidas de economia, alega ter economizado mais de R$ 16,7 milhões dos cofres públicos. 

Outro senador de mandato único é Paulo Rocha (PT-PA). O representante do Pará, que foi deputado federal por dois mandatos, abriu mão da reeleição como senador. Paulo Rocha chegou ao Senado em 2015 e teve como bandeiras a defesa da Amazônia, da agricultura familiar, dos povos indígenas e de outras minorias.

Líder do PT por duas vezes, Paulo Rocha é um dos autores do Projeto de Lei Complementar (PLP) 73/2021, que deu origem à Lei Paulo Gustavo para garantir apoio financeiro da União aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios em ações emergenciais direcionadas ao setor cultural.

No total, o parlamentar paraense apresentou 87 projetos de lei, entre eles, o 605/2019, com novas diretrizes para reajuste do salário mínimo; 4.528/2020, com normas para facilitar o acesso ao crédito; e o 4.271/2021, que cria uma ação nacional de coleta de dados da violência contra a população LGBT. Além disso, relatou o PLC 102/2018, que amplia o rol de instituições executoras do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). 

A senadora Nilda Gondim (MDB-PB) também não vai participar da disputa eleitoral. Primeira suplente na chapa com José Maranhão, ela assumiu o mandato em janeiro de 2021, depois que o titular morreu de covid-19. 

Vice-líder da Bancada Feminina no Senado, a representante da Paraíba é relatora em Plenário do PL 3.855/2020, já aprovado na Câmara dos Deputados, que institui o “Agosto Lilás” como mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher. De acordo com a proposta, durante todo o mês de agosto as instituições públicas federais e estaduais deverão promover ações de prevenção e esclarecimento sobre as diferentes formas de violência contra a mulher. 

Ela também relatou o PL 1.941/2022, da deputada Carmen Zanotto (Cidanania-SC), que altera a Lei 9.263, de 1996, para determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas e disciplinar condições para esterilização no âmbito do planejamento familiar. O texto já foi encaminhado à sanção do presidente da República. 

Outro que entrou no Senado como suplente e que não tentará a reeleição é Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO). O parlamentar vai se dedicar à campanha de Ronaldo Caiado, que pretende se reeleger governador de Goiás. 

Luiz Carlos do Carmo era o primeiro substituto de Caiado, que assumiu a chefia do Executivo goiano em 2018. Em quatro anos no Senado, o parlamentar dedicou boa parte do mandato à defesa de causas municipalistas e afirma ter atendido 100% dos municípios goianos com emendas orçamentárias. Ele é autor do PL 2.510/2020, que altera o Código Civil e a legislação dos condomínios edilícios para estabelecer medidas de repressão à violência doméstica e familiar contra a mulher. O projeto foi aprovado no Senado e enviado à Câmara. 

Foi relator da Medida Provisória (MPV) 1.021/2020, que reajustou o salário mínimo para R$1.100 naquele ano e, atualmente, é o relator do PLC 75/2018, já aprovado na Câmara, que regulamenta o transporte rodoviário nacional e internacional de cargas, inclusive de produtos perigosos.

Da base de apoio do governo Bolsonaro, ele também apresentou um pedido de impeachment (PET 2/2020) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusando-o de extrapolar suas competências constitucionais. 

*Da Agência Senado

Por unanimidade, o Senado aprovou nesta terça-feira (14) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2022, que estimula a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis. O texto mantém benefícios para fontes limpas de energia por pelo menos 20 anos. 

Foram 68 votos favoráveis e nenhum contrário na votação em primeiro turno. No segundo turno, foram registrados 72 votos favoráveis e nenhum contrário. A matéria segue para a Câmara dos Deputados.

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A PEC faz parte do pacote de projetos com objetivo de conter a alta no preço dos combustíveis. Nesta segunda-feira (13), o Senado aprovou o projeto que fixa teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público (PLP 18/2022).

De iniciativa do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a PEC 15/2022 prevê a criação de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis, o que será definido em uma lei complementar a ser aprovada pelo Congresso Nacional. De acordo com a PEC, as alíquotas sobre fontes renováveis devem ser menores do que as previstas para os combustíveis fósseis. 

O senador destacou que o texto "não inova, apenas mantém os benefícios existentes" para os combustíveis limpos.

“Nós precisamos manter a atratividade para o etanol. Hoje, nós temos uma diferenciação tributária entre a gasolina e o etanol. A PEC é meramente um comando constitucional de manter a atual estrutura tributária”, declarou Bezerra.

A regra deve valer por pelo menos 20 anos e será aplicável aos seguintes tributos: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) paga pela empresa sobre receita ou faturamento e pelo importador de bens ou serviços do exterior; Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Enquanto não entrar em vigor a lei complementar, o diferencial competitivo dos biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis será garantido pela manutenção, em termos percentuais, da diferença entre as alíquotas aplicáveis a cada combustível fóssil e aos biocombustíveis que lhe sejam substitutos, em patamar igual ou superior ao vigente em 15 de maio de 2022.

Quando o diferencial competitivo não for determinado pelas alíquotas, este será garantido pela manutenção do diferencial da carga tributária efetiva entre os combustíveis.

“A emenda ora apresentada, assim, busca consagrar na Constituição a estrutura competitiva dos biocombustíveis que concorrem diretamente com combustíveis fósseis no país, mantendo um diferencial tributário vigente e justo entre esses produtos. Ainda fortalece a posição estratégica do Brasil para aproveitar as oportunidades delineadas pela economia de baixo carbono", justificou Bezerra ao apresentar a PEC.

Consumo final

Além dos benefícios para o meio ambiente, o relator, senador Fabio Garcia (União-MT), reforçou que a PEC assume maior relevância no cenário atual, marcado pela alta dos preços dos combustíveis. Ele apontou que o projeto garante a manutenção de incentivos a combustíveis renováveis.

“O que se busca aqui é pelo menos a manutenção do diferencial tributário existente hoje. O setor não pede nada mais do que a manutenção. Se o governo tem a intenção de ampliar os incentivos fiscais, o texto também não impede”, apontou.

Garcia recomendou a aprovação do texto, com ajustes de redação para explicitar que os biocombustíveis são aqueles destinados ao consumo final, ou seja, aqueles que chegam aos postos.

“Essa emenda à Constituição vem aqui para trazer uma garantia ao nosso país de competitividade aos biocombustíveis, combustíveis renováveis, e essa garantia se faz necessária, tanto para que a gente possa garantir ao cidadão brasileiro que ele tenha alternativa de abastecer e consumir um combustível mais barato e 100% renovável, mas também garante que a gente possa trazer competitividade e, mais além, sobrevivência a uma indústria 100% nacional que gera emprego e oportunidade por este país afora”, acrescentou.

"Seletividade"

Durante a votação da proposta, o líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou que o Planalto é favorável à proposta, mas pediu mais tempo para sugerir ajustes como a substituição do termo “diferencial competitivo” por “seletividade”. Também manifestou preocupação com possíveis benefícios para o biodiesel, que segundo ele, poderiam representar perdas para o diesel. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, negou o pedido. Ele apontou que havia ampla aceitação da matéria entre as lideranças partidárias.

Portinho insistiu em mudanças que ele classificou como “ajustes” pontuais, mas o relator, Fabio Garcia, e o autor, Fernando Bezerra, apontaram que as sugestões do governo poderiam afetar o mérito da proposta.

Fernando Bezerra se disse surpreso com as sugestões do governo no momento da votação da PEC e ressaltou que nenhuma emenda de mérito foi apresentada no prazo regimental.

“Está na hora de o governo sinalizar que quer ajudar um setor que é tão importante para a economia brasileira”, disse o senador ao afirmar que a PEC 15 é essencial para a manutenção do setor sucroalcooleiro.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) argumentou que a mudança pretendida pelo governo, além de intempestiva, apresentada no momento da votação, representava mudança quanto ao mérito da proposta, e não seria bem compreendida nem mesmo pelos senadores da base.

Por fim, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a PEC está alinhada com a redução de carga tributária defendida pelo governo, mas também defendeu mudanças sugeridas pelo Ministério da Economia. Flávio Bolsonaro afirmou que os “ajustes finos” poderão ser feitos na Câmara dos Deputados.

Da Agência Senado

Está na pauta da sessão deliberativa extraordinária do Plenário desta segunda-feira (13), a partir das 14h, o projeto que fixa teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público (PLP 18/2022).

O relator, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), diz que a proposta terá impacto no controle da inflação.

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Já o senador Jean Paul Prates (PT-RN) reafirmou que o projeto não vai reduzir o preço nas bombas, ao citar que a cobrança depende da cotação do dólar e do barril de petróleo, que é a política adotada pelo governo federal. 

*Da Agência Senado

O senador Eduardo Gomes (PL-TO) anunciou, durante a sessão do Plenário desta quinta-feira (9), o nome do colega Carlos Portinho (PL-RJ) como novo líder do governo no Senado. 

"Registro a presença hoje, aqui no Plenário do Senado, do recém-escolhido líder do governo no Senado da República, o senador Carlos Portinho. Também anuncio aqui a escolha do senador Flávio Bolsonaro como o líder do PL no Senado", afirmou Eduardo Gomes. 

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O governo estava sem líder no Senado desde dezembro, quando o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou o posto, assumido em fevereiro de 2019.  Portinho já havia anunciado pelas redes sociais ter aceitado o exercício da liderança. 

"Há mais de dez anos o estado do Rio não tinha uma representação no colégio de líderes, o que conquistei antes, como líder do PL. Agora, represento o Rio de Janeiro e o Brasil como líder do governo no Senado Federal, o que não ocorria com um parlamentar carioca desde Artur da Távola, em 2002", publicou Portinho no Twitter na última terça-feira (7). 

Arolde de Oliveira

Portinho, que exerce o mandato desde novembro de 2020, homenageou o titular de sua cadeira no Senado, Arolde de Oliveira (1937—2020), falecido após contrair a covid-19.

"Espero fazer jus ao legado do saudoso Arolde de Oliveira. As saudades são eternas, assim como os seus ensinamentos. Serei sempre grato por tudo que aprendi caminhando ao seu lado", escreveu.  Fonte: Agência Senado

Após reunir-se com membros do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), o relator Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) afirmou que o projeto que busca segurar o aumento dos preços dos combustíveis será votado na semana que vem. 

O PLP 18/2022 prevê um teto de 17% para o ICMS dos combustíveis e da energia elétrica, alíquota inferior à praticada atualmente por parte dos estados. Já aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei complementar é criticado por governadores, que estimam perdas de arrecadação de até R$ 83 bilhões. 

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O relator disse ser possível votar a proposta no Senado na terça ou quarta-feira da próxima semana, ficando a votação final na Câmara para a semana seguinte. Ele vai apresentar as propostas dos secretários de Fazenda para a equipe econômica do governo ainda hoje. Um dos pontos chave é como os estados serão recompensados pelas futuras perdas de arrecadação. 

Também participaram da reunião os senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Participaram secretários de Fazenda dos estados do Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Pará e Pernambuco. 

De acordo com Prates, ainda estão pendentes vários pontos que precisam ser negociados com o governo. Ele disse que o grupo de senadores quer “uma solução que realmente funcione” e consiga frear a escalada de preços. 

Fonte: Agência Senado

Nesta terça-feira (21), o pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo União Brasil e prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, disse que não rompeu com o Governo Bolsonaro. Com apoio estadual do Podemos, partido de Sergio Moro, havia a especulação sobre o racha após seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), entregar a liderança da base governista no Senado como resposta à derrota nas eleições para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

"Não muda nada. Foi um processo de escolha de três senadores com três biografias fortes", minimizou o prefeito em um café-da-manhã com jornalistas.

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Miguel enxerga que o afastamento entre o pai e o Governo Federal teve seu lado positivo e pode ser benéfico para o desenvolvimento da sua campanha em Pernambuco.

"A gente não rompeu com o governo, o senador apenas deu sua contribuição e agora vai se dedicar a esse projeto estadual com mais liberdade, com mais tempo", compreendeu.

FBC era responsável por articular as ambições do governo no Senado e um dos defensores mais dedicados do presidente Jair Bolsonaro (PL) na CPI da Covid. Contudo, o posto depois de ser abandonado por aliados na votação ao TCU e assumir a última posição, com apenas sete votos.

"Acho que o senador fez uma reflexão do resultado que se teve de que o governo precisava de outro articulador político", pontuou.

Interessado no Governo de Pernambuco, ele entende que a divergência não foi tão grave, mas também lhe deu mais autonomia para escolher qual palanque pode apoiar na disputa à Presidência.

Sem confirmar apoio a Moro, mesmo com a aliança local, Miguel diz que pode ajudar o atual presidente na campanha de reeleição. "Não evita novas construções no futuro", complementou.

O prefeito deixa o Executivo de Petrolina em abril e prega cautela para uma definição mais consolidada do União Brasil, que tem como presidente o deputado Luciano Bivar, ventilado como um dos nomes para compor a chapa de Sergio Moro.

"Eu nem sei o presidente quem o União vai apoiar ainda. Até meados de março [prazo para que os deputados possam migrar de partido] vai ficar mais claro e aí a gente vai ter um palanque amplo, com o máximo de partidos possível", avaliou.

Com o cenário ainda em aberto, além de focar na própria candidatura, sua atuação nas eleições fica condicionada ao que pode ser angariado para o projeto do União Brasil de eleger oito governadores e ampliar a bancada na Câmara.

Cotado como nome mais forte para ser o novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), nem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), nem a posição de líder do Governo no Senado impediu a derrota de lavada do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na disputa. Depois do resultado da votação, nesta quarta-feira (15), o pernambucano entregou o comando da base governista na Casa Alta.

Apenas 7 dos 78 senadores apoiaram Bezerra Coelho ao TCU. O escolhido foi o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), com 52 votos.

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Responsável por articular interesses de Bolsonaro no Senado e um dos defensores do presidente na CPI da Covid, a contagem entre os corredores do Congresso contabilizavam, pelo menos, metade dos votos a Bezerra Coelho.

Aparentemente decepcionado com o resultado que lhe deixou na última posição, atrás da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que recebeu 19 votos, o senador emitiu na manhã de hoje o comunicado entregando a liderança do Governo Bolsonaro no Senado.

"O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou nesta manhã o cargo de líder do governo no Senado. O pedido foi formalizado ao presidente Jair Bolsonaro a quem o senador agradece a confiança no exercício da função", informa a nota na íntegra.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ouviu, nesta terça-feira (14), os três indicados à vaga do Tribunal de Contas da União (TCU) aberta pela saída do ministro Raimundo Carreiro Silva, que assumirá o cargo de embaixador do Brasil em Portugal.

Os indicados são os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Kátia Abreu (PP-TO). O presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que a escolha será feita pelo Plenário do Senado, em votação secreta, e que a reunião da comissão serviria para "avaliar, em caráter descritivo, os requisitos" dos indicados, pela ordem alfabética dos nomes.

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Inicialmente, foi feita a leitura dos relatórios das três indicações. Os relatores foram, respectivamente, Cid Gomes (PDT-CE), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Cid Gomes disse considerar Anastasia "o senador mais preparado para todas as funções". Eduardo Gomes louvou "o cabedal extraordinário de conhecimentos" de Fernando Bezerra. Oriovisto Guimarães ressaltou que Kátia Abreu foi a primeira mulher a ocupar diversos cargos, entre eles a presidência da Confederação Nacional da Agricultura. Todos reconheceram a dificuldade da missão de escolher entre os três senadores, diante das qualificações dos indicados.

Em seguida, os indicados tiveram direito a 20 minutos de exposição. Os três ressaltaram como suas trajetórias os qualificam para a vaga.

Antonio Anastasia prometeu lutar por "segurança jurídica" na administração pública, e afirmou que seu currículo lhe confere prestígio junto ao corpo técnico do TCU: "Tenho essa sensibilidade para as dificuldades do gestor, que muitas vezes desconhece o detalhe da norma. A minha experiência nos governos, inclusive como governador de Minas, me permite esse empenho".

Fernando Bezerra, que é líder do Governo no Senado, alertou para o mal do "apagão das canetas", que leva muitos gestores a não tomar decisões, por medo do crivo dos órgãos de controle: "O cargo requer capacidade de interlocução, não apenas com os gestores, mas com todas as organizações e cidadãos impactados. Décadas de atividade política, aliadas à minha experiência como gestor, qualificam-me para realizar este objetivo".

Kátia Abreu relembrou os sacrifícios de sua trajetória pessoal, desde a juventude. Disse que quer fortalecer o elo do TCU com o Congresso e com o Judiciário: "Nós não somos inimigos, somos parceiros. Se o TCU faz alguma coisa que incomoda o Congresso, cabe a nós reformular as leis para eles cumprirem. Eles estão ávidos para que soluções sejam levadas. Desde agosto tomo aula com vários auditores, de caderno e caneta em punho".

Alternância

Cumpre ao Congresso Nacional escolher dois terços dos ministros do TCU; o terço restante cabe à Presidência da República. A Lei 8.443, de 1992, e o Decreto Legislativo 6, de 1993, regulamentam o processo de preenchimento das vagas que competem ao Congresso, alternando-se na tarefa o Senado e a Câmara dos Deputados. Para a vaga atualmente aberta, cabe à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado a apreciação e ao Plenário da Casa a escolha, em votação secreta.

Segundo a Constituição Federal (artigo 73, parágrafo único), os ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: "mais de 35 e menos de 65 anos de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados".

*Da Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado tem reunião deliberativa semipresencial nesta quarta-feira (24), a partir das 9h30, com 15 itens na pauta de votações. O primeiro deles é a polêmica PEC dos Precatórios (PEC 23/2021), que parcela o pagamento de precatórios e muda regras do Teto de Gastos Públicos. Autor da proposta, o governo federal argumenta que sua aprovação vai abrir espaço para o pagamento, até o final de 2022, do chamado Auxílio Brasil — benefício social que substitui o Bolsa Família.

Precatórios são dívidas da União reconhecidas pela Justiça sem mais possibilidade de recurso, ou seja, dívidas que a União é obrigada a pagar para pessoas físicas e jurídicas, incluindo estados e municípios. A PEC já foi aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados. 

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O relator da PEC 23/2021 é Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo na Casa. Nos últimos dias, ele fez uma série de reuniões com senadores para discutir possíveis aprimoramentos no texto.

Os senadores José Aníbal (PSDB-SP), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentaram, juntos, um texto substitutivo à PEC 23/2021. A proposta deles possibilita o pagamento do Auxílio Brasil e dos precatórios. Para isso, o texto coloca fora do limite do teto de gastos os R$ 89 bilhões de precatórios que o governo federal tem de pagar em 2022. Com a mudança, afirmam eles, garante-se um auxílio de R$ 400 mensais para 21 milhões de brasileiros sem que seja adiado o pagamento de qualquer precatório previsto para 2022.

O texto alternativo também proíbe as chamadas "emendas de relator", nome dado a emendas parlamentares que não explicitam o senador ou deputado federal responsável por sua inclusão no Orçamento. Além disso, o texto cria mecanismos para facilitar a negociação dos passivos judiciais de União, estados e municípios, o que em tese reduziria no futuro o peso dos precatórios no Orçamento da União.

Já a PEC 23 tenta resolver a questão do espaço fiscal parcelando o pagamento de parte dos precatórios e alterando o método de cálculo do teto de gastos. O texto alternativo apresentado por Aníbal, Oriovisto e Alessandro elimina esses dois aspectos do texto — os mais criticados pelos opositores da PEC, por minar, segundo eles, a credibilidade da economia brasileira perante os investidores internacionais.

Há ainda outras emendas e propostas alternativas à PEC 23, entre elas mais uma PEC, a 42/2021, cujo primeiro signatário é o senador Rogério Carvalho (PT-SE). Ela exclui do teto de gastos R$ 50 bilhões, em 2022 e 2023, para o pagamento da renda básica. Insere, além disso, o direito a esse tipo de renda entre as garantias constitucionais.

Novo ente federado

A CCJ também pode votar nesta quarta-feira o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 508/2019, que convoca plebiscito sobre a criação do Estado de Tapajós. O assunto volta a ser analisado pelos parlamentares dez anos depois da realização do plebiscito sobre a divisão do estado do Pará em três: Pará, Carajás e Tapajós. Na época, a população rejeitou o desmembramento. O novo plebiscito, se o projeto for aprovado, consultará os eleitores sobre a criação do estado de Tapajós mediante desmembramento do território compreendido por 23 municípios situados a oeste do Pará, entre eles Santarém. 

O relator da matéria, senador Plínio Valério (PSDB-AM), defende a criação do novo estado. Segundo ele, o movimento de emancipação de Tapajós existe há pelo menos 170 anos. O senador afirma que a região conta com importante produção de cacau, além de minérios, mas a “pujança” econômica não é revertida em serviços públicos para a população.

De acordo com Plínio Valério, Tapajós teria 43,15% do atual território do estado do Pará, em sua porção oeste, totalizando 538,049 mil quilômetros quadrados, com 23 municípios e cerca de 2 milhões de habitantes. O produto interno bruto (PIB) estimado da região é de aproximadamente R$ 18 bilhões, segundo dados de 2018. O estado teria oito deputados federais e 24 estaduais.

Essa proposta foi apresentada em 2019 pelo então senador Siqueira Campos.

Esporte

Também está na pauta da CCJ o PLS 68/2017, projeto que cria a Lei Geral do Esporte. Elaborado em 2016 por uma comissão de juristas, e apresentado em 2017 pela Comissão Diretora do Senado, o projeto é relatado pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

Além de estabelecer linhas gerais para guiar outras leis sobre o esporte, a Lei Geral do Esporte prevista nessa proposta trata de formas de financiamento público e privado, da gestão das entidades esportivas, do regime de trabalho de atletas e treinadores e da infraestrutura das arenas esportivas, entre outros assuntos. A intenção é consolidar as diferentes normas sobre esporte em um mesmo diploma legal.

O texto também cria uma espécie de “Lei da Ficha Limpa” para as entidades esportivas, impedindo que pessoas consideradas inelegíveis (com base na legislação eleitoral) possam dirigir clubes e federações — também estariam impedidas as pessoas afastadas por gestão temerária ou fraudulenta.

O relator sugere algumas mudanças para endurecer as penas para a corrupção no esporte, retirar algumas isenções de impostos e proteger direitos dos jogadores, como descanso semanal e férias.

Prazos processuais

Outra matéria na pauta da CCJ é o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 56/2015, que prevê a criação de sistema de protocolo integrado válido em todo o território nacional, como forma de facilitar o cumprimento de prazos processuais pela Justiça brasileira.

O objetivo do PLC 56/2015 é tornar mais fácil e rápido o acesso de advogados e cidadãos ao Judiciário, viabilizando o cumprimento de prazos processuais em todo o território nacional, seja por meio eletrônico, seja por meio físico. A relatora da matéria é a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

*Da Agência Senado

 O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), estima que a PEC dos Precatórios seja votada no Senado, no máximo, até o dia 2 de dezembro. O texto, aprovado pela Câmara, será analisado primeiramente pela Comissão de Constituição e Justiça e depois, pelo Plenário, onde precisará de pelo menos 49 votos, em dois turnos de votação, para ser aprovado.

A PEC, que limita o pagamento de precatórios — dívida pública proveniente de decisões judiciais — é o mecanismo que o governo Bolsonaro apresentou para viabilizar o pagamento do programa social Auxílio Brasil até dezembro de 2022. O texto também flexibiliza o teto de gastos.

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Outros senadores, como Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), sugerem alternativas para garantir o socorro aos pobres sem interferir na regra relacionada ao teto de gastos públicos.   

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*Da Agência Senado

Na tarde desta quarta-feira (10), Fernando Bezerra Coelho (MDB), que é líder do governo no Senado, foi confirmado como relator da PEC dos Precatórios. Bezerra Coelho foi designado para a relatoria por Davi Alcolumbre (DEM), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

O emedebista garante que a votação da PEC na CCJ deve acontecer entre os dias 23 e 24 deste mês, e a matéria deve seguir depois para votação no plenário do Senado Federal.

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O líder do governo assegura que este prazo será suficiente para que a PEC dos Precatórios seja aprovada e o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil comece já a partir do mês de dezembro deste ano. 

PEC

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (9) o texto-base da PEC dos Precatórios em segundo turno por 323 votos a 172. Com o resultado, o governo conseguiu manter a espinha dorsal da PEC, que amplia o limite para as despesas no Orçamento de 2022, incluindo a mudança no cálculo do teto de gastos e o adiamento de parte das dívidas judiciais que teriam de ser quitadas no ano que vem. Os deputados vão analisar agora os destaques, requisições que podem alterar o texto da proposta.

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Faleceu na madrugada desta quarta-feira (3), no Recife, o ex-secretário de Agricultura do Estado de Pernambuco Gabriel Alves Maciel, aos 70 anos, recém-completados em 18 de outubro. O político lutava contra uma doença de origem linfática. Maciel deixa a esposa, Maria de Fátima Godoy, e filhos.

O ex-titular da Agricultura no governo de Jarbas Vasconcelos (MDB), Maciel já esteve à frente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e foi secretário nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura entre 2003 e 2006, no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Gabriel Maciel nasceu em São Paulo do Potengi, no Rio Grande do Norte, e exerceu vários cargos em Pernambuco. Entre eles, Secretário Estadual de Reforma Agrária e presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Também foi membro da Academia Pernambucana de Ciências Agronômicas.

O velório e sepultamento acontecem no Cemitério Morada da Paz, no Recife, das 11h às 17 horas. Ele será cremado, mas parte das cinzas irão para Serra Talhada, cidade de sua esposa.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) enviou uma nota de pesar diante do falecimento do colega, que possuía boa relação com a família Coelho e com membros titulares do MDB.

“Com muita tristeza, nos despedimos de Gabriel Maciel, ex-secretário de Agricultura de Pernambuco e de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. Com a trajetória marcada pela defesa da agricultura como instrumento de desenvolvimento do Estado e justiça social, Gabriel trabalhou pelo aprimoramento das políticas públicas de estímulo à produção e à geração de emprego e renda no campo. À frente do Instituto Agronômico de Pernambuco, ofereceu inestimável contribuição para o fortalecimento da infraestrutura hídrica e da agricultura familiar. Deixa como legado o compromisso com o Brasil que produz e distribui riquezas. Minha solidariedade à família e aos amigos”, lamentou FBC.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lucas Ramos, também lamentou o ocorrido. “Todos que tiveram a oportunidade (e a sorte) de trabalhar e conviver ao seu lado aprenderam muito, inclusive eu. Entusiasta com visão de futuro, Gabriel detinha enorme espírito público e preocupação social. À família e amigos deixamos nossos mais profundos sentimentos. A população de Pernambuco será eternamente agradecida por sua dedicação. Siga em paz, Gabriel”, concluiu.

O líder do Governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), entregou ao relator, Renan Calheiros (MDB-AL), um parecer assinado pelo advogado Ives Gandra da Silva Martins contrário a um eventual indiciamento de Jair Bolsonaro pela comissão.

"Trazemos isso como uma contribuição para que possa ser feita uma avaliação serena, sem prejulgamentos e à luz da Constituição e do direito. Para que o relatório possa expressar de fato respostas para todos os problemas advindos do enfrentamento da pandemia", disse Bezerra.

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Um outro parecer, assinado pelo jurista Miguel Reale Junior, recomenda a responsabilização do presidente da República.

*Da Agência Senado

 

O senador Fernando Bezerra Coelho (DEM) afirmou, nesta sexta-feira (3), que está engajado para apresentar uma alternativa ao “projeto político que está no poder em Pernambuco”. Já são 16 anos que o PSB comanda o Estado e o senador, que já foi aliado do próprio PSB, argumenta que nos últimos oito anos, “Pernambuco perdeu o ritmo do desenvolvimento e hoje é campeão do desemprego no Nordeste”.

“É preciso um projeto alternativo e eu me incluo nas forças de oposição que vão apresentar uma proposta nova, que vai embalar os sonhos de crescimento e desenvolvimento do povo pernambucano”, garante o senador.

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Além da possibilidade de Bezerra Coelho sair candidato pela oposição ao governo estadual, o seu filho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), pode se tornar uma “melhor” alternativa para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.

Miguel, inclusive, já se apresenta como um possível pré-candidato e anda conversando com os partidos de oposição para que consiga se firmar como o melhor nome para a disputa contra o PSB, que ainda não tem um nome definido para disputar a continuidade da hegemonia pessebista em Pernambuco, tendo em vista que o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), afirmou não deve concorrer a nenhum cargo político no próximo ano. 

Acompanhando Jair Bolsonaro (sem partido) na sua agenda oficial em Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou que o presidente foi “muito bem recebido” no Estado, “com as ruas todas embandeiradas e com muito carinho”. 

Fernando, que é líder do governo Bolsonaro, foi um dos articuladores do encontro do presidente com os empresários pernambucanos, que ocorreu no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, nesta sexta-feira (3). Segundo Coelho, “os empresários vão trazer várias sugestões do ponto de vista das obras e dos investimentos estruturadores que precisam ser realizados para alavancar o desenvolvimento do nosso Estado”.

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O senador atenta que a grande notícia para esse encontro foi a retomada das obras da Transnordestina em Pernambuco, “através do instrumento de autorização, que é um instrumento novo de nossa legislação que foi criado na Medida Provisória editada ontem (02 de setembro) e que vai permitir a entrada de um novo grupo investidor para que a gente possa virar a página da Transnordestina que se arrasta há mais de 15 anos”.

Articulações de Bolsonaro para 2022

Fernando Bezerra Coelho aponta que as articulações ainda estão nas preliminares e esperando as reformas eleitorais que estão sendo discutidas no Congresso, que devem ter um impacto grande nas alianças para 2022.

“É muito prematuro fazer qualquer ilação sobre o cenário eleitoral do próximo ano. Isso vai ganhar velocidade a partir da definição da reforma política eleitoral, que teremos uma definição da Câmara e do Senado a partir do dia 30 de setembro”, pontua.

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