Tópicos | greve

Elogiada nesta terça-feira (3) pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, uma das linhas de transporte público estadual de São Paulo privatizada apresentou falhas e está paralisada. Isso ocorre no mesmo dia em que funcionários das linhas públicas de Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fazem paralisação, protestando contra a privatização.

Segundo a ViaMobilidade, concessionária do serviço, houve uma falha no sistema elétrico, o que provocou paralisação entre as estações Morumbi e Villa-Lobos Jaguaré, e os trens não estão operando em oito das 20 estações que compõem essa linha. O problema ocorre desde as 13h58. A ViaMobilidade informou que a operação é normal entre as estações Mendes-Vila Natal e Morumbi e no trecho entre Villa-Lobos Jaguaré e Osasco.

##RECOMENDA##

Para tentar contornar o problema, ônibus da operação Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foram acionados para atender os passageiros que utilizam esse trecho. Técnicos da ViaMobilidade estão atuando para apurar as causas da falha e normalizar a operação.

Das cinco linhas de metrô de São Paulo, três são públicas e operadas pelo Metrô (Verde, Amarela e Azul) e duas são privatizadas e operadas pela ViaMobilidade Quatro (Amarela) e Via Mobilidade (Lilás). O Metrô também opera o monotrilho, chamado de linha 15-prata.

Já a CPTM opera cinco linhas (Rubi, Turquesa, Coral, Safira e Jade), enquanto as linhas Esmeralda e Diamante foram concedidas à ViaMobilidade.

Greve

Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, os paulistanos enfrentam muitas dificuldades para se locomover pela cidade por causa da greve. As quatro linhas operadas pelo Metrô (incluindo o monotrilho) estão totalmente paralisadas, enquanto na CPTM, as linhas Rubi e Coral funcionam parcialmente, e as linhas Turquesa, Safira e Jade também estão totalmente paralisadas.

Nesta terça-feira cedo, durante uma entrevista coletiva, o governador de São Paulo elogiou as linhas de transporte privatizadas e relativizou o problema constante que ocorre na linha 9-Esmeralda, que já foi alvo do Ministério Público. “As linhas apresentam falhas porque chegaram nas mãos da iniciativa privada extremamente deterioradas. Por que aconteceram os descarrilamentos? Porque nós tínhamos problemas de via permanente”, defendeu o governador.

Por causa da greve, tanto o governo de São Paulo quanto a prefeitura paulistana decretaram ponto facultativo, o que fez diminuir um pouco a quantidade de pessoas que teriam que transitar pela cidade. A medida, no entanto, não aliviou o problema. Desde muito cedo muitas pessoas se aglomeravam em ônibus, estações e até no trânsito, com congestionamento muito acima do normal, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Por volta das 17h, por exemplo, havia 282 quilômetros de congestionamento na cidade.

Prefeitura

Para tentar contornar a volta para casa, a Prefeitura de São Paulo informou ter adotado uma operação especial de transporte. Desde as 16h, a SPTrans, que administra o sistema de ônibus municipal, informou que mantém 100% da frota em circulação, com o reforço de mais 200 veículos para o pico da tarde.

Segundo a prefeitura, o passageiro que está no centro e tem como destino a zona leste poderá usar a linha 4310/10, que serve todo o eixo da linha 3-Vermelha. Outras 16 linhas serão prolongadas, iniciando suas viagens nas estações Tatuapé e Carrão, para oferecer mais opções aos passageiros nessas regiões.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerou que a greve no transporte na capital tem motivação política e associou a paralisação a "interesses políticos e ideológicos" e à eleição municipal de 2024. Em referência ao pré-candidato à Prefeitura do município, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), Tarcísio questionou como a cidade será governada "por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo".

"Basta ver os vídeos das assembleias que percebemos essas motivações políticas, percebemos o que tem por trás, porque eles deixam muito claro. Infelizmente, nós temos hoje uma confusão de sindicato com partido político, um controle desses sindicatos por determinados partidos. Partidos que já mostram que não têm a menor disposição para dialogar. E que estão pleiteando, por exemplo, eleição municipal no ano que vem. O que será de uma cidade governada por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo?", disse o governador em entrevista coletiva concedida para comentar a greve unificada nesta terça-feira, 3.

##RECOMENDA##

O governador afirma que não há diálogo com os grevistas. Camila Lisboa, que preside o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, é filiada ao partido de Boulos. A crítica de Tarcísio segue a mesma linha das declarações do prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que chamou greve no Metrô de "ideológica" e disse que a paralisação é "apoiada pelo PSOL". Nunes e Boulos devem se enfrentar pelo comando da Prefeitura no ano que vem.

Na manhã desta terça-feira, Tarcísio lamentou a greve e afirmou que a população está "refém de sindicatos". "Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem como real objetivo promover o caos e atrapalhar a vida de quem realmente quer trabalhar por nosso Estado", afirmou.

Mais tarde, em entrevista à GloboNews, o governador voltou a apontar a necessidade de diálogo entre a Prefeitura de São Paulo e governo do Estado, enfatizando que isso acontece atualmente, com Ricardo Nunes no cargo. "De fato nós temos tido uma sinergia muito grande com a Prefeitura, então existem várias ações que precisam ser coordenadas. Não só na questão do enfrentamento à greve, como é o acionamento das linhas de ônibus, como é a questão do ponto facultativo. Mas no dia a dia, na construção de políticas públicas, e a capacidade de diálogo é fundamental. O cidadão ganha se tiver um bom alinhamento entre governo do Estado e Prefeitura", disse ele.

Boulos defendeu que a "grande responsável" pela greve é a intransigência do governo de São Paulo. "Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O Governo Estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo", disse.

A greve unificada da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fechou seis linhas completas e duas de forma parcial. A paralisação foi definida inicialmente para durar 24 horas.

Posteriormente, um novo encontro do grupo vai avaliar quais serão os desdobramentos da campanha contra as privatizações e terceirizações dos serviços. Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, também estão paralisados em protesto.

As categorias querem o cancelamento, pelo governo do Estado, dos processos de privatização e terceirização das empresas públicas, além da realização de um plebiscito com a população sobre o tema.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) informou que os trabalhadores da fabricante de aviões Embraer na cidade entraram em greve nesta terça-feira (3). As reivindicações da categoria são aumento real do salário e renovação da convenção coletiva.

A decisão pela greve ocorreu após os trabalhadores rejeitarem uma proposta da empresa, que ofereceu reposição da inflação aos salários, de 4,06%, e "redução de direitos", segundo o sindicato, que também afirma que a greve paralisa 100% da produção.

##RECOMENDA##

Também nesta terça-feira, trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), entraram em greve de 24 horas. Mas, nesses casos, não é questão salarial: os trabalhadores fazem protesto contra os planos de privatização das empresas.

Procurada, a Embraer afirmou que concedeu reajuste de acordo com proposta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e que as negociações entre a entidade e os sindicatos continuam.

"A Embraer, por liberalidade, já concedeu o reajuste salarial de 4,06% (que corresponde a 100% da inflação no período) aos colaboradores que recebem salários de até R$ 10 mil e um fixo de R$ 406,00 para remunerações acima desse valor, conforme proposta apresentada pela Fiesp, que representa as empresas do setor. As negociações entre Fiesp e entidades sindicais continuam", afirmou a empresa.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou, na manhã desta terça-feira (3), a greve deflagrada por funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de "abusiva, ilegal e política". Funcionários da Sabesp também aderiram à paralisação contra as privatizações em estudo no governo paulista. "Vamos continuar estudando as privatizações (Metrô e CPTM) e a da Sabesp está mais adiantada, com consulta às prefeituras e ao TCM", destacou.

Na noite de segunda-feira (2), funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a paralisação conjunta que começou à 0h desta terça-feira e tem previsão de duração de 24 horas. Nesta manhã, as linhas da CPTM e as doo Metrô, que não foram privatizadas, se encontravam paralisadas ou em operação parcial. No total, a paralisação do Metrô e da CPTM afetaram nove estações.

##RECOMENDA##

"Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão", disse o governador na entrevista. Ele disse que não liberou as catracas "porque isso colocaria os cidadãos em risco". Essa decisão foi criticada pelos sindicalistas, pois segundo eles, com a liberação das catracas, os serviços não seriam paralisados.

Ao reiterar que a greve de hoje tem motivação política, o governador de São Paulo também que as direções dos sindicatos são compostas por partidos que "não dialogam" com a população, tanto que não cumpriram o acordo judicial de manutenção básica dos serviços no Metrô e na CPTM. "Ano que vem tem eleição (municipal) e os sindicatos já programam outras greve, é um abuso", frisou.

Na entrevista, Tarcísio disse que o governo está totalmente focado nesta terça nas medidas de contingência para minimizar "ao máximo" o impacto da greve no transporte sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

A greve desta terça-feira (3) que afeta o funcionamento de linhas do Metrô e da CPTM em São Paulo tem causado transtornos a passageiros que tentam se deslocar na capital e na região metropolitana. A paralisação tem feito com que haja uma peregrinação entre linhas que mantêm o funcionamento, aumentando o tempo do trajeto no início desta manhã. Além disso, os ônibus têm circulado mais cheios e os preços de corrida por aplicativo estão mais altos que a média diante da demanda.

A enfermeira Tatiana Souza, de 41 anos, prevê uma "verdadeira peregrinação", como ela mesmo descreve, para chegar ao trabalho nesta terça-feira por conta da greve. Funcionária de um hospital na região da Vila Mariana, na zona sul, normalmente ela vai até a Estação Corinthians-Itaquera, pega as linhas Vermelha e Azul do Metrô, e chega ao trabalho. O trajeto dura por volta de 45 minutos.

##RECOMENDA##

"Hoje, por conta da paralisação, a ideia é ir de CPTM até a Estação Paulista, pegar a linha Amarela até a Estação Pinheiros, pegar a linha Esmeralda até a Estação Santo Amaro e, por fim, entrar na linha Lilás para chegar ao trabalho", disse. O tempo previsto é pelo menos o dobro do que ela gasta normalmente: 1h30. "Pelo menos uma colega de trabalho vai me acompanhar nessa."

Maria Adelina, 42 anos, empregada doméstica, decidiu pegar ônibus para chegar ao seu local de trabalho, no Morumbi. Com dificuldade para conseguir pesquisar o trajeto, ela pediu o celular de um colega emprestado para utilizar a internet e descobriu que levaria cerca de uma hora e meia a mais que o normal. "Atrapalhou bastante. De metrô é tudo mais fácil. Além disso, com certeza os ônibus vão estar todos cheios", disse.

No Jabaquara, os portões amanheceram fechados, com cartazes de greve e um grupo de metroviários explicando para a população os motivos da paralisação. O movimento de passageiros era pequeno, mas algumas pessoas, como Josemir Teixeira, 29 anos, pintor, não sabiam sobre a paralisação e deram de cara com a porta ao chegar na estação a caminho do trabalho.

Em razão da greve unificada aprovada em assembleia-geral na noite de segunda-feira (2) a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão sendo afetadas desde o início da manhã desta terça-feira (3).

Na noite de segunda, os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a paralisação conjunta que começou à 0h desta terça-feira, e já vinha sendo alertada pelos sindicatos desde a semana passada. A paralisação das atividades deve durar 24 horas.

##RECOMENDA##

Quais linhas estão sendo afetadas pela greve desta terça-feira?

Metrô

- Linha 1-Azul: fechada;

- Linha 2-Verde: fechada;

- Linha 3-Vermelha: fechada;

- Linha 15-Prata: fechada.

CPTM

- Linha 7-Rubi: de Caieiras a Luz;

- Linha 10-Turquesa: fechada;

- Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz;

- Linha 12-Safira: fechada;

- Linha 13-Jade: fechada.

No início da manhã desta terça-feira, todas as linhas de gestão pública da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já se encontravam paralisadas ou em operação parcial. As linhas 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade amanheceram fechadas, enquanto as linhas 7-Rubi e 11-Coral estão, desde as 5h15, operando parcialmente. Enquanto isso, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, administradas pela iniciativa privada, seguem em funcionamento normal.

No Metrô, apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, da iniciativa privada, permanecem operantes, o restante das linhas amanheceu de portas fechadas.

Paralisação causa transtornos a passageiros

Moradora do Jardim Santo Antônio, na zona leste da cidade, a técnica de enfermagem Katia Angelina, de 38 anos, se preparou para pedir um carro de aplicativo por volta de 5h. A ideia era tentar driblar a greve e chegar a tempo no trabalho em uma instituição em Indianópolis, na zona sul. Em vão, mesmo pedindo com antecedência, a corrida estava mais cara.

"Não tinha como pagar isso, então vim de ônibus para a Estação Corinthians-Itaquera para tentar carro de aplicativo daqui", disse ela, que normalmente vai de Metrô para o trabalho. O expediente começava às 8h. Ao chegar na estação, encontrou o local bem mais cheia que o normal. O preço da corrida estava R$ 70. "Está bem mais alto, mas não tenho o que fazer, vou tirar do meu bolso."

Do outro lado da cidade, no Jabaquara, na zona sul da capital paulista, os portões também amanheceram fechados, com cartazes de greve e um grupo de metroviários explicando para a população os motivos da paralisação. O movimento de passageiros era pequeno, mas algumas pessoas não sabiam sobre a paralisação e deram de cara com os portões fechados ao chegarem na estação, como foi o caso do pintor Josemir Teixeira, de 29 anos, que também foi pego de surpresa.

"Eu moro na divisa com Diadema e trabalho na Raposo Tavares. Pego o Metrô todo dia por volta das 6h", conta Josemir. "A empresa em que eu trabalho não falou nada da greve. Eu descobri agora. Avisei para eles e estão mandando um encarregado para me buscar, porque não tem como eu ir de ônibus daqui."

Seguindo a orientação dos próprios metroviários, alguns trabalhadores, como o encanador José Veneranda, de 31, optaram por tirar uma foto do portão da estação fechado com indicativo de greve para justificar a falta no trabalho. Sentado em frente à entrada, ele afirmou que iria enviar a fotografia ao RH da empresa em que trabalha, na Barra Funda. "Não tem como ir de ônibus até lá", afirma, mostrando quanto tempo demoraria o trajeto por ônibus.

Parte dos passageiros demonstrou apoio à paralisação, mesmo dizendo não compreender completamente a pauta de reivindicações. "Eles estão certos, tem que lutar mesmo", diz Veneranda. No entanto, o motivo da greve não parece claro, mesmo com as explicações dos metroviários na porta da estação. A maioria das pessoas acredita que eles lutam por aumento de salário - na verdade, a pauta é barrar possíveis privatizações no serviço, alegando que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já estaria negociando a concessão de mais linhas do metrô e da CPTM à iniciativa privada.

Categorias protestam contra plano de privatização

As categorias são contra a privatização das três empresas públicas. Os sindicatos alegam que a transferência das operações ao setor privado, por parte da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), carece de maior discussão com a sociedade e que projetos do tipo podem piorar a qualidade dos serviços.

"Queremos o cancelamento de todos os processos de privatização e terceirização das empresas públicas, e exigimos realização de um plebiscito oficial para consultar a população sobre as privatizações das empresas", disse Camila Lisboa, presidente do sindicato dos metroviários, na assembleia desta segunda.

As entidades afirmam que a concessão de linhas de transporte e a operação da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. O principal argumento dos sindicalistas é o aumento das falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, o que resultou em mais queixas dos usuários no início deste ano.

A privatização desses dois ramais de trens viraram alvo de investigação do Ministério Público e motivo de dor de cabeça para o governo paulista, que aplicou multas e fez uma série de reuniões para resolver o impasse. A ViaMobilidade, consórcio que assumiu as linhas, tem afirmado fazer obras de melhorias e colocado novos trens em operação.

Os engenheiros do Metrô, porém, decidiram não participar da greve. O comunicado foi emitido após liminar do TRT da 2ª Região, que indeferiu recurso interposto contra a decisão pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e, no mesmo documento, estendeu os efeitos da decisão ao Sindicato dos Engenheiros do Estado (SEESP), incluindo o pagamento de multa diária de R$ 500 mil. O Sindicato dos Engenheiros, então, recuou da participação na greve e, na noite desta segunda-feira, comunicou a decisão à direção do metrô.

Em virtude do movimento de greve, o governo de São Paulo decretou ponto facultativo em órgãos públicos - com isso, consultas, exames e demais serviços públicos agendados para esta terça deverão ser remarcados.

Também com o objetivo de diminuir os impactos da paralisação, a Prefeitura da capital paulista suspendeu o rodízio de veículos para esta terça (continuará funcionando normalmente para caminhões) e ampliou o itinerário de 26 linhas municipais de ônibus.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, de metrô, e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, administradas pela iniciativa privada, funcionam normalmente, segundo a Via Quatro e a Via Mobilidade.

Os funcionários também definiram pontos de piquetes. Os ferroviários deverão se juntar nas estações da Luz, Mauá, Pirituba e Francisco Morato; enquanto os metroviários organizam manifestações nos pátios de Itaquera, Belém, Oratório, Tamanduateí e na estação Ana Rosa. Os piquetes dos trabalhadores da Sabesp estão programados para os seguintes endereços: Avenida Santos Dumont, Rua Sumidouro, Avenida Santo Amaro e Rua Sebastião Preto, na Mooca.

A liberação de catracas chegou a ser sugerida pelo Sindicato dos Metroviários, mas a Justiça do Trabalho não autorizou a medida. E segundo o sindicato, não haverá interrupção do fornecimento de água.

Governo critica movimento grevista

O governo de São Paulo define o movimento como "ilegal" e "abusivo". "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", afirmou a gestão Tarcísio em nota.

O governador do Estado deve fazer um pronunciamento nesta terça, às 7 horas, junto com os presidentes das três companhias, para detalhar as medidas de contingência para diminuir os impactos da paralisação de parte do transporte de São Paulo, e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

"É importante esclarecer à população que a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas", continuou o governo.

A gestão Tarcísio afirma ainda que os debates para a privatização devem ser feitos em audiências públicas "e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão". "É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do governo de São Paulo não é a ideal", disse em nota.

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) concedeu na sexta-feira, 29, liminares ao Metrô e à CPTM determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico (6h às 9h e das 16h às 19h) e de 80% nos demais horários, com multa de R$ 500 mil para cada um dos sindicatos em caso de descumprimento. Na Sabesp, a taxa de trabalhadores que devem atuar é de 85% e a multa, de R$ 100 mil.

Suspensão do rodízio

A Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio de veículos na capital nesta terça-feira, em função da greve de 24 horas realizada pelos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp.

Aulas da rede estadual são suspensas

A Secretaria da Educação do Estado decidiu suspender as aulas da rede na capital e região metropolitana nesta terça-feira em razão da paralisação no transporte. "A dispensa foi definida para que nenhum estudante ou trabalhador seja prejudicado com eventuais faltas, na impossibilidade de chegar até a escola", informou a pasta.

Segundo a administração estadual, todas as provas serão reagendadas, "inclusive nas escolas que estão aplicando a repescagem da Prova Paulista, a avaliação bimestral aplicada em toda a rede". "A Seduc-SP também organizará a reposição de aulas, em data a ser divulgada em breve."

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agendaram greve conjunta para terça-feira, 3.

As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesta segunda-feira, 2, os servidores aprovaram, em assembleia, a paralisação.

##RECOMENDA##

O governo classifica a mobilização como "política". Os sindicatos, por sua vez, afirmam que o objetivo é ampliar a participação da sociedade e evitar a piora dos serviços.

A Justiça já determinou 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico. O sindicato dos metroviários, por sua vez, promete recorrer da decisão por considerá-la um "ataque ao direito constitucional de greve".

O que para e o que funciona

- As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato;

- As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas;

- O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-jade;

- Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada.

- Na Sabesp, os trabalhadores dizem que não haverá interrupção no abastecimento de água.

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) agendaram uma greve conjunta de 24 horas para a terça-feira (3). As três categorias farão uma assembleia coletiva na noite de segunda (2) para uma votação simbólica que deve confirmar a greve, de acordo com os sindicalistas.

A paralisação é contra os projetos de privatizações do governo, que inclui linhas da rede metroferroviária e a estatal de saneamento. Os sindicatos dizem que querem discutir mais esses planos com a sociedade e evitar a piora do serviço. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem chamado a greve de "política" e afirmado que os projetos de concessão à iniciativa privada estão sendo debatidos.

##RECOMENDA##

Quais linhas devem parar?

As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas

O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade

Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada

Como vai ser nos horários de pico?

Na sexta-feira, 29, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) concedeu liminares ao Metrô e à CPTM determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 80% nos demais horários, com multa de R$ 500 mil para cada um dos sindicatos em caso de descumprimento. No caso da Sabesp, o porcentual de trabalhadores que devem atuar é de 85% e a multa, de R$ 100 mil.

"O serviço é de vital importância à sociedade paulista que se locomove pela Grande São Paulo, servindo o Metrô como ‘coluna vertebral’ da distribuição do transporte público e, portanto, a precária atividade afetaria inclusive a outros tantos ramos importantes da sociedade, hospitais, segurança pública, escolas etc, dado que o tráfego de automóveis na capial já se encontra há muito saturado", escreveu o desembargador do Trabalho Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira.

Haverá liberação de catracas?

A liberação de catracas chegou a ser sugerida pelo Sindicato dos Metroviários, mas a Justiça do Trabalho não autorizou a medida.

Os serviços da Sabesp serão afetados?

Segundo o sindicato, não haverá interrupção do fornecimento de água. No dia da paralisação, os funcionários realizarão um ato junto à sede da companhia no bairro da Ponte Pequena, região central.

Liberdade terá ruas abertas no domingo, co

Estudantes em greve da Universidade de São Paulo (USP) e representantes da reitoria reuniram-se nesta quinta-feira (28) para discutir a pauta de reivindicações dos alunos. O encontro, o segundo  desde o início da mobilização dos estudantes, durou mais de duas horas, mas terminou sem acordo.

Segundo a reitoria, os estudantes apresentaram 12 reivindicações. “A contratação de docentes, o primeiro ponto da pauta, começou a ser debatida na mesa, mas ainda sem conclusão”, disse a reitoria, em nota. Uma nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (4).

##RECOMENDA##

As demandas estudantis estão focadas principalmente na contratação de docentes e na reativação do gatilho automático que liberava a contratação de um professor para substituir um outro em caso de aposentadoria, exoneração ou morte. Eles pedem ainda o aumento das bolsas para permanência na universidade e melhorias no acesso dos indígenas na instituição.

Segundo a Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), a instituição de ensino, que contava com cerca de seis mil professores em 2014, agora em 2023, tem cerca de 4,9 mil.

“Nós estamos diante de uma greve importante, que tem crescido um dia após o outro, com várias demandas. Há cursos correndo risco real de fechar por falta de professores. Eu sou da faculdade de Letras e temos a situação aqui em que o curso de coreano, a partir do ano que vem, não vai mais ter entrada de alunos”, disse a estudante de Letras, Mandi Coelho, uma das alunas que participou da reunião com a reitoria.

Além dos alunos em greve, os professores aprovaram em assembleia, na última terça-feira (26), iniciar uma paralisação até a próxima segunda-feira, quando irão votar o início de uma greve em apoio aos estudantes. Professores de cinco unidades de ensino da universidade aderiram ao movimento: Instituto de Matemática e Estatística (IME); Faculdade de Educação; Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH); Instituto de Psicologia; e Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

Levantamento divulgado pela Associação de Docentes da Universidade de São Paulo mostra que - no período de 2014 até agosto de 2023 - o corpo docente da USP encolheu 17,5% – de aproximadamente seis mil professores para 4,9 mil. 

Já no período de 1995 a 2022, ainda segundo a entidade, o número de cursos de graduação cresceu cerca de 150%; as vagas na graduação aumentaram mais de 60%; o número de estudantes matriculados na graduação cresceu 80% e, na pós-graduação, 50%; e os títulos de mestrado e doutorado cresceram mais de 100%.

“No entanto, o número de docentes cresceu apenas 2% e de técnico (a)s-administrativos decresceu em 15% em relação a 1995”, diz balanço da entidade.

Segundo a presidenta da Adusp, a professora Michele Schultz, as cerca de 800 contratações de professores anunciadas pela reitoria não suprem a necessidade da instituição. “Continua havendo perdas, as pessoas continuam morrendo, se aposentando, sendo desligadas por exoneração ou outro motivo. Desde janeiro de 2022, segundo o nosso levantamento, 305 professores deixaram a universidade”, disse.

Pauta primordial

Em nota divulgada ontem (27), a reitoria da USP disse que tem como pauta primordial a contratação de novos docentes e que já garantiu a distribuição de 879 cargos a todas as unidades de ensino e pesquisa da universidade. 

“Importante destacar que o quadro atual de arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) impõe responsabilidade e atenção com o que foi previsto nessa alínea do orçamento”, acrescenta a nota.

A reitoria disse ainda que as faculdades e escolas podem, caso necessitem, solicitar cargos para a contratação de docentes temporários “para amenizar a morosidade encontrada na execução dos concursos”.

Os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram na noite da terça-feira, 26, paralisar as atividades docentes até a próxima segunda, 2. O gesto, aprovado em assembleia geral, é uma demonstração de apoio à greve dos estudantes, deflagrada na semana passada. De acordo com a Associação de Docentes da USP (Adusp), os professores vão se reunir na segunda-feira que vem, em uma nova assembleia, para decidir o indicativo de greve.

A greve estudantil foi aprovada na última terça-feira, 20, sob o argumento de que a USP apresenta defasagem no quadro de professores, e a falta de contratação tem colocado em risco a continuidade de algumas disciplinas, como Japonês e Coreano, que são ministradas no curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

##RECOMENDA##

Foi justamente a FFLCH a primeira a aprovar a greve, que ganhou adesão de outras faculdades, como a Faculdade de Direito, nos últimos dias. Nesta terça, 26, os universitários fizeram uma manifestação pelas ruas da capital até o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

As assembleias setoriais que trouxeram deliberação de paralisação foram a Faculdade de Educação, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - que já tinha demonstrado apoio aos estudantes na semana passada -, o Instituto de Matemática e Estatística (IME) e o Instituto de Psicologia (IP).

Embora não estivessem presentes todas as faculdades e institutos da USP, a decisão vale para todos os representantes da categoria da universidade, de acordo com Michele Schultz, presidente da Adusp.

"A deliberação de uma assembleia geral vale para toda a categoria docente, de todas unidades. Agora, as assembleias setoriais debaterão o indicativo de greve para levar seus posicionamentos para a geral no dia 2 de outubro", disse Michele ao Estadão.

Assim como os estudantes, os docentes também reivindicam mais contratações de professores. "O número adequado de servidoras e servidores docentes e técnico-administrativas (os) é a garantia de melhores condições de trabalho e estudo. É inadmissível que estudantes sejam prejudicadas e prejudicados por falta de docentes", completa a presidente da Adusp.

O corpo docente da USP foi encolhendo ao longo dos últimos anos. Como mostrou uma reportagem do Estadão, a USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023, o que representa uma queda de 15% na quantidade de docentes, dentro de um cenário onde o mesmo número de alunos continuou igual.

Na Faculdade de Medicina Veterinária e Zoologia (FMZV), por exemplo, o quadro encolheu 22,1% entre setembro de 2014 e agosto de 2023 (queda de 104 para 81 professores); na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 21,37% (de 117 para 92), e no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICM), a queda foi 21,13% (142 para 112).

Os números foram divulgados pela Adusp, com base nas folhas de pagamento disponíveis no portal de transparência da universidade. A defasagem é resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, que impediram novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.

A greve também foi impulsionada pelo pedido dos alunos por melhorias na política de permanência estudantil. Na votação pela paralisação, os docentes engrossaram o apoio à pauta.

"A administração da universidade tem condições de ampliar as políticas de permanência estudantil", Michele Schultz. "A universidade passou a receber mais estudantes em situação de maior vulnerabilidade social com a política de cotas. É necessário que haja efetiva inclusão destes estudantes", completou.

Procurada pelo Estadão, a reitoria da USP não retornou até a publicação desta reportagem.

Os líderes do Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos (WGA, sigla em inglês) encerraram, nesta terça-feira (26), uma greve que durou meses e paralisou Hollywood, aceitando um acordo salarial negociado com os estúdios de produção.

O poderoso sindicato dos roteiristas anunciou em comunicado que "o conselho de diretores votou unanimemente para recomendar o acordo", acrescentando que "a greve termina à 00h01" desta quarta-feira no horário de Los Angeles.

##RECOMENDA##

Os 11.500 membros do sindicato terão a palavra final sobre se aceitam ou não a oferta, com uma votação a ser realizada entre 2 e 9 de outubro, informou o grupo.

Teoricamente, o acordo ainda pode ser rejeitado pelos roteiristas, mas a maioria dos especialistas da indústria acredita que a ratificação será uma formalidade e o trabalho em projetos de TV e cinema paralisados poderá recomeçar enquanto o processo é concluído.

Milhares de roteiristas de cinema e televisão pararam de trabalhar no início de maio em busca de demandas como melhores salários, maiores recompensas por criação de programas de sucesso e proteção contra a inteligência artificial.

Eles organizaram piquetes por meses em frente a escritórios de estúdios, incluindo da Netflix e da Disney, e receberam o apoio de atores em greve em meados de julho, deixando os lotes de Hollywood, normalmente movimentados, praticamente vazios em uma dramática mostra de força.

Cinco dias de intensas negociações entre o sindicato e a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP, sigla em inglês), que representa os estúdios, culminaram no domingo.

Os observadores da indústria esperam que o acordo seja bem recebido pelos membros.

"Podemos dizer, com muito orgulho, que este acordo é excepcional - com ganhos e proteções significativas para os roteiristas em todos os setores da associação", disse o sindicato no domingo.

Cylin Busby, membro do WGA, disse que, embora não conheça todos os detalhes do acordo, está otimista.

"A mensagem que estamos recebendo do nosso sindicato é tão positiva que ficaria chocada se não fosse um acordo muito bom para os roteiristas", disse ela à AFP nesta terça-feira. "Estou pronta para voltar ao trabalho."

Mesmo que o acordo seja aprovado, Hollywood ainda estará longe de seu expediente normal, já que os atores - representados pelo sindicato SAG-AFTRA - ainda se recusam a trabalhar. Espera-se que a resolução dessa paralisação leve pelo menos mais algumas semanas.

Com centenas de filmagens de cinema e televisão atrasadas e acumuladas, ainda pode levar meses para Hollywood resolver o congestionamento logístico e voltar completamente ao trabalho.

Os atores estavam em greve nesta terça-feira em frente ao escritório da Netflix, sendo acompanhados por membros do WGA.

"Nossa greve acabou. Mas a batalha continua até que os atores consigam o acordo deles", disse Vinnie Wilhelm, membro do WGA. "Não teríamos conseguido o acordo que conseguimos se não fosse pelo apoio dos atores", acrescentou.

Após a entrada dos professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), agora é a vez dos estudantes da Faculdade de Direito aderirem à greve de estudantes iniciada pelos alunos da FFLCH que demanda por novas contratações de professores. Uma Assembleia Geral realizada na noite da segunda-feira (25) decidiu pela adesão do corpo estudantil do curso.

Segundo o Centro Acadêmico 11 de Agosto, responsável pela reunião, dos 630 estudantes presentes, 606 votos foram positivos a inclusão.

##RECOMENDA##

A greve começa nesta terça-feira (26), com as negociações das pautas e uma nova reunião deve ser realizada na próxima segunda-feira (2), para decidir os próximos passos do grupo.

Dentre as reivindicações estudantis, a principal é a disponibilização de vagas para novos docentes efetivos, suficientes para preenchimento necessário e a garantia das políticas afirmativas na reserva de vagas para os concursos públicos a serem realizados para os cargos. Além disso, também exigem melhores condições de permanência estudantil.

Como mostrou uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023. São 15% a menos de docentes, sem que tenha mudado o número de alunos, resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, quando não foram autorizadas novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.

A reitoria da universidade afirma manter em curso um esforço para a contratação de docentes de forma escalonada, até 2025. Uma parte das vagas foram adiantadas, mas, a maioria dos novos professores só deve chegar no próximo ano.

"Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas. Ao final desse esforço, a USP terá o mesmo número de professores e professoras de 2014", afirmou em nota publicada na última quinta-feira (21).

Como parte da greve que começa nesta terça-feira, o Centro Acadêmico afirmou que as entradas da Faculdade serão interditadas com uso de cadeiras e mesas e aulas online serão vetadas e sofrerão intervenção.

Uma reunião de negociação com a reitoria está marcada para ocorrer nesta quinta-feira (28), e uma Assembleia Geral da Universidade na sexta-feira (29), ambas na Cidade Universitária.

Desde a tarde de segunda-feira (11) os funcionários de bilheterias das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, paralisaram suas atividades. Eles reclamam de falta de pagamento do salário e benefícios referentes a agosto. A greve, no entanto, não está afetando a circulação de trens, já que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deslocou funcionários para o atendimento.

As duas linhas são administradas pela ViaMobilidade, mas a venda de bilhetes é de responsabilidade da CPTM, de acordo com a concessionária. Ou seja, é a companhia que administra e contrata a empresa terceirizada responsável pelo serviço.

##RECOMENDA##

"A CPTM deslocou funcionários para as bilheterias das linhas 8 e 9 e tudo está funcionando normalmente", afirma a concessionária. No dia anterior, a recomendação, era de que as pessoas comprassem o bilhete com antecedência.

"A ViaMobilidade reitera que, de acordo com o contrato de concessão, a comercialização dos bilhetes nas estações das linhas 8 e 9 segue sob responsabilidade da CPTM", acrescentou.

Procurada, a CPTM confirmou que a operação para a venda de bilhetes em estações das linhas 8 e 9 será mantida com a atuação de colaboradores da companhia.

Segundo a companhia, as estações Itapevi e Carapicuíba (da Linha 8-Diamante), Grajaú e Osasco (da Linha 9-Esmeralda) funcionam normalmente das 4h às 00h e as demais das 5h às 23h.

"Assim que foi notificada da desistência da empresa (terceirizadas, que fornece funcionários para as estações), a CPTM instaurou um procedimento para aplicar as sanções previstas em contrato pelo descumprimento do serviço. A companhia reitera que todos os pagamentos à empresa foram rigorosamente cumpridos, que avalia outras opções para a manutenção do serviço", afirma a CPTM.

A companhia acrescenta que os passageiros também podem obter a passagem via cartões TOP, Bilhete Único e Fidelidade, pagamento via Whatsapp e aplicativo de celular, além das máquinas de autoatendimento para compra e recarga de bilhetes.

Depois de prefeitos de 15 Estados anunciarem paralisações em atividades das prefeituras nesta quarta-feira, 30, para reivindicar mais repasses do governo federal, lideranças do PT e entidades organizam uma reunião nesta tarde para conter a movimentação. No Nordeste, reduto petista, cidades de todas as nove unidades federativas da região aderiram ao protesto.

A ação, denominada "Sem FPM não dá, as prefeituras vão parar", tem o apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Segundo a entidade, houve uma redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e também atrasos em entregas de emendas parlamentares.

##RECOMENDA##

O encontro desta tarde tem como propósito discutir a possibilidade de acelerar a tramitação do Projeto de Lei Complementar nº 136/2023, que propõe uma injeção de R$ 27 bilhões aos Estados e ao Distrito Federal, para compensar a limitação da alíquota sobre o Imposto de Circulação de Bens e Serviços (ICMS) aprovada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em junho de 2022.

Se o projeto for aprovado, os municípios serão beneficiados, porque parte dessa compensação recebida pelos Estados terá que ser repassada para eles. O autor da proposta é o deputado Zeca Dirceu (PT-RS).

Um mês depois da limitação das alíquotas ser aprovada, o Congresso derrubou o veto de Bolsonaro à obrigação da União de compensar o que os Estados deixariam de arrecadar. Com isso, o governo voltou a ter que fazer o repasse.

A proposta de Dirceu fala em R$ 27 bilhões, mas especialistas ouvidos pelo Estadão na época apontavam que o rombo podia chegar à casa dos R$ 70 bilhões.

Entenda o caso

Estão confirmadas para a reunião algumas entidades representativas dos municípios - Confederação Nacional de Municípios (CNM), Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e Associação Brasileira de Municípios (ABM) - e alguns consórcios de governadores.

Como mostrou o Estadão, uma das reclamações dos prefeitos é que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios têm sido feito com atrasos e em valores mais baixos do que em 2022. O FPM é um percentual do que a União arrecada em com Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por isso, não tem um valor fixo.

A proposta de lei complementar que será discutida nesta tarde na liderança do Partido dos Trabalhadores coloca o foco na questão para a limitação do ICMS aprovada durante o governo Bolsonaro. O projeto foi apresentado por Dirceu no dia 3 de julho e aguarda despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para começar a tramitar.

Prefeitos de 11 Estados realizam um protesto, nesta quarta-feira (30), com o objetivo de reivindicar mais receitas do governo federal para os municípios. Em todas as unidades federativas da região Nordeste, as prefeituras irão paralisar atividades administrativas e colocar faixas questionando a redução de envios de recursos financeiros para as cidades. Também é previsto que os chefes municipais compareçam a Brasília para realizar manifestações e pedir mais apoio de parlamentares do Congresso Nacional.

O movimento foi denominado como "Sem FPM não dá, as prefeituras vão parar" e recebe o apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que atestou uma redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e também atrasos em entregas de emendas parlamentares. Além dos Estados do Nordeste, é previsto também a adesão de cidades do Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

##RECOMENDA##

O Estadão apurou com federações estaduais de prefeitos que 350 municípios da Bahia, 217 do Maranhão e 168 do Ceará devem aderir à greve.

Segundo a CNM, os prefeitos estão preocupados com a distribuição da receita do Fundo para o segundo semestre deste ano. O FPM consiste em uma transferência feita três vezes ao mês pela União às administrações municipais, e é composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A pesquisa da CNM também atestou que, nas emendas parlamentares, o primeiro semestre do ano foi marcado por atrasos de pagamentos. A redução das verbas foi de quase 73% na comparação com o mesmo período do ano passado, variando de R$ 10,43 bilhões para R$ 2,80 bilhões. Também foi atestada um recuo de 4,5% da cota-parte no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Entre as reinvindicações dos prefeitos, estão um aumento de 1,5% no FPM, uma redução da alíquota patronal do INSS para 8% aos municípios até 156 mil habitantes, uma recomposição do ICMS, o fim do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e uma ampliação da Reforma da Previdência para os municípios.

Cidades do Nordeste vão paralisar serviços administrativos

No município de Imperatriz, que é o maior em população do interior do Estado do Maranhão, apenas serviços essenciais como saúde e limpeza pública irão funcionar. Segundo a prefeitura da cidade, a redução da FPM impactou o oferecimento de serviços essenciais como saúde, educação e infraestrutura. A administração também informou que a redução de emendas parlamentares agravou a situação financeira municipal e que busca aumentar a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para reverter os efeitos econômicos.

No município baiano de Vitória da Conquista, foi decretado um feriado facultativo para esta quarta, suspendendo as atividades administrativas como forma de protesto à redução do FPM. Por lá, apenas os serviços de saúde, educação e limpeza urbana estarão funcionando. O mesmo está previsto para acontecer na cidade pernambucana de Cabrobó e em Macau e Água Nova, no Rio Grande do Norte.

Em Maracanaú, cidade da região metropolitana de Fortaleza que conta com cerca de 230 mil habitantes. O atendimento funcionará apenas em serviços de saúde, educação, segurança alimentar, iluminação pública, trânsito, transporte público e limpeza urbana.

O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE) requisitou ao Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife (CTM/Grande Recife), nesta terça-feira (29), informações sobre a redução da frota de ônibus em operação na Região Metropolitana do Recife. O Consórcio tem até cinco dias úteis para dar as justificativas.

Segundo informações que o MPC-PE teve acesso, o Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (STPP) operava com uma frota de 2.459 coletivos e, agora, conta com 2.132 ônibus à disposição da população.

##RECOMENDA##

"Realizamos uma requisição de informações para saber como foi tomada essa medida, se foi realizado um estudo técnico, bem como as justificativas necessárias para a ação", disse o procurador de Contas, Gilmar de Lima, que também manteve contato telefônico com representantes do CTM. "Queremos compreender melhor a situação antes de realizar a instauração de qualquer procedimento ou mesmo representação", completou ele.

Com informações da assessoria

A greve mais longa do metrô do Recife chegou ao fim na manhã desta segunda (28). Após 26 dias de negociações, os metroviários restabeleceram o serviço e reabriram as estações que atendem cerca de 170 mil passageiros diariamente.

O término da paralisação foi votado pelos trabalhadores na noite dessa sexta (25), em uma assembleia convocada pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) na Estação Recife, na área Central da capital.

##RECOMENDA##

LeiaJá também: Metrô: privatização em BH afetou primeiro as mulheres

Apesar do retorno integral da operação decorrente de algumas conquistas pleiteadas pelos metroviários, a categoria se mantém em estado de greve e agendou uma nova reunião para o dia 5 de setembro.

LeiaJá também:

--> Congressistas realizam força-tarefa no metrô do Recife

--> Sindmetro-PE protesta em frente ao Palácio do Planalto

Através da Assembleia realizada na noite desta sexta-feira (25), os metroviários decidiram que o sistema de transporte voltará a funcionar normalmente a partir da 0h da próxima segunda-feira (28). O fim da greve foi aprovado pela categoria por 112 votos a favor e 62 contra.

No entanto, o Sindmetro-PE afirmou que deve manter o estado de greve e fará uma nova assembleia no dia 5 de setembro. "Manteremos o estado de greve e teremos nova assembleia em 5 de setembro para avaliar a resposta da CBTU".

##RECOMENDA##

Desde o último dia 18, o funcionamento das estações das linhas Jaboatão, Cajueiro Seco e Camaragibe está sendo realizado somente nos horários de pico, que se estendem das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h. 

Demandas atendidas 

A decisão da categoria é devido às demandas atendidas das seguintes propostas:  IPCA de 3,45% para toda a categoria; Piso salarial distribuído em 5 níveis (quem está do nível 110 pra baixo, recebe 5 níveis. Quem está do 111 para cima recebe o que faltar para chegar até 115);  Garantia de ACE em caso de privatização ou extinção  Garantia do Dia do Metroviário;  Garantia redução da jornada de trabalho para quem tem filho com deficiência, sem a redução do salário;  Revisão ao estudo do PES para ser apresentada em menos de 20 dias.

Autoridades se reuniram nesta segunda-feira (21), em um auditório da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), para debater as pautas relacionadas ao metrô do Recife (Metrorec). A audiência pública aconteceu durante a tarde, após uma manhã de vistorias em estações de metrô na cidade, assim como a visita ao espaço onde ficam alocados os metrôs inativados, conhecido como “cemitério dos metrôs”. 

Participam da audiência o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Dorival Martins, além de parlamentares como o senador Humberto Costa (PT-PE) e deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE).   

##RECOMENDA##

Orçamento antigo 

Uma das demandas dos metroviários é o reajuste salarial e do piso da categoria. O último pedido feito pelo Sindmetro-PE foi um aumento de 7%, mas a proposta dada pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). Além disso, o pedido de retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND). Segundo Dorival Martins, as ações que precisam ser feitas dependem de um orçamento que está além da realidade atual da administração do transporte. “A gente pegou um orçamento que não foi esse governo que fez, na verdade, então eles estão fazendo uma série de ajustes. Então tá o que tá sendo possível tá sendo realizado. E as negociações continuam” afirmou Martins. 

Leia também: 

Greve do metrô é a mais duradoura da categoria em PE  

Metroviários denunciam abertura do metrô antes do horário 

Metrô do Recife volta em horários de pico nesta sexta 

Rui Costa afirma que vai incluir MetroRec no Novo PAC 

Público no auditório da Unicap. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá

Parlamentares participam dos debates 

Presente na audiência, o deputado federal Túlio Gadelha explanou que as necessidades do metrô vão além de reajuste salarial dos servidores, evidenciando os investimentos urgentes que devem ser feitos em toda a estrutura do equipamento. “Além de mais investimentos para a expansão da linha, precisa-se de investimentos para aquisição de novos carros, investimento para manutenção das linhas, requalificação do quadro de servidores e funcionários que temos hoje na CBTU. São 1500, mas estudos mostram que precisa, pelo menos, de 2500 pessoas trabalhando”, afirmou ao LeiaJá. 

“Como todo o sistema metroviário é custoso, nunca será superavitário. Por isso que precisa de investimentos públicos. Por isso que a discussão de privatização é uma discussão perigosa. Porque não existe empresa que tem interesse de assumir uma gestão de uma empresa que é deficitária por sua natureza. Então a gente tem que discutir parcerias públicos-privadas, mas de maneira que o Estado ou o Governo Federal façam a gestão desse equipamento”, complementou. 

O parlamentar listou alguns dos pontos que precisam ser levados em consideração no cálculo dos investimentos financeiros que devem ser demandados, seja por meio de uma parceria público-privada ou algum adiantamento, como do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Há possibilidade de investimentos do BNDES já foi comprovada que se precisa de 245 milhões pra recuperação da via permanente que é a via, são as vias férreas, né? O sistema de eletrificação também precisa de 304 milhões pra recuperação do material rodante que são os carros que se precisam ser reformados, precisam de reparos e fazer os que estão andar também e de 260 milhões de reais pra recuperação e requalificação das edificações. Então a gente tem esses estudos feitos juntos aos metroviários, tem acompanhado essa pauta, só que agora a gente precisa de apoio do Governo Federal para fazer esses investimentos substanciais”, declarou. 

Única solução é ‘retomada dos investimentos’ 

De acordo com a vereadora do Recife Liana Cirne (PT), a imagem de sucateamento do metrô acaba sendo usada como justificativa para uma possível privatização. “Vou usar como como exemplo Santa Cruz, o meu time, que às vezes a gente tem a impressão de que houve um plano de precarização do clube para se vender a proposta da sua privatização, da sua venda, como algo que é a única solução. Então a gente cria um problema para apresentar uma falsa solução. O metrô só tem uma solução de fato que é a retomada dos investimentos”, declarou a vereadora. 

“A privatização de serviços públicos sempre implica o aumento da tarifa pro usuário e a piora da qualidade dos serviços. Só que quando você precariza tanto o serviço a ponto de todo mundo começar a criticar, você propõe uma falsa solução, essa solução seria a privatização, e as pessoas podem comprar uma ideia equivocada de que essa solução resolveria o problema”, disse Cirne. 

 

Nesta segunda (21), a greve dos metroviários superou a paralisação de 2010 e se tornou a mais longeva da categoria em Pernambuco. Mobilizados desde o dia 2 de agosto, os trabalhadores contabilizam apenas 16 dias.

Em 2010, a greve do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) perdurou 15 dias e foi a mais longeva da categoria no estado. Desde a deflagração da atual greve, 19 dias se passaram, mas a totalidade não é contabilizada pela associação já que as atividades foram retomadas por três dias para atender ao pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT).

##RECOMENDA##

LeiaJá também: Metroviários denunciam abertura do metrô antes do horário

Após as negociações de reajuste salarial com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) serem frustradas, os trabalhadores travaram uma batalha judicial e voltaram a operar com 100% da capacidade do sistema apenas nos horários de pico da manhã e noite. A categoria também cobra a continuidade da gestão com o governo federal com a retirada do metrô do Plano Nacional de Desestatização (PND).

Nesta segunda (21), deputados e senadores realizaram uma inspeção nas instalações no Centro de Manutenção de Cavaleiro e Estação Joana Bezerra para identificar as dificuldades enfrentadas pelo sistema de transporte e buscar possíveis soluções.

Anunciaram participação os senadores Humberto Costa (PT), Teresa Leitao (PT) e Fernando Dueire (MDB); também confirmaram presença os deputados federais Túlio Gadêlha (Rede), Renildo Calheiros (PCdoB), Carlos Veras (PT) e a vereadora do Recife Cida Pedrosa (PCdoB) 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando