As integrantes do coletivo Juntas (PSOL), que tomam posse na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na tarde desta sexta-feira (1º), querem presidir a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Casa. Nos últimos anos, o PSOL comandou o colegiado com o ex-deputado Edilson Silva e de acordo com uma das co-deputadas, a produtora audiovisual Carol Vergolino, elas já estão se articulando para manter o protagonismo do partido na comissão.
“A gente tem uma carta já circulando [entre os movimentos populares] com várias assinaturas que a gente vai lançar, já na segunda-feira (4), da nossa posição de articular isso com os movimentos para pressionar [e buscar a presidência da] Comissão. Vem um retrocesso muito grande por aí, e que já está se refletindo na Alepe, pois já temos mandatos bem retrógrados”, observou Carol, pouco antes de iniciar o ‘arrastão popular’, no Centro do Recife, que antecedeu a cerimônia de posse na Alepe.
##RECOMENDA##
O desejo expresso por Carol Vergolino também é comungado pelas outras componentes do Juntas: Robeyoncé Lima, advogada trans; Joelma Carla, estudante; Jô Cavalcanti, ambulante; e Kátia Cunha, professora. As presidências das comissões devem ser definidas até o fim da próxima semana. Ainda segundo Carol, todos os parlamentares com quem elas já conversaram foram informados do desejo.
--> Com de 51% renovação, Alepe empossa deputados nesta sexta
Primeiro mandato coletivo da Alepe
Esta é a primeira vez que a Alepe terá entre seus 49 deputados um mandato coletivo. Em outubro, na corrida por uma cadeira na Casa, elas pretendiam reproduzir no Estado uma iniciativa do PSOL que deu certo na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte e conquistaram êxito. Elas foram eleitas com quase 40 mil votos.
Em entrevista ao LeiaJá, Jô Cavalcanti, que representará o coletivo nas votações em plenário, disse que na Alepe a pretensão do Juntas é “priorizar o povo” nas pautas que contemplem a defesa da mulher, moradia, direito a cidade, cultura, educação e políticas LGBT.