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A Justiça de São Paulo manteve a prisão de dois manifestantes detidos durante votação da privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A sessão ocorreu na quarta-feira, 6, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). As prisões em flagrantes foram convertidas em preventiva em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira, 7.

Os presos são o estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrante do Movimento Correnteza, Hendryll Luiz Rodrigues de Brito Silva; e o membro do Movimento de Luta de Classes, o professor Lucas Borges Carvente. Eles vão passar por exame de corpo de delito, pois relataram ao juiz terem sofrido violência policial.

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Já a presidente estadual da organização Unidade Popular, Vivian Mendes da Silva, e o membro do Movimento Luta de Classes, o metroviário Ricardo Senese, tiveram concedida a liberdade provisória. Além disso, foi definido o pagamento de fiança no valor de um salário mínimo pelos dois. E eles ainda deverão seguir algumas medidas cautelares: comparecimento mensal ao juízo, justificativa de atividades e atualização de endereço, obrigação de manter endereço atualizado e proibição de se ausentar da comarca em que residem por mais de oito dias sem prévia comunicação.

Votação

Com 62 votos favoráveis e apenas um contrário, os parlamentares da Alesp aprovaram na quarta-feira o Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo estadual a vender o controle da Sabesp. Todos os deputados estaduais de oposição se retiraram do plenário e não participaram do momento da votação. O único voto contrário foi o da deputada bolsonarista Delegada Graciela (PL), que faz parte da base de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A votação chegou a ser suspensa e a galeria do plenário esvaziada por causa de protestos de trabalhadores da companhia e organizações da sociedade civil que são contrários à privatização da estatal.

De acordo com a assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa, a suspensão ocorreu "após uma parte dos manifestantes comprometer a segurança e entrar em confronto com a Polícia Militar". A discussão da proposta foi retomada logo em seguida.

A deputada estadual Delegada Graciela (PL-SP) foi a única a votar contra a privatização da Sabesp na noite desta quarta-feira, 6. Bolsonarista e base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ela elogiou o serviço prestado pela estatal em Franca (SP), sua base eleitoral.

A parlamentar é cogitada como possível candidata do PL a prefeita em 2024. "O não que proferi na votação é uma forma de me alinhar ao que pensa a maior parte da população de Franca", disse Graciela em nota enviada pela assessoria de imprensa, acrescentando que a cidade tem 100% de água e esgoto tratados e que está entre as melhores cidades do país. "A Sabesp tem muito pouco a avançar em Franca", continuou.

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O projeto de lei foi aprovado por 62 votos a um. A oposição não participou da votação porque deixou o plenário após uma confusão generalizada entre manifestantes contrários à proposta e a Polícia Militar. Os opositores alegaram falta de segurança para continuar com a votação.

Graciela, que permanecerá como base do governo Tarcísio, também mencionou que atuou politicamente junto à Sabesp para destravar a conclusão do sistema de captação de água do rio Sapucaí em 2020. Ela destacou projetos inovadores da empresa, como o que gera biogás a partir do tratamento de esgoto.

A deputada bolsonarista apresentou uma emenda no projeto na qual propunha conceder 30% de desconto nas contas dos consumidores de cidades que tenham mais de 85% dos domicílios com abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. A emenda foi rejeitada.

Graciela de Lourdes David Ambrósio é bacharel em Direito, funcionária pública e comandou, por 25 anos, a Delegacia da Mulher de Franca. Na cidade, também foi vereadora por três mandatos antes de se tornar deputada. Em 2022 ela foi reeleita para a Alesp com quase 70 mil votos, com uma forte defesa das campanhas de Tarcísio e de Bolsonaro e enfatizando o fato de que seria a única representante do PL em sua região.

Confira a nota na íntegra:

"Votei contra a privatização da Sabesp, pois tenho um compromisso muito forte com Franca, minha cidade. Franca é referência mundial em saneamento básico. Temos 100% de água e esgoto tratados. Estamos entre as melhores cidades do País nesse quesito.

Sem contar a excelência do sistema, a Sabesp desenvolve projetos inovadores como o que, desde 2018, gera biogás a partir do tratamento do esgoto para movimentar a frota de veículos da empresa.

"Aliás, por meio do meu trabalho, as obras do sistema de captação de água do Sapucaí tiveram o seu retorno (2020) e concluídas porque estive a frente para desatar o imbróglio jurídico. Então minha ação com a Sabesp não é de agora.

A Sabesp tem muito pouco a avançar em Franca.

Apresentei uma emenda ao projeto que trata da desestatização da Sabesp propondo que, nos imóveis localizados em municípios com índices superiores a 85% de domicílios com abastecimento e de coleta e tratamento de esgoto, como é o caso de Franca, fosse dado um desconto adicional de 30% nas contas dos consumidores.

A emenda foi rejeitada.

O não que proferi na votação do Projeto de Lei 1501/2023 é uma forma de me alinhar ao que pensa a maior parte da população de Franca.

Sou base do governo e continuarei a ajudá-lo."

A sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que discutia a projeto de lei (PL) que prevê a privatização da Sabesp, teve que ser interrompida, nesta tarde, após uma confusão que envolveu a Polícia Militar e manifestantes que acompanhavam a votação do projeto.

Para conter manifestantes, a polícia fez uso de gás de pimenta que, ao ser jogado em local fechado, se espalhou por todo o plenário. "É uma irresponsabilidade generalizada", disse uma deputada que saia às pressas do plenário.

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) iniciou nesta terça, 5, o segundo dia de discussões envolvendo o projeto de lei (PL) de privatização da Sabesp. A ideia, nesta terça-feira (5), é concluir o prazo mínimo de discussões que um PL em regime de urgência precisa para ser votado, neste caso, seis horas.

Com duas sessões extraordinárias de duas horas e meia, a expectativa é que a pauta vá até à meia noite. O governo pretende encerrar a sessão com o roteiro de votação do PL definido. A votação, que deve ocorrer nesta quarta-feira (6), teria o seguinte roteiro: projeto, emendas, e subemendas.

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Nesta segunda, 4, as duas sessões extraordinárias foram dominadas, principalmente, pela oposição, que reclamou da falta de clareza em diversos pontos do projeto, como a falta de informações sobre quanto a desestatização da empresa deve arrecadar para os cofres públicos, além da ausência de detalhes sobre como se daria a redução da tarifa prometida pelo governo.

Ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) mostrou confiança na aprovação do projeto. "Para mim é ponto pacífico. Vai passar, não tem erro não", disse o dirigente.

O Congresso de Comissões da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta quarta-feira, 22, o relatório do deputado estadual Barros Munhoz (PSDB) sobre o projeto de lei (PL) que prevê a privatização da Sabesp. O relatório recebeu 27 votos favoráveis e 8 contrários. O tema segue agora para plenário.

No esforço do governo para acelerar a tramitação do projeto, além do regime de urgência, sua passagem pelas comissões na Assembleia ocorreu em um congresso dos colegiados - em vez de passar separadamente em cada um deles. Esse congresso inclui, entre outras, as comissões de Constituição, Justiça e Redação e a de Finanças, Orçamento e Planejamento.

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No plenário, a previsão do governo é votar o projeto ainda nas próximas semanas. Para ser aprovado, o PL precisa de 48 votos do total de 94 deputados. Para a oposição, o quórum é favorável para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Durante todas as discussões iniciais envolvendo a projeto, a oposição defendeu que a privatização da companhia de saneamento deveria tramitar como uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o que exigiria um quórum um pouco mais desafiador para Tarcísio de 57 deputados estaduais.

Atualmente, o governo de São Paulo detém 50,3% das ações da empresa. A intenção do Estado é ter sua participação reduzida a algo entre 15% e 30%. Até 2033, a Sabesp precisará investir cerca de R$ 56 bilhões para universalizar os serviços de água e esgoto em São Paulo, diz o diretor-presidente da estatal, André Salcedo, em recente entrevista ao Estadão.

Segundo ele, esse aumento de investimentos para universalizar o tratamento de água fará a tarifa subir. A privatização, segundo ele, pode segurar esse avanço, através da melhora de eficiência da empresa.

Neste ano, diz o executivo, foi a primeira vez na história que a companhia investiu, de janeiro a setembro, R$ 3,9 bilhões. "É o maior investimento em nove meses que a companhia já fez na sua história. Conseguimos acelerar o investimento e antecipar a universalização na nossa área de atuação. Conseguimos antecipar esses investimentos por causa dos ganhos de eficiência que capturamos neste ano."

A Sabesp foi fundada em 1973 e hoje é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios do Estado de São Paulo. São 28,4 milhões de pessoas abastecidas com água e 25,2 milhões de pessoas com coleta de esgotos.

As ações ordinárias da empresa subiram 1,43% no pregão de ontem, com a iminência de aprovação da privatização pelas comissões. No ano, os papéis da estatal já subiram 18,09% e, em novembro, 12,93%.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) protocolou uma ação popular na Fazenda Pública de São Paulo em que pede para que o plano de privatização da Sabesp encampado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seja considerado ilegal. Segundo o parlamentar, o projeto viola a Lei de Responsabilidade Fiscal ao propor que parte dos recursos arrecadados com a venda seja utilizada para reduzir a tarifa. O governo afirma que a forma como isso se dará não está definida.

Esta medida está prevista no estudo do International Finance Corporation (IFC), entidade vinculada ao Banco Mundial contratada para arquitetar a privatização da empresa. A irregularidade, segundo o parlamentar, consiste no uso de verbas oriundas da alienação de um bem público para custear despesas correntes.

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"O governador, em uma manobra que beira o populismo econômico, busca criar uma ilusão de sucesso da privatização, oferecendo ao público uma redução temporária de tarifa", diz o deputado no documento.

Tarcísio tem reforçado a promessa de que a privatização da Sabesp terá como resultado a redução da tarifa para o consumidor final. A avaliação do IFC, no entanto, é de que uma queda do preço aos usuários imediatamente após a venda da companhia só pode ser alcançada mediante subsídio do governo.

"Por mais que a gestão privada seja eficiente com os investimentos e custos operacionais a serem realizados, isso somente não garantiria uma redução das atuais tarifas da Sabesp."

A Lei de Responsabilidade fiscal diz que "é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de Previdência Social, geral e próprio dos servidores públicos".

De acordo com pessoas do entorno do governador, a redução da tarifa pode ser feita com verbas obtidas a partir da distribuição de dividendos. O plano do governo é manter participação na estatal na forma de golden shares, ações com poder de voto mais elevado. Dessa forma, o Estado teria direito a parte dos lucros distribuídos aos acionistas e poderia usá-los para baratear a conta.

Procurada, a Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística afirmou que o governo pretende alocar os recursos obtidos com a venda de suas ações da Sabesp e os lucros que recebe da empresa no Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento Básico. Tais verbas seriam usadas para reduzir as tarifas.

"A forma como esse recurso vai ser usado é tema da Fase 1 do projeto, em andamento, e por isso ainda não foi definida. Toda a legislação vigente será atendida, inclusive a Lei de Responsabilidade Fiscal", garantiu a pasta.

"Como a Sabesp vai investir mais para universalizar o saneamento básico, o uso do recurso da desestatização ajuda a baixar a conta de água da população para levar água e esgoto para quem mais precisa."

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tentou se desvencilhar dos problemas relacionados à Enel Distribuição e voltou a defender a privatização da Sabesp. Neste final de semana, fortes chuvas levaram à interrupção na distribuição de energia na capital paulista, que já dura mais de 70 horas, e levantou críticas da população e da oposição à privatização da companhia de saneamento.

O governador, que pretende avançar com a privatização da empresa ainda neste ano, defendeu que o contrato feito para o processo não será "frouxo", diferente do acordo de concessão federal do serviço de distribuição de energia elétrica.

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"A gente tem que entender que esses contratos da energia elétrica já são contratos bem mais antigos, né? São licitações que foram feitas lá atrás, você não tem lá uma clareza de metas, uma clareza de servidões por parte concessionária, então isso não tá claro como estará no contrato da Sabesp, por exemplo", disse o governador nesta tarde, durante lançamento do Programa 'Prontos Pro Mundo'.

Um dos argumentos do dirigente estadual é que, no modelo de privatização da Sabesp, o Executivo vai manter uma participação na empresa. "É um modelo absolutamente diferente desse modelo do setor elétrico", voltou a dizer.

Tarcísio disse ainda que o processo de privatização da empresa está dentro do prazo, "nem adiantado nem atrasado, nem correndo muito nem andando devagar, nós estamos no tempo adequado", disse. Segundo ele, deputados estaduais têm proposto emendas que "fazem sentido" para o projeto e que serão incorporadas no texto final do projeto.

Enel

Na tentativa de se desvencilhar do problema causado pelo falta de energia, Tarcísio citou uma dificuldade de comunicação com a empresa, dizendo que sentiu falta dela "mais próxima dos cidadãos e dos prefeitos". Segundo ele, os atuais contratos de concessão de energia foram firmados com a União. "Esse contrato não é com o governo e, tampouco, está com a prefeitura."

Tarcísio também afirmou que o governo pretende propor um termo de ajustamento de conduta às concessionárias para que elas assumam responsabilidade pelos prejuízos provocados aos consumidores. "Não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário para ter o ressarcimento", pontuou.

Moradores de vários bairros de São Paulo e cidades da Região Metropolitana permanecem sem água, após danos provocados pelas fortes chuvas da tarde de sexta-feira, 3. A falta de energia afeta o abastecimento de água em diversas regiões neste sábado, 4.

A Sabesp, inclusive, pediu que a população reduza o consumo de água até a normalização completa dos serviços. Por causa da falta de energia, houve paralisação em diversas instalações e estações elevatórias, reduzindo o nível dos reservatórios, informou a companhia.

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Na manhã deste sábado, os pontos mais críticos de falta de água na capital ficam nas regiões:

Americanópolis

São Mateus

Itaquera

Vila Mariana

Vila Clara

Santa Etelvina

Guaianases

Cidade Tiradentes

Vila Mascote

Vila Santa Catarina

Vila Joaniza

Campo Grande

Jardim Promissão

Pedreira

Cidade Ademar

Chácara Flora

Morumbi

Capão Redondo

Na Grande São Paulo, o desabastecimento afeta os municípios de:

Itapecerica da Serra

Mauá

Cotia

Santo André

Diadema

Osasco

Barueri

Guarulhos

Taboão da Serra

Itaquaquecetuba

Biritiba Mirim

Suzano

A Sabesp informou que está trabalhando de forma emergencial para abastecimento dos locais críticos com caminhões-tanque. Ainda não há previsão para o restabelecimento total do fornecimento regular de água.

As fortes chuvas deixaram ao menos seis pessoas mortas no Estado. Mais de 40 municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado.

Desde o início do temporal que atingiu a cidade, a Prefeitura de São Paulo afirma que funcionários da limpeza, agentes das subprefeituras e equipes de iluminação pública e de reparos em semáforos estão nas ruas para restabelecer a normalidade na capital paulista.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou, na manhã desta terça-feira (3), a greve deflagrada por funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de "abusiva, ilegal e política". Funcionários da Sabesp também aderiram à paralisação contra as privatizações em estudo no governo paulista. "Vamos continuar estudando as privatizações (Metrô e CPTM) e a da Sabesp está mais adiantada, com consulta às prefeituras e ao TCM", destacou.

Na noite de segunda-feira (2), funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a paralisação conjunta que começou à 0h desta terça-feira e tem previsão de duração de 24 horas. Nesta manhã, as linhas da CPTM e as doo Metrô, que não foram privatizadas, se encontravam paralisadas ou em operação parcial. No total, a paralisação do Metrô e da CPTM afetaram nove estações.

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"Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão", disse o governador na entrevista. Ele disse que não liberou as catracas "porque isso colocaria os cidadãos em risco". Essa decisão foi criticada pelos sindicalistas, pois segundo eles, com a liberação das catracas, os serviços não seriam paralisados.

Ao reiterar que a greve de hoje tem motivação política, o governador de São Paulo também que as direções dos sindicatos são compostas por partidos que "não dialogam" com a população, tanto que não cumpriram o acordo judicial de manutenção básica dos serviços no Metrô e na CPTM. "Ano que vem tem eleição (municipal) e os sindicatos já programam outras greve, é um abuso", frisou.

Na entrevista, Tarcísio disse que o governo está totalmente focado nesta terça nas medidas de contingência para minimizar "ao máximo" o impacto da greve no transporte sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agendaram greve conjunta para terça-feira, 3.

As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesta segunda-feira, 2, os servidores aprovaram, em assembleia, a paralisação.

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O governo classifica a mobilização como "política". Os sindicatos, por sua vez, afirmam que o objetivo é ampliar a participação da sociedade e evitar a piora dos serviços.

A Justiça já determinou 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico. O sindicato dos metroviários, por sua vez, promete recorrer da decisão por considerá-la um "ataque ao direito constitucional de greve".

O que para e o que funciona

- As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato;

- As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas;

- O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-jade;

- Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada.

- Na Sabesp, os trabalhadores dizem que não haverá interrupção no abastecimento de água.

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) agendaram uma greve conjunta de 24 horas para a terça-feira (3). As três categorias farão uma assembleia coletiva na noite de segunda (2) para uma votação simbólica que deve confirmar a greve, de acordo com os sindicalistas.

A paralisação é contra os projetos de privatizações do governo, que inclui linhas da rede metroferroviária e a estatal de saneamento. Os sindicatos dizem que querem discutir mais esses planos com a sociedade e evitar a piora do serviço. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem chamado a greve de "política" e afirmado que os projetos de concessão à iniciativa privada estão sendo debatidos.

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Quais linhas devem parar?

As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas

O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade

Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada

Como vai ser nos horários de pico?

Na sexta-feira, 29, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) concedeu liminares ao Metrô e à CPTM determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 80% nos demais horários, com multa de R$ 500 mil para cada um dos sindicatos em caso de descumprimento. No caso da Sabesp, o porcentual de trabalhadores que devem atuar é de 85% e a multa, de R$ 100 mil.

"O serviço é de vital importância à sociedade paulista que se locomove pela Grande São Paulo, servindo o Metrô como ‘coluna vertebral’ da distribuição do transporte público e, portanto, a precária atividade afetaria inclusive a outros tantos ramos importantes da sociedade, hospitais, segurança pública, escolas etc, dado que o tráfego de automóveis na capial já se encontra há muito saturado", escreveu o desembargador do Trabalho Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira.

Haverá liberação de catracas?

A liberação de catracas chegou a ser sugerida pelo Sindicato dos Metroviários, mas a Justiça do Trabalho não autorizou a medida.

Os serviços da Sabesp serão afetados?

Segundo o sindicato, não haverá interrupção do fornecimento de água. No dia da paralisação, os funcionários realizarão um ato junto à sede da companhia no bairro da Ponte Pequena, região central.

Liberdade terá ruas abertas no domingo, co

A semana do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), começou uma maratona de reuniões com 26 prefeitos da região metropolitana da capital, do Alto Tietê e do entorno de Bragança Paulista, para intensificar a discussão sobre a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Foram três encontros nesta segunda-feira, 4: às 8h30, 10h30 e, por último,15h30. As agendas tomaram conta de quase todos os compromissos do governador nesta segunda.

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De acordo com uma nota divulgada pelo governo, os encontros tiveram como pauta "discussões sobre a ampliação da universalização do saneamento no Estado de São Paulo e os benefícios para a população a partir do processo de privatização da Sabesp".

Apoio dos prefeitos

A decisão de privatizar a Sabesp passará pelo crivo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que pode aprovar ou arquivar o projeto de lei que Tarcísio deve apresentar, no mais tardar, até o começo do ano que vem. No entanto, as prefeituras têm papel decisivo na questão.

A companhia tem contratos diretos com os entes municipais e muitos desses documentos têm cláusulas antiprivatização, que precisam ser derrubadas caso a proposta de privatização da Sabesp - uma das maiores bandeiras da campanha de Tarcísio - seja aprovada. Como mostrou o Estadão, os municípios podem decidir não renovar esses contratos, e a discussão pode ter impacto com a campanha eleitoral de 2024.

Além disso, as cidades paulistas recebem repasses sobre os lucros da companhia. O manejo dessa verba é outra moeda de troca que pode ser usada por Tarcísio nas negociações em busca de apoio ao seu projeto desestatização.

O presidente da Alesp, deputado estadual André do Prado (PL), esteve na primeira reunião desta segunda. Nas redes sociais, divulgou imagens do encontro e disse que a pauta foi "o saneamento básico, um tema fundamental para a saúde, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico das cidades".

A reportagem procurou o presidente do Legislativo estadual, mas ele disse que não quer comentar sobre a privatização da empresa neste momento.

Maratona de encontros

Os prefeitos que estiveram na reunião desta segunda são de partidos que compõem a base de Tarcísio. A maioria dos gestores (sete) pertence ao PSD de Gilberto Kassab, que é secretário de Governo. O segundo partido com mais representantes foi o PSDB, ao qual seis prefeitos são filiados. Depois, o PL de Jair Bolsonaro (quatro), Podemos (três), PDT (dois) e MDB, PP, DEM e PSB, todos com um representante.

Essa não é a primeira maratona de reuniões encabeçada pelo governador. No dia 22 de agosto, ele esteve reunido com prefeitos de Osasco, Guarulhos e das cidades do ABC Paulista. Dias depois, nessa mesma semana, Tarcísio encontrou os gestores de Embu das Artes, Diadema, Praia Grande, Botucatu, Franca e Carapicuíba.

Tanto no dia 24 de agosto quanto nesta segunda o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), compareceu. Na saída, ele conversou com jornalistas, que o questionaram se a sua gestão já tem uma posição firmada sobre a privatização da Sabesp. O prefeito não respondeu diretamente, mas defendeu os repasses que a cidade pode receber.

"A gente já tem algumas questões contratuais. Como, por exemplo, os 13% que a Sabesp tem que investir na região, mais os 7,5% que ela deve depositar para o Fundo Municipal de Saneamento", respondeu Nunes.

Na coletiva, o prefeito falou que durante a reunião foi dito pelo governador que "a ideia é que se dobre o número de investimentos e que se antecipe as questões da universalização do saneamento". Nunes disse que Tarcísio pretende antecipar investimentos - o que engorda os repasses que chegam a São Paulo.

Nunes é pré-candidato à reeleição em 2024. Ele rivaliza com Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal e hoje líder nas pesquisas, com 32% das intenções de voto. O atual gestor da capital fica oito pontos atrás, com 24%. Há um receio de que, se o deputado ganhar as próximas eleições, a privatização da Sabesp seja prejudicada.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou nesta segunda, 31, que o modelo de follow on, oferta subsequente de ações, foi o escolhido para a privatização da Sabesp. A informação tinha sido antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Além da alternativa selecionada, outros três modelos foram analisados para a desestatização da companhia, segundo Tarcísio. O primeiro deles, seria parecido com o da Eletrobras, com regras mais rígidas e maior pulverização de capital. Na lista apareceram ainda a possibilidade de venda parcial ou total da companhia.

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"Vamos seguir modelo de follow on, buscando investimentos de longo prazo", afirmou em coletiva de imprensa realizada na noite desta segunda-feira, 31.

Tarcísio considera que esse é o modelo mais adaptável para Sabesp por ser mais flexível. "O objetivo é oferecer uma maior concentração de capital para atrair investidores de referência", complementou.

A expectativa é que esse modelo garanta investimento para todos os municípios do Estado, mesmo os que não apresentam vantagem econômica. A redução da tarifa é outro benefício citado pelo governador.

'Estado continua acionista da empresa'

O Governo do Estado de São Paulo seguirá acionista da Sabesp mesmo após a privatização da companhia, segundo o governador. No entanto, a definição da participação, que hoje é de 50,3%, ainda será decidida.

"O Estado não vai sair completamente da empresa, apenas do controle. Seguirá com participação minoritária, acompanhando o crescimento da empresa", afirmou Tarcísio durante coletiva de imprensa promovida na noite desta segunda-feira, 31.

A possibilidade do Estado receber golden shares, ações com poder de veto para decisões de caráter estratégico, está sendo estudada, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende.

Uma possível trava na participação privada também está sendo analisada pelo governo, de acordo com o secretário de Parceria em Investimentos, Rafael Benini.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu nesta terça-feira, 28, o primeiro passo na tentativa de cumprir umas de suas principais promessas de campanha e privatizar a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Tarcísio autorizou a contratação de estudos para avaliar a viabilidade econômico-financeira de desestatização da empresa.

A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Desestatização do Estado, vinculado à Secretaria de Parceria em Investimentos, junto a outros 15 projetos de concessão e parcerias público-privadas que, segundo o governador, devem somar R$ 180,17 bilhões. O grupo também acompanha os estudos para a desestatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), que já foram iniciados.

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"É falso o argumento de que a privatização vai aumentar a tarifa. Não vamos fazer a privatização para fazer com que o cidadão pague mais caro pela água. Vamos estudar para ter absoluta certeza de que a água vai chegar onde não chega e a tarifa vai cair", disse Tarcísio.

Segundo o governador, se os estudos não derem a certeza de que a privatização vai aumentar a eficiência e que a tarifa vai baixar, o governo pode recuar da medida. "Tenho uma empresa que trabalha razoavelmente bem. Se você não tiver absoluta convicção, você dá um passo atrás", disse.

Como adiantou o Estadão, no pacote de projetos estão a concessão de 1,8 mil km de rodovias, a transferência da sede do governo estadual do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, para o centro da capital e o trem entre São Paulo e Campinas, que tem leilão previsto para final de novembro.

Também serão iniciados estudos para avaliar a possibilidade de implementação de trens entre a capital e Sorocaba, Santos e São José.

Outro projeto avalia a concessão de serviços de manutenção de 500 escolas do Estado, com a possibilidade de ampliação para todas as unidades de ensino.

Ainda entra no pacote de parcerias a transformação em PPPs das travessias litorâneas do Estado, como a ligação Santos-Guarujá por balsa. A proposta viabilizaria a construção de um túnel entre os municípios, que já foi atrelada por Tarcísio, quando ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro, à privatização do Porto de Santos.

Bandeirantes

Sobre a transferência da sede do governo estadual ao centro da capital, o governador afirmou que o plano é encontrar imóveis para desapropriação no entorno da Praça Princesa Isabel e incorporar habitação ao redor de uma espécie de esplanada de secretarias. "Vai trazer economia de recursos, eficiência, além de ser uma ocupação nobre e icônica do centro. Entendemos que é uma questão que traz legado", disse, pontuando que a proposta é desocupar os 56 prédios atualmente ocupados pela administração pública.

Dois projetos que já tiveram seus encaminhamentos barrados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) voltam à mesa de estudos - a concessão do serviços de loterias e de trechos de rodovia no litoral norte. Segundo Tarcísio, o governo vai rever as fragilidades apontadas pela Corte de Contas e aperfeiçoar o modelo.

Mais cedo, ao falar sobre o contrato com a ViaMobilidade, investigada pelo Ministério Público por falhas no serviço das linhas de trens metropolitanos, Tarcísio disse que "no dia em que você permitir que o Ministério Público governe o Estado para você, vocês está morto".

O Ginásio do Ibirapuera também está na lista de privatizações. Mas, segundo Tarcísio, seguirá "preservando sua função esportiva". Essa é a segunda tentativa de privatização do complexo esportivo. O ex-governador João Doria (PSDB) tentou entregar o local à iniciativa privada, mas o projeto não avançou.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai realizar no próximo fim de semana uma manutenção no Sistema Cantareira que pode afetar o abastecimento de água para quase 5 milhões de pessoas na capital e em mais sete cidades da Grande São Paulo - Guarulhos, Osasco, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Cajamar e São Caetano do Sul.

Segundo a empresa, será necessário fazer uma parada programada no funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guaraú, responsável pela produção de água do sistema, entre as 18h de sábado (20) e as 6h de domingo (21). A retomada completa do fornecimento deve acontecer até a segunda-feira (22).

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"Imóveis com caixa-d'água obrigatória e com reservação para ao menos 24 horas, como determina decreto estadual, devem sentir com menos intensidade a alteração no fornecimento", afirma em nota a companhia, que orienta a população a usar a água de forma consciente.

Segundo a Sabesp, o abastecimento em regiões com serviços essenciais, como hospitais, será redirecionado para que não haja intermitência. Para situações de emergência, diz a empresa, serão disponibilizados caminhões-tanque.

A Sabesp afirma ainda que, durante a parada programada do Cantareira, será acionada a flexibilização do Sistema Integrado da Região Metropolitana de São Paulo, permitindo que as regiões afetadas recebam momentaneamente água de outros sistemas.

Durante a manutenção preventiva, será feita a adequação da estrutura de chegada de água à ETA Guaraú, além da troca, devido ao "desgaste natural", de uma válvula com 1,1 metro de diâmetro e 16 toneladas na Estação Elevatória Santa Inês. Outras duas válvulas serão substituídas no Reservatório Vila Jaraguá, na zona norte.

Ao final do trabalho, uma nova adutora entrará em operação e vai reforçar o abastecimento na região de Perus, na capital, e nos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato e Caieiras, beneficiando cerca de 300 mil pessoas, de acordo com a Sabesp.

Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy, o desmatamento na Amazônia é a principal causa da escassez de água na região sudeste do país. Por conta da menor escala de floresta, o processo de transporte das gotículas de chuva fica debilitado e compromete o abastecimento dos principais reservatórios paulistas.

Os dois grandes reservatórios do estado de São Paulo estão com volume operacional abaixo da média, e números são inferiores quando comparados a 2013, na crise hídrica. O Cantareira trabalha com cerca de 52% da capacidade, em 2013 era 63%. Já o Alto Tietê se encontra com 60% do volume total, número abaixo dos 67% registrados em 2013.

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De acordo com os dados do Instituto de Meteorologia (Inmet), todos os meses deste ano registraram índices pluviométricos abaixo do esperado. Em janeiro, foram registrados 210 mm, número que não alcançou a média do mês, 288 mm. Fevereiro apresentou 173 mm e também não atingiu a média de 246 mm. Assim como março, que obteve 135 mm, número abaixo da média mensal de 214 mm. E abril, que registra 49 mm, e também não vai atingir a média histórica, 82 mm.

A expectativa para os próximos meses é de que o clima não sofra alterações. Assim, a escassez de chuva deve permanecer até o fim do ano com índices pluviométricos abaixo da média dos outros anos. De acordo com comunicado oficial da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), apesar do prognóstico negativo, não há risco de desabastecimento na região metropolitana do estado.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai reajustar as tarifas de água e esgoto a partir de 10 de maio. Os novos valores foram divulgados no Diário Oficial e autorizados pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). O reajuste para os usuários das categorias residenciais, comerciais, industriais e públicos está limitado a 7,6% do IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo), taxa de inflação no país.

O valor cobrado pode aumentar em R$ 3,86 no uso de cada 10m³. Apesar da revisão tarifária para esses segmentos, será aplicado um desconto de 1% na cobrança da população de baixa renda, ou seja, será reduzido R$ 0,26 a cada 10m³ de água utilizada por esses usuários. A medida poderá beneficiar 2 milhões das famílias de baixa renda até 2025.

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Há uma tendência de que em 2022 a cobrança mínima da conta de água, que hoje é fixa em 10m³, deixe de existir. No próximo ano, o consumidor pagará exatamente pelo que utilizar no mês e também um valor fixo à Sabesp, referente aos custos do serviço da companhia. A taxa que for cobrada irá depender da faixa de consumo mensal de cada usuário.

Atualmente, os usuários da região metropolitana de São Paulo são cobrados tanto pelo serviço da água, e também um valor fixo para os trabalhos da Sabesp, quanto pela coleta e tratamento de esgoto. De acordo com a agência, Arsesp, em 2022, essas tarifas serão desmembradas, ou seja, o consumidor pagará apenas pelo serviço que receber em sua região.

Por Thaiza Mikaella

De acordo com relatório divulgado na última segunda-feira (4) pela Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp), o sistema de captação e tratamento de água da região metropolitana de São Paulo, o Cantareira, opera com 36,7% da capacidade máxima, o que é considerado estado de alerta.

Por estar abaixo dos 40%, a companhia precisa reduzir a quantidade de água a ser retirada do manancial de 33 mil litros por segundo para 27 mil litros. O sistema integrando também é composto por outros seis mananciais: Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço, que, junto o Cantareira, operam a 47,9% da capacidade total.

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De acordo com a Sabesp, o sistema integrado garante o abastecimento de toda a região, além de oferecer segurança ao processo. A companhia também descarta a possibilidade de desabastecimento, mas alerta sobre a necessidade de economizar água e evitar desperdícios.

Recomendações

A empresa de saneamento aconselha as pessoas a utilizarem vassoura e balde para lavar áreas extensas, como garagens e corredores, e evitar o uso de mangueiras. Outra recomendação é não usar a descarga do vaso sanitário de qualquer maneira, pois para cada seis segundos de uso do dispositivo 12 litros de água são consumidos.

A Sabesp destaca a importância de ficar atento a possíveis vazamentos de água, pois são as principais causas de desperdício. A companhia também orienta a não utilizar água corrente para descongelar alimentos.

Apesar do grande volume de más notícias veiculadas pela imprensa em tempos de pandemia, elas não são as únicas. Da necessidade em manter as mãos limpas durante mais tempo para evitar o contágio com coronavírus (Covid-19), surgiu uma parceria que deve beneficiar 3,4 mil famílias. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e três empresas do segmento construtivo vão doar caixas d'água para moradores da periferia da capital paulista.

As doações foram realizadas pelas marcas Fortlev, Tigre e Amanco Wavin. A parte da Sabesp no acordo é garantir instalações externas para o abastecimento das residências que ainda não tenham a reserva interna de água posta. O reservatório será concedido aos moradores que não tiverem condições de adquirir o equipamento e já estão sendo entregues desde a última semana em todas as regiões da cidade de São Paulo.

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As autoridades de saúde pública apontam que a higienização das mãos com água e sabão por, no mínimo, 20 segundos (com a torneira fechada) é um dos métodos mais eficientes para o combate à disseminação do coronavírus.

 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) irá suspender a cobrança da tarifa social para todo o Estado em função da crise causada pelo novo coronavírus. Segundo anunciou, a tarifa não será cobrada a partir de abril pelo prazo de 90 dias.

A medida deve atingir 506 mil famílias. Segundo Doria, a medida visa proteger "as pessoas mais pobres, vulneráveis e desvalidas".

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O governador também disse, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, que o Estado não deve atender os setores essenciais do funcionalismo público, que pedem que funcionários acima de 60 anos sejam dispensados de suas atividades. Segundo Doria, profissionais da rede estadual de saúde, da segurança pública, da Sabesp, da Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo (Ctesp) e do sistema penitenciário deverão continuar com os trabalhos.

A medida também foi adotada pelo prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), que reiterou que as áreas de segurança e saúde não podem sofrer baixas nas atividades. "O serviço que eles prestam é essencial e não podemos abrir mão", disse o prefeito.

Fora do campo dos serviços considerados essenciais, Doria disse que antecipará as férias para os professores e gestores que atuam na rede estadual de ensino. Segundo ele, são 150 mil professores, além de 15 mil profissionais que atuam na rede do Centro Paula Souza. O prefeito Bruno Covas também adotou a medida e disse que os profissionais da Secretaria de Educação do município de São Paulo terão suas férias antecipadas.

Igrejas e templos

Doria recomendou que igrejas, templos ou qualquer denominação religiosa suspendam por sessenta dias, a partir de segunda-feira (23) missas, cultos ou qualquer outra aglomeração de qualquer natureza na capital e região metropolitana de São Paulo. A medida se dá por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Disse o governador: "tivemos o cuidado de dialogar com os principais líderes e não houve nenhuma resistência (ao pedido)". "Diferente de um líder religioso do Rio de Janeiro, aqui todos foram solidários." "Todos entenderam o momento de convergência solidária sem a força da lei", afirmou Doria. "Se não houver a sequência a essa orientação, o governo e a prefeitura irão agir", afirmou.

"Isso não significa o fechamento", ressalvou o governador. "Orações podem ser feitas de forma virtual", disse Doria que também afirmou ter pedido às denominações religiosas que informem seus fiéis sobre as medidas de prevenção contra o novo coronavírus.

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