Deputada 'invade' aula para constranger professora
A deputada disse ter ido à escola através de uma denúncia dos pais de um aluno de 15 anos que relatou que "o filho foi alvo de intolerância religiosa"
A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) foi numa escola particular do Recife e coagiu uma professora em sala de aula. A deputada disse ter ido à escola através de uma denúncia dos pais de um aluno de 15 anos “que relatou que o filho foi alvo de intolerância religiosa porque disse que ouvia a voz de Deus”.
Com uma camisa escrito ‘eu ouço a voz de Deus’, Tércio publicou toda a ação em vídeo nas suas redes sociais, do momento que chegou na escola, à conversas com a professora.
“Fui procurada por pais de um aluno de 15 anos que relata que o seu filho foi alvo de intolerância religiosa porque disse que ouvia a voz de Deus, e a professora diagnosticou ele como sendo esquizofrênico”, afirmou.
Ao entrar na sala e interromper a aula, a parlamentar questionou a professora, “a gente veio aqui hoje para dizer que ouvimos a voz de Deus. Queria saber o que a senhora tem para dizer para a gente?”. “Nada”, respondeu.
Na legenda da publicação, ela disse que a escola não tomou nenhuma providência sobre o caso e expôs a intimidação à professora.
Ivan Moraes repudia
O vereador Ivan Moraes (PSOL) repudiou a atitude da deputada “para constranger uma professora de filosofia”.
“Uma deputada fundamentalista, a mesma que juntou uma horda para chamar uma menina de 10 anos de ‘assassina’ em frente ao Cisam, agora invadiu uma aula de um colégio particular para constranger uma professora de filosofia por conta de uma aula sobre Hegel. Não, não estamos bem”, disse, no Twitter.