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A forte chuva que caiu em São Paulo na tarde desta segunda-feira, 8, voltou a provocar quedas de luz em diferentes pontos da capital paulista, conforme relatos dos moradores nas redes sociais. A Enel, concessionária responsável pela distribuição da energia elétrica na cidade, foi cobrada pelos clientes. À reportagem, a distribuidora afirmou que pediu para as equipes em campo trabalharem para normalizar o fornecimento de energia aos clientes afetados.

A falta de luz foi notada e relatada em bairros como Saúde, Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis, Moema Campo Belo e Paraíso (todas na zona sul), e também em estabelecimentos comerciais do bairro Santana, na zona norte da cidade. Um usuário alega que seis semáforos do caminho da sua casa até o trabalho não estavam funcionado, e outro afirma que a queda de energia aconteceu mesmo quando a chuva não tinha atingido uma alta intensidade.

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Em balanço divulgado no final da tarde, o Corpo de Bombeiros informou que foram registradas 200 ocorrências de quedas de árvore em São Paulo e na região metropolitana durante o temporal. A chuva teve um acumulado de 62 mm, segundo a Defesa Civil.

"Primeiro temporal de 2024 e a capital paulista sem luz no meio da tarde. Vários moradores relatando falta de energia: Moema, Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis", escreveu uma usuária no X (antigo Twitter). "Mal trovejou e já caiu a luz aqui no Paraíso", escreveu outro usuário, na mesma rede social.

"Enel não falha. Primeiro temporal de 2024 em SP e, bingo, acabou a luz no meu bairro na Saúde e em outras localidades. É muita deficiência", escreveu um morador de São Paulo. "Caiu uma pancada de chuva. Vim para o trabalho depois que parou. No caminho de casa até a Conrad, passei por seis semáforos apagados! Chegando na Conrad, a luz já piscou três vezes. SP está totalmente largada pelo prefeito Nunes", desabafou outro morador da capital.

Outro usuário destacou que a luz de onde estava acabou, mesmo com a chuva não sendo tão forte quanto um "temporal". "Bastou uma chuva de 30 minutos, não foi temporal, não foi tempestade, houve ventos mas nem tão fortes assim. A energia acabou, assim que começou a chuva em segundos voltou, depois de uns 15 minutos acabou e não voltou mais. Até quando vamos passar esse tipo de situação", questionou.

Uma usuária também relatou às 19h30 que no Campo Belo a chuva "não foi forte", mas que ela estava sem energia desde as 16h. "As chuvas não foram fortes e desde as 16 horas esperando um conserto na Rua Conde de Porto Alegre. No Campo Belo ,São Paulo-SP".

Em alguns locais, a queda de energia foi provocada pelo tombamento de árvores. O Corpo de Bombeiros foi chamado, entre 12h20 às 16h41, pra 187 ocorrências de quedas de árvores na capital e região metropolitana de São Paulo, segundo a própria corporação. Os casos, segundo os bombeiros, se concentraram na zona sul da cidade, em bairros como Moema, Itaim Bibi, Bela Vista, Vila Mariana, Jardim Paulista, Vila Maria e Pinheiros.

Em dois desses casos, a queda da árvore atingiu fios de alta tensão, que caíram sobre carro com pessoas dentro, as impedindo de sair do veículo. Uma das ocorrências aconteceu na Alameda dos Aicás, em Moema, e outro na Alameda Joaquim Eugênio de Lima (Jardim Paulista). Segundo os Bombeiros, ninguém ficou ferido.

Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da capital foram registrados alagamentos em diferentes pontos da cidade, como Sé (centro), Itaquera (zona leste), São Miguel Paulista (zona leste) Santo Amaro (zona sul) e Vila Mariana (zona sul).

Em nota, a Enel afirma, com base nos dados do CGE, que a cidade foi atingida nesta segunda por "fortes chuvas seguidas por rajadas de vento de até 76 km/h que atingiram parte da área de concessão da distribuidora". O evento, segundo a empresa, provocou "quedas de árvores, galhos e outros objetos sobre a rede elétrica e causaram interrupção no fornecimento de energia para alguns clientes".

Segundo a concessionária, as regiões mais impactadas foram norte, leste, oeste e a zona sul da capital. "A distribuidora reforçou as equipes em campo e trabalha para normalizar o fornecimento de energia o mais brevemente possível aos clientes afetados", disse a Enel no comunicado.

Para comunicar falta de luz, a companhia orienta que os clientes priorizem os canais digitais, com o envio de SMS gratuito para o número 27373 com a palavra "Luz" junto com o número da instalação que consta da conta de energia; consumidores também podem acessar o App Enel São Paulo ou a agência virtual do site.

Temporal há dois meses deixou mais de 2,2 milhões sem luz

No começo de novembro de 2023, um temporal deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e em cidades da região metropolitana da capital. A Enel foi duramente criticada porque o apagão persistiu por mais de cinco dias para milhares de pessoas, o que provocou perda de alimentos refrigerados e danificação de eletrodomésticos de clientes. O prefeito Ricardo Nunes chegou a cogitar o cancelamento do contrato da Prefeitura com a empresa.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para apurar a prestação de serviço da concessionária durante e após os dias subsequentes da forte chuva. O relatório final apontou que houve irregularidades cometidas pela distribuidora e sugeriu ao poder público o encerramento da concessão. O contrato prevê termino da parceria em 2028.

A empresa destacou a intensidade do evento climático na oportunidade e disse ter adotado as medidas necessárias para o restabelecimento do serviço.

O governo de São Paulo aplicou, por meio do Procon, uma multa de R$ 12,7 milhões à Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia na capital, pela interrupção prolongada do serviço. No início do mês, diversas regiões da cidade ficaram às escuras após uma forte chuva. Alguns imóveis chegaram a ficar quatro dias sem luz.

Procurada, a companhia não se manifestou até a publicação desta reportagem. Na decisão, o órgão atribui à empresa o descumprimento do Código de Defesa do Consumidor devido à queda de energia por mais de 48 horas seguidas. A sanção foi imposta com base em reclamações registradas na plataforma Procon-SP Digital e em postos de atendimento presencial desde o último dia 3, quando houve o temporal.

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A empresa chegou a ser notificada e apresentou argumentos. Naquele dia, a chuva provocou a queda de árvores, que caíram sobre fios e, em alguns casos, derrubaram postes.

O governador Tarcísio de Freitas tem evitado culpar a Enel e propôs alterações no modelo de contrato firmado entre empresas do setor e a União, ente detentor do poder concedente e que firma tais acordos.

Em nova atualização, o diretor-presidente da Enel, Nicola Cotugno, disse que o número de consumidores sem energia elétrica após as chuvas desta quarta-feira, 15, chegou a 34 mil unidades, ante uma estimativa anterior de 60 mil. Os números foram repassados durante depoimento do executivo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ao todo, o temporal da última tarde deixou ao menos 290 mil unidades sem energia em São Paulo.

Segundo Cotugno, a empresa aumentou o número de equipes técnicas nas ruas para normalizar o atendimento ainda esta tarde. Durante depoimento à CPI, o executivo foi questionado pelos deputados se a redução no quadro de funcionários teria impacto sobre a qualidade dos serviços.

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Contudo, de acordo com ele, a Enel apenas reviu a quantidade de trabalhadores internos, aumentando a quantidade de terceirizados, e disse que a empresa vem investindo em tecnologia para melhorar a qualidade. "É uma força de trabalho ótima, investimos em tecnologia como todas as empresas fazem para dar um resultado maior e melhor", afirmou.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) registrou quedas de energia na manhã desta terça-feira (14), enquanto acontecia da reunião da CPI da Enel, que investiga possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas entre 2018 até 2023. Segundo a Alesp, o fato aconteceu por conta de uma manutenção na rede elétrico do prédio. 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) compartilhou o registro de um dos momentos em que a Casa ficou às escuras. "Parece piada, mas é só a ENEL mesmo", escreveu a parlamentar.

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O LeiaJá entrou em contato com a Alesp. Em nota, a assessoria informou que as quedas de energia da manhã de hoje foram internas, "decorrente de uma manutenção que estava sendo realizada em virtude de duas quedas que ocorreram ontem e que provocaram alguns danos, como nos aparelhos de ar-condicionado e nos ramais. As quedas foram rápidas, por menos de cinco minutos, e as atividades já voltaram à normalidade na sequência". 

Já a Enel afirmou que a oscilação de energia "não tem relação com a rede de distribuição da companhia."

Cinco dias após o temporal que deixou 2,1 milhões de imóveis da capital sem luz, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta quarta-feira (8) que a prefeitura vai processar a Enel, concessionária de eletricidade na capital, pela demora para restabelecer o fornecimento. Nunes também disse que a empresa "está mentindo" ao afirmar que a Prefeitura não está removendo árvores caídas. Ele fez a afirmação em entrevista à CNN e também na rede social X (ex-Twitter).

"Eu queria dizer com todas as letras: men-ti-ra, men-ti-ra", afirmou o prefeito em entrevista à CNN, separando as sílabas. "É irresponsabilidade falar isso (que a prefeitura não está removendo as árvores caídas). É muito óbvio que, para que a gente tenha um funcionário nosso fazendo o corte da árvore, é preciso que a Enel tire a energia, porque senão toma um choque e corre risco de vida", continuou o prefeito.

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Na rede X, ele postou: "Enel está mentindo. É irresponsabilidade da Enel dizer que a Prefeitura não está removendo as árvores caídas. Tenho uma lista de árvores que a Prefeitura não pode retirar antes de a concessionária desligar o sistema de energia. Nossos funcionários não podem correr risco de serem eletrocutados." Consultada pelo Estadão, a Enel informou que não vai se manifestar sobre as críticas feitas pelo prefeito.

Durante a entrevista à CNN, Nunes também exibiu uma lista com 30 endereços onde existem árvores caídas que, segundo ele, não podem ser removidas enquanto a Enel não desligar a energia naquele local. O prefeito afirmou ter encaminhado a relação à concessionária e estar esperando que a empresa atue para permitir a remoção das árvores. "Não dá para as pessoas ficarem criando factoides, não sendo verdadeiras numa situação dessa, todo mundo sofrendo, ainda ficar colocando desculpas", seguiu o prefeito.

Nunes contou que a prefeitura vai impetrar uma ação na Justiça pedindo indenização à Enel por danos morais coletivos pela demora na religação da eletricidade. "A gente teve esse problema na sexta-feira e no sábado logo de manhã eu procurei os diretores da Enel e não havia um prazo (para restabelecer o fornecimento). A gente exigiu, foi dado o prazo de terça-feira e não foi cumprido, ainda tinha 30 mil consumidores sem energia. Uma vez não cumprido o prazo, vai haver o ingresso da ação judicial", disse.

O prefeito informou que também notificou o Procon e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a demora. "O prejuízo foi muito grande, no trâmite da ação serão designados peritos para apurar qual é o valor (da indenização pedida à Justiça)."

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (8) a instalação de uma comissão de inquérito parlamentar (CPI) para investigar a concessionária de energia Enel, em razão da demora para mitigar os efeitos do apagão que atinge parte da capital desde sexta-feira, 3.

O requerimento do vereador João Jorge, líder da bancada do PSDB, foi lido em plenário à tarde e aprovado em votação simbólica pela Casa. De acordo com o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), a CPI da Enel será instalada na tarde desta quinta-feira, 9.

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O vereador, em seu pedido de abertura da CPI, reconheceu a severidade das condições climáticas que levaram ao apagão. Porém, enfatizou a importância da Enel responder rapidamente às chamadas dos cidadãos e manter uma equipe de atendimento adequada ao tamanho de São Paulo. "O serviço prestado pela Enel vem se deteriorando", afirmou.

A criação da CPI da Enel envolveu uma disputa entre a base governista e a oposição sobre a presidência da comissão. O regimento da Casa determina que o autor do requerimento deve presidir a CPI, mas duas parlamentares apresentaram pedidos antes do vereador João Jorge, criando uma controvérsia.

O primeiro requerimento de criação da CPI foi protocolado pela vereadora Luna Zarattini (PT). A fim de blindar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de possíveis estragos, a base governista se mobilizou para que a presidência da CPI da Enel não fosse exercida por uma vereadora petista.

Nesse contexto, os partidos fecharam um acordo e escolheram o requerimento de João Jorge para instalar a CPI. Isso se deve, em parte, ao fato de que o pedido de Jorge foi considerado mais representativo que os outros. A discussão, agora, gira em torno de quem será o relator da comissão.

"A Enel deve explicações para a população paulistana e esse caso de negligência deve ser investigado! Que sirva de alerta para as outras tentativas de privatização na nossa cidade e no nosso estado", disse Luna.

O vereador Arselino Tatto (PT) questionou a manobra da base governista durante a sessão que aprovou a instalação da CPI da Enel. Segundo ele, a comissão não deveria ser presidida por um vereador alinhado com a gestão municipal. "Quem tem que presidir [a CPI da Enel] é a vereador Luna. O Legislativo não pode ficar de joelhos perante o Executivo", afirmou.

O presidente da Câmara, Milton Leite, respondeu às críticas de Tatto e declarou que a formação da CPI da Enel segue uma distribuição representativa dos partidos da Casa, inclusive reservando uma vaga para o PT. Confira a composição da comissão da CPI:

- João Jorge (PSDB) - Presidente

- Thammy Miranda (PL)

- Senival Moura (PT)

- PSOL - A definir

- Milton Ferreira (Podemos)

- Ricardo Teixeira (União)

- Jorge Wilson (Republicanos)

A prefeitura de São Paulo informou nesta quarta-feira (8) que ingressará com uma Ação Civil Pública contra a empresa de energia Enel por descumprimento de acordo com a capital paulista e de outras normas legais. Pelo menos 30 mil pessoas seguem sem energia em São Paulo, indica levantamento da Enel, concessionária que atua na capital e em 23 cidades da região metropolitana. 

O apagão após o temporal que atingiu o estado de São Paulo na sexta-feira (3) impactou 2,1 milhões de pessoas atendidas pela Enel. Ela tinha indicado que restabeleceria o fornecimento até essa terça-feira (7). A prefeitura informou, também, que notificará o Procon e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que medidas sejam tomadas contra a empresa.

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Consumidor pode ser indenizado

Em reunião com a concessionária nessa terça-feira (7), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A proposta é que sejam indenizados os consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado. A empresa tem 15 dias para responder.

Protestos de moradores contra a falta de luz bloquearam ontem (7) vias na Grande São Paulo. Na Avenida Giovanni Gronchi, na zona sul da capital, manifestantes colocaram fogo em objetos na rua. Um policial militar foi atingido por uma bala e levado ao hospital, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). 

Pela manhã, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram manifestação em frente ao prédio da Enel, no Morumbi.

A Enel São Paulo informou por volta das 22h desta terça-feira (7) que restava normalizar o fornecimento de energia para cerca de 30.200 clientes que foram impactados pelo vendaval na última sexta-feira (3), o que representa 1,43% do total de consumidores afetados.

A companhia afirma que está atuando com mais de 3 mil técnicos nas ruas e que "têm trabalhado de forma incansável para reconstruir trechos inteiros da rede elétrica, garantindo a energia para todos".

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Mais de 72 horas depois do temporal que causou apagão em São Paulo, ao menos 315 mil imóveis seguiam sem luz nesta segunda-feira (6) - com previsão de restabelecimento apenas nesta terça (7). Após uma reunião de cerca de três horas no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que as concessionárias vão estudar opções para ressarcimento de moradores e de melhoria nos canais de atendimento à população. Além disso, será montado um grupo de trabalho no âmbito da Aneel (agência federal) para acompanhar as ações e adequar os serviços a eventos extremos.

Mais cedo, o governador paulista havia acenado com "um TAC (termo de ajustamento de conduta) para que a gente possa facilitar a vida desse cidadão (prejudicado pelo apagão), porque não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário de atendimento e acabe não tendo resposta", disse. À noite, não detalhou o que pode ser feito. "Não adianta pensar no que passou", disse. Segundo ele, eventos extremos serão cada vez mais recorrentes, "estão aí e vieram para ficar". E salientou a importância de se criar planos de contingência para evitar novas crises.

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Conforme Tarcísio, o "grande vilão" da crise foi a quantidade de árvores, que, por falta de manejo adequado, caíram na rede aérea. "Um plano de manejo arbóreo é uma das soluções mais baratas e efetivas para lidar com o problema", disse. Um projeto será enviado para Assembleia Legislativa para lidar com a questão, adiantou. Antes, ele evitou culpar a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista, pela falta de luz em diversos bairros.

Mas propôs alterações no modelo de contrato firmado entre empresas do setor e a União, ente detentor do poder concedente e que firma tais acordos. "Foi um fato extraordinário. Agora, eu acho que algumas medidas deixaram de ser tomadas ao longo do tempo. O contrato eventualmente não tem as servidões que deveria ter. A gente precisa olhar para trás para ver como estabelecer a normalidade o mais rápido possível e olhar para frente para garantir que isso não aconteça novamente", afirmou, após participar de um painel do BTG Pactual Macro Day com governadores.

Na conta da distribuidora ficou, porém, o problema de comunicação. Segundo o governador, o contato com a empresa precisa ser mais "azeitado". Tarcísio afirmou que durante encontro com as distribuidoras esse foi um ponto de discussão. O dirigente afirmou que há esforço por parte das concessionárias de investir em redes de comunicação e torná-las mais inteligentes.

Sabesp

Ele ainda evitou durante o dia qualquer ligação do problema com a privatização da Sabesp. Conforme o governador, o contrato estudado para a privatização da Sabesp tem um modelo "absolutamente diferente" daquele adotado no setor elétrico. "Não é um contrato aberto, não é um contrato frouxo. É um contrato muito descritivo em termos de servidões", disse.

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, informou que vai notificar a concessionária de energia elétrica em São Paulo, a Enel, para explicar a interrupção no fornecimento de luz. O Ministério Público de São Paulo também abrirá uma apuração.

Sofrimento

Entre os moradores que enfrentam transtornos estão pacientes que dependem de aparelhos ligados à rede de energia elétrica para continuar o tratamento médico. Um dos pacientes é Pedro Ducati Lima, de 12 anos, que mora na Vila Invernada, zona leste paulistana. Por causa da atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1, sua casa tem uma UTI domiciliar. Ele não respira, não engole e não se mexe sozinho, mas as funções cognitivas estão preservadas.

Por isso, o menino precisa de ventilação mecânica para respiração, do aspirador de secreção pulmonar e de uma bomba de infusão para se alimentar, além de um colchão pneumático para evitar escaras. Também faz parte do cuidado permanente um aparelho para fisioterapia respiratória. "Quando perdemos a energia elétrica, nós perdemos tudo isso", diz a mãe, Cristiane Graziela Ducati, de 49 anos.

A saída foi deslocar o paciente para a casa da avó, no bairro da Vila Diva, também na zona leste, ou simplesmente levar os aparelhos para serem recarregados lá emergencialmente. Outra preocupação era recarregar os aparelhos celulares para continuar em contato com a Enel. "Além de todo esse transtorno, nós tivemos o desgaste emocional. Ficamos muito preocupados. E se faltar energia na casa da minha mãe?"

Outro paciente com tratamento comprometido é William Ferreira de Oliveira, de 29 anos. O rapaz vive com mucopolissacaridose (MPS III-A), doença rara genética causada pela falta de um tipo de enzima e que leva à regressão neurológica. Recentemente, ele ficou dois meses na UTI.

William utiliza BiPAB, aparelho eletrônico que funciona como um respirador artificial. O drama foi relatado pela mãe Patrícia Ferreira nas redes sociais, durante o final de semana. O abastecimento de energia em sua região, no Jardim Santa Margarida, zona sul de São Paulo, já foi normalizado. "Minha luta começou na sexta-feira à tarde. Passei à luz de velas. Foram 36 horas sem luz ligando para a Enel e tentando um nobreak (equipamentos de proteção à rede). Mas na hora que você mais necessita ninguém ajuda. É muito difícil ter um filho acamado. Sou cuidadora. Tudo tem de ser com muita luta", lamenta Patrícia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta segunda-feira (6), que pretende recorrer à Justiça já na quarta-feira (8), caso a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade de São Paulo, não normalize o serviço nesta terça-feira (7).

Até as 20h30 desta segunda-feira, cerca de 300 mil clientes ainda continuavam às escuras na Grande São Paulo, de acordo com boletim divulgado pela Enel. No sábado (4), um dia após o temporal que provocou a queda de centenas de árvores na cidade e derrubou o fornecimento de energia em vários pontos da capital, a empresa anunciou que o serviço seria majoritariamente restabelecido até esta terça-feira.

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"Vou entrar na Justiça porque eles fizeram um compromisso público comigo de restabelecer a energia até terça. Eu não tenho o poder de fiscalização, já que eles são regidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Portanto, se não cumprir o prazo, vou entrar na Justiça", afirmou o prefeito após reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o diretor da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa, e representantes de concessionárias, entre elas a Enel.

Em nota no início da noite, antes da ameaça de Nunes de entrar na Justiça, a Enel já havia anunciado que atua para cumprir o prazo. "Os profissionais da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até esta terça-feira", afirmou.

Segundo o governador, outro foco da reunião foi definir um plano de ressarcimento por causa dos prejuízos causados pelo apagão. "A Aneel vai atuar com as concessionárias, com as distribuidoras de energia para fazer o ressarcimento pelas interrupções de energia", disse. "Esse ressarcimento já é regulado, já é uma coisa que já acontece, o que nós pedimos é agilidade."

Conforme Tarcísio, a proposta da gestão estadual é ter um plano especial para isso. "Algo que saia do rito ordinário e seja tratado como uma questão extraordinária", disse. O prazo pedido pelas concessionárias para estudar a questão é de 30 dias.

Alvo de críticas

A Enel tem sido alvo de críticas de consumidores desde quando assumiu a concessão do fornecimento de energia na capital e outros 23 municípios de São Paulo em 2018.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito investiga, na Assembleia Legislativa (Alesp), o serviço prestado pela Enel. Diante do apagão dos últimos dias, outro pedido de abertura de CPI foi requerido na Câmara Municipal, mas não está definido se será acatado pelos vereadores.

A Enel SP é a campeã no total de pedidos de informações e reclamações na Aneel, com 60,9 mil chamados em 2022, dos quais 12,4 mil por falta de energia. Desde que assumiu o contrato, o auge foi em 2019, com 30,7 mil contatos por interrupção no fornecimento. Somente em novembro deste ano, mais de 3,6 mil chamados contra a Enel foram abertos na ouvidoria da Aneel.

Em 2019, como mostrou o Estadão, o alto volume de reclamações em diferentes âmbitos (com demora de até três dias para a resolução) levou o Ministério Público a abrir um inquérito. O Procon-SP e o Idec também notificaram a concessionária à época. O alto volume de queda de árvores (cerca de 600) foi uma das justificativas então apresentadas pela Enel.

Situação semelhante também se repetiu no ano passado. A Enel foi notificada pelo Procon-SP pela falta de energia por mais de dois dias em diversos bairros paulistanos. À época, a concessionária falou em se tratar um "verão atípico".

O volume de reclamações também é expressivo na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). No último relatório anual, a Enel representou 60,5% (23,4 mil) das reclamações embora atenda a 38,5% (8,1 milhões) das unidades consumidoras do Estado.

Enel diz ter ampliado investimentos

A Enel São Paulo informou em nota que seus indicadores de qualidade estão em patamares melhores do que as metas regulatórias e que, desde a aquisição da Eletropaulo, realiza média anual de investimentos de R$ 1,3 bilhão, ante R$ 800 milhões por ano investidos anteriormente.

Neste ano, a resposta de recuperação da rede está mais efetiva do que em 2019, quando a capital foi atingida por fortes chuvas. Segundo a empresa, após a ventania, 960 mil clientes tiveram o fornecimento normalizado em 24 horas.

Índice de efetividade e solução demandas

Diretor de assuntos jurídicos do Procon-SP, Robson Campos relata, após o último temporal, um pico com 300 reclamações sobre as concessionárias de energia Enel, CPFL, Energisa, Elektro e EDP, que foram notificadas nesta segunda-feira para enviar informações sobre providências tomadas para atender às ocorrências, funcionamento do atendimento ao consumidor e outros dados.

"Esses números são um indício da necessidade de atuação do órgão para mediar esses problemas. Queremos explicações diante do grande volume de consumidores afetados", afirmou. A Enel foi a segunda colocada no quadro geral reclamações do Procon paulista em 2022. "O ranking é mais uma forma de acompanhamento do índice de efetividade e solução demandas", explica Campos.

Diversos relatos nos últimos dias apontaram dificuldade de contato com o SAC da Enel, por telefone e até meios digitais. A concessionária justificou que problemas ocorreram pela alta demanda.

Especializado no setor de energia, o advogado Urias Martiniano Neto aponta que o episódio mais recente demonstra a necessidade de evolução no atendimento do serviço e de uma análise criteriosa sobre a demora na solução. "Não se pode admitir que uma cidade desse tamanho fique sem energia por tanto tempo. Em hipótese alguma poderia acontecer ainda que tenha ocorrido de fato a chuva."

O especialista diz que o momento também é de discutir as métricas e a forma de avaliação da eficiência.

A distribuidora Enel São Paulo informou que a energia foi restabelecida para mais de 90% dos clientes afetados pelo apagão decorrente da tempestade que atingiu São Paulo na última sexta-feira (3). Cerca de 200 mil unidades consumidoras, das 2,1 milhões impactadas, ainda aguardam a retomada do serviço nesta terça-feira (7).

Em nota, a empresa afirmou ter colocado quase três mil profissionais nas ruas para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para "quase a totalidade dos clientes" ainda nesta terça. Disse ainda que, devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação se dá de forma gradual.

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"Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais", completou. A distribuidora reforçou ainda que o vendaval que atingiu a área de concessão na sexta-feira "foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição".

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tentou se desvencilhar dos problemas relacionados à Enel Distribuição e voltou a defender a privatização da Sabesp. Neste final de semana, fortes chuvas levaram à interrupção na distribuição de energia na capital paulista, que já dura mais de 70 horas, e levantou críticas da população e da oposição à privatização da companhia de saneamento.

O governador, que pretende avançar com a privatização da empresa ainda neste ano, defendeu que o contrato feito para o processo não será "frouxo", diferente do acordo de concessão federal do serviço de distribuição de energia elétrica.

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"A gente tem que entender que esses contratos da energia elétrica já são contratos bem mais antigos, né? São licitações que foram feitas lá atrás, você não tem lá uma clareza de metas, uma clareza de servidões por parte concessionária, então isso não tá claro como estará no contrato da Sabesp, por exemplo", disse o governador nesta tarde, durante lançamento do Programa 'Prontos Pro Mundo'.

Um dos argumentos do dirigente estadual é que, no modelo de privatização da Sabesp, o Executivo vai manter uma participação na empresa. "É um modelo absolutamente diferente desse modelo do setor elétrico", voltou a dizer.

Tarcísio disse ainda que o processo de privatização da empresa está dentro do prazo, "nem adiantado nem atrasado, nem correndo muito nem andando devagar, nós estamos no tempo adequado", disse. Segundo ele, deputados estaduais têm proposto emendas que "fazem sentido" para o projeto e que serão incorporadas no texto final do projeto.

Enel

Na tentativa de se desvencilhar do problema causado pelo falta de energia, Tarcísio citou uma dificuldade de comunicação com a empresa, dizendo que sentiu falta dela "mais próxima dos cidadãos e dos prefeitos". Segundo ele, os atuais contratos de concessão de energia foram firmados com a União. "Esse contrato não é com o governo e, tampouco, está com a prefeitura."

Tarcísio também afirmou que o governo pretende propor um termo de ajustamento de conduta às concessionárias para que elas assumam responsabilidade pelos prejuízos provocados aos consumidores. "Não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário para ter o ressarcimento", pontuou.

Ao menos 500 mil moradores da capital paulista e de 24 municípios da região metropolitana de São Paulo permanecem sem energia após o temporal da última sexta-feira, 3, segundo informou a Enel na manhã desta segunda-feira, 6. Conforme a Prefeitura de São Paulo, ao menos 125 árvores ainda precisam ser removidas com apoio da distribuidora de energia elétrica. Veja abaixo a lista dos bairros.

"As remoções contam com o apoio da concessionária, para desligamento da rede elétrica, ação que se faz necessária para preservar a vida dos servidores durante a remoção", disse o município.

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Segundo a distribuidora de energia elétrica, as regiões mais afetadas na capital paulista foram as zonas sul e oeste da cidade, embora também haja relatos de falta de energia nas zonas leste e norte.

Até domingo, 5, cerca de 413 mil endereços ainda estavam sem luz na cidade de São Paulo, há mais de 60 horas. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido em toda a cidade até terça-feira, 7.

Na manhã desta segunda-feira, moradores do Butantã e também da Vila Mariana já estão há mais de 60 horas sem luz. A falta de energia também afeta o abastecimento de água em diversas regiões.

As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram grande parte do Estado de São Paulo na sexta-feira também deixaram ao menos sete pessoas mortas. Em Osasco, na Grande São Paulo, duas árvores caíram sobre um muro na Avenida Luiz Rink, atingindo um veículo e matando uma pessoa que estava no interior do automóvel, de acordo com a Defesa Civil.

Na capital paulista, funcionários da limpeza, agentes das subprefeituras e equipes de iluminação pública e de reparos em semáforos continuam nas ruas para restabelecer a normalidade na capital paulista.

Às 22 horas de domingo, o prefeito Ricardo Nunes publicou em suas redes alguns vídeos em que acompanhava o trabalho da Enel na Vila Clementino e na Vila Mariana, na zona sul da capital. "Situação muito difícil. Nossa equipe toda (está) na rua cobrando a Enel para restabelecer a cidade", disse nas imagens.

Veja abaixo a lista de bairros onde estão as árvores que precisam ser removidas na cidade de São Paulo:

Butantã - 1 árvore;

Campo Limpo - 5 árvores;

Capela do Socorro - 14 árvores;

Casa Verde - 1 árvore;

Cidade Ademar - 4 árvores;

Cidade Tiradentes - 3 árvores;

Freguesia do Ó - 1 árvore;

Ipiranga - 17 árvores;

Itaim Paulista - 2 árvores;

Itaquera - 1 árvore;

Lapa - 1 árvore;

M’ Boi Mirim - 2 árvores;

Mooca - 5 árvores;

Penha - 4 árvores;

Perus - 6 árvores;

Pinheiros - 5 árvores;

Santo Amaro - 16 árvores;

São Mateus - 2 árvores;

São Miguel Paulista - 1 árvore;

Sapopemba - 9 árvores;

Vila Mariana - 17 árvores;

Vila Prudente - 8 árvores.

Veja abaixo na íntegra a nota da Enel atualizada na manhã desta segunda-feira:

"A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira.

O vendaval que atingiu a área de concessão no dia 03 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Técnicos da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e restabelecer o serviço para a grande maioria dos clientes até a próxima terça-feira, conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo na tarde de ontem.

Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual. Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais e a conexão das escolas onde seriam aplicadas as provas do ENEM.

A Enel São Paulo seguirá com a mobilização total dos profissionais e reforço em várias frentes, como call center e operação de campo. A companhia orienta que os clientes acessem os canais digitais da companhia para abrir chamado de falta de luz, por meio do app Enel São Paulo e agência virtual do site www.enel.com.br."

Para falar com a Enel

O consumidor pode entrar em contato com a Central de Relacionamento da Enel São Paulo pelo 0800 72 72 120. Também pode falar com a central de emergência pelo 0800 72 72 196. Para pessoas com deficiência auditiva, o telefone é o 0800 77 28 626. Salve também a ‘Elena’ nos contatos (21 99601-9608), assim é possível conseguir realizar serviços. Ela consegue ajudar a registrar falta de luz, solicitar segunda via, consultar débitos, solicitar ressarcimento e também tirar dúvidas sobre outros serviços.

Ouvidoria da Enel São Paulo

Este é um canal de relacionamento para solucionar ou responder reclamações que a pessoa ainda não conseguiu resolver pelos outros canais de atendimento.

- Por teleatendimento: 0800 72 73 110 (atendimento em dias úteis, das 8 horas às 18 horas).

- Por carta: enviar em envelope fechado mencionando ‘Ouvidoria’ para o endereço: Avenida das Nações Unidas, 14401, Conjunto 1 ao 4, Torre B1, 17º andar, Vila Gertrudes, São Paulo-SP, CEP: 04794-00.

Falta de energia também afeta abastecimento de água

Em razão das fortes chuvas na tarde de sexta-feira, a falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequente, o abastecimento de água em diversas regiões.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou nesta segunda-feira que, com o restabelecimento da energia elétrica em pontos da capital e região metropolitana de São Paulo, os reservatórios da companhia de abastecimento nestas áreas iniciaram o processo de recuperação no domingo. A previsão, para os locais onde há energia, é que o abastecimento seja normalizado ao longo desta segunda-feira, podendo se estender até terça-feira em pontos mais críticos.

Os principais locais que tiveram energia restabelecidas e os reservatórios estão em recuperação são: Santo André, Mauá, Diadema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Guaianases, Americanópolis, Vila Clara, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Capão Redondo, Jd Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Santa Etelvina, Cidade Tiradentes, Morumbi, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana Savoy e Pedra Branca, em São Paulo. O retorno da água aos imóveis acontecerá de forma gradual.

Neste momento, existem pontos sem energia, afetando o abastecimento das seguintes principais localidades: Cotia, Osasco, Barueri e Taboão da Serra.

"A Sabesp continua trabalhando de forma emergencial para abastecimento dos locais críticos com caminhões-tanque", afirmou a companhia, que recomenda que os clientes priorizem o uso da água para higiene e alimentação até que o abastecimento esteja normalizado.

Casos de emergência serão atendidos pelo 0800 055 0195.

Com o apagão que impactou 2,1 milhões de moradores por conta das fortes chuvas que atingiram a capital paulista nesta sexta-feira (3), consumidores podem pedir indenizações caso tenham tido algum prejuízo com a falta de energia.

Cerca de um milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido até terça-feira (7). Segundo a Enel Distribuição SP, as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste, embora também foram feitos relatos de falta de energia nas zonas leste e norte da capital.

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A Enel SP afirma que já normalizou o serviço para cerca de 1 milhão de endereços. "A companhia está restabelecendo de forma gradual o serviço, dando prioridade aos casos mais críticos, como serviços essenciais", disse a Enel na manhã deste domingo (5).

Enel pode fazer ressarcimento de prejuízos por apagão

Com a falta repentina de energia elétrica, aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos estão propensos a serem danificados. Além disso, alimentos conservados nas geladeiras podem ser desperdiçados. A solução para os moradores pode ser uma queixa no call center, nas lojas de atendimento ou no site da Enel.

Pessoas físicas devem estar munidas com CPF, RG ou qualquer outro documento com foto. Já pessoas jurídicas precisam estar com o contrato social ou último aditivo, CNPJ, CPF e RG do sócio. Já representantes legais devem ter uma procuração com firma reconhecida em cartório. É importante também ter provas robustas de que os aparelhos foram danificados por conta do apagão.

Em casos de prejuízos em condomínios, é preciso ter no momento da queixa com documentos de identificação, convenção do condomínio e a ata de nomeação do síndico. As denúncias devem ser feitas em até 90 dias após o problema na rede de energia.

Os servidores da Enel irão fazer uma verificação no aparelho eletrônico ou eletrodoméstico em até 15 dias corridos após a abertura da queixa. Em casos de geladeiras que tenham alimentos perecíveis, o prazo é de um dia útil.

O prazo para uma resposta da Enel é de até 15 dias corridos. Caso seja constatado que o consumidor foi prejudicado pela falta de energia, a distribuidora irá realizar um ressarcimento na conta do dono do aparelho danificado. Caso a empresa se recuse a arcar com o prejuízo, a solução pode ser a abertura de uma reclamação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou na plataforma consumidor.gov.br.

Como abrir uma reclamação na Aneel e no consumidor.gov.br?

Para abrir uma reclamação na Aneel, os moradores podem utilizar o assistente virtual no site da Agência e preencher um formulário detalhando a queixa. Os consumidores também podem utilizar o aplicativo Aneel Consumidor (disponível para Android e iOS) e os telefones 167 e 0800-727-0167 (com atendimentos de segunda à sábado, das 6h20 à meia noite).

Já para utilizar o consumidor.gov.br, é preciso se cadastrar no Portal Gov.br, e registrar uma reclamação sobre a atuação da empresa de energia. Durante o registro da reclamação, é necessário informar dados pessoais e indicar qual a empresa de energia que se deseja reclamar.

Consumidores podem procurar a Justiça e o Procon

Outras soluções em casos de uma não resolução com a Enel SP é procurar o Poder Judiciário. Em casos de prejuízos menores que 20 salários mínimos, deve ser aberta uma ação no Juizado Especial Cível. Para valores superiores, é necessário buscar a Justiça comum.

Os moradores também podem ser procurar a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). As reclamações podem ser feitas no Canal Eletrônico do Procon ou no número de telefone 151. As demandas dos moradores são respondidas entre cinco dias úteis e as queixas são registradas em até 15 dias úteis.

Especialista diz que é importante que consumidores tenham provas do prejuízo

De acordo com Jonas Sales, advogado e diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (BRASILCON), em casos de apagão, os consumidores não precisam comprovar que não são os culpados pelo prejuízo, mas precisam deixar claro quais foram os danos por meio de provas.

"Ele tem que mostrar que a minha televisão não está funcionando ou que a sua geladeira até a quinta-feira funcionava. Então, uma foto, um registro e até mesmo uma testemunha. Alguma forma de provar minimamente que ele foi prejudicado é importante', explica.

Em caso de uma não resposta da Enel, Sales recomenda que os moradores procurem o Juizado Especial Cível. "Eles não teriam gastos, a priori, com advogados. Eles podem ir sozinhos e registrar a queixa a partir de um formulário mostrando os danos", afirma o advogado.

A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em São Paulo, informou neste sábado (4) que clientes que tiveram aparelhos eletrônicos afetados pela falta de luz poderão pedir o ressarcimento à companhia. Cerca de 1 milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo de um total de 1,4 milhão de atingidos na capital pelas fortes chuvas de sexta-feira (3).

Há relatos de imóveis sem luz há mais de 24 horas. Os impactos são maiores especialmente nas zonas sul e oeste, em bairros como Morumbi, City América, Paraíso, Rio Pequeno, Santo Amaro, Vila Romana, Campo Belo e Butantã, dentre outros. A Enel anunciou que o fornecimento de energia em São Paulo será majoritariamente restabelecido até terça-feira (7). A prioridade é de atendimento a hospitais e serviços essenciais.

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A Enel também se comprometeu a garantir o fornecimento de energia em todas as escolas que aplicarão as provas do Enem neste domingo (5). A concessionária identificou que 84 pontos de aplicação do exame estavam com falta de luz. Em caso do fornecimento não estar normalizado, irá instalar um gerador no local.

São realizados trabalhos de reparo e reconstrução da rede. "Estamos atuando sem medir esforços. Não paramos um minuto", disse Ruotolo durante coletiva de imprensa no escritório da Enel em São Paulo.

A Enel disse que a dificuldade de atendimento nos canais de call center foi motivada pelo alto volume de demandas. Também respondeu que os problemas no aplicativo foram pontuais, mas que foram resolvidos. Clientes têm reclamado da dificuldade de obter informações e registrar problemas desde a sexta-feira.

A concessionária afirmou que vai contatar os clientes por número de telefone ou e-mail a respeito dos trabalhos de restabelecimento do serviço.

A Enel informou, ainda, que os trabalhos terão reforços de equipes da concessionária de outros Estados, especialmente do Rio de Janeiro. Além disso, helicópteros foram acionados para o restabelecimento de quatro linhas de alta tensão, cujo fornecimento deve ser normalizado neste sábado. Essas linhas são necessárias para a estabilidade do sistema.

Para falar com a Enel

O consumidor pode entrar em contato com a Central de Relacionamento da Enel São Paulo pelo 0800 72 72 120. Também pode falar com a central de emergência pelo 0800 72 72 196. Para deficientes auditivos, o telefone é o 0800 77 28 626. Salve também a ‘Elena’ nos contatos (21 99601-9608), assim é possível conseguir realizar serviços. Ela consegue ajudar a registrar falta de luz, solicitar segunda via, consultar débitos, solicitar ressarcimento e também tirar dúvidas sobre outros serviços.

Ouvidoria da Enel São Paulo

Este é um canal de relacionamento para solucionar ou responder reclamações que a pessoa ainda não conseguiu resolver pelos outros canais de atendimento.

Por teleatendimento: 0800 72 73 110 (atendimento em dias úteis, das 8 horas às 18 horas).

Por carta: enviar em envelope fechado mencionando ‘Ouvidoria’ para o endereço: Avenida das Nações Unidas, 14401, Conjunto 1 ao 4, Torre B1, 17º andar, Vila Gertrudes, São Paulo-SP, CEP: 04794-00.

Apesar dos elogios às ações da Enel na emergência causada pelas chuvas desta sexta-feira, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deixou claro que pretende cobrar a distribuidora de energia caso ela falhe em atender as promessas feitas a ele. Ao lado do diretor de operações da companhia, Vincenzo Ruotolo, Nunes disse que o que ele quer é resultado para a cidade.

"O que a gente quer é o resultado para São Paulo. Se a Enel responder, a gente vai estar reconhecendo, se ela não responder eu vou tomar minha atitudes como prefeito, que é o que eu devo fazer", afirmou, em entrevista coletiva nesta tarde.

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As quedas de energia causadas pela chuva têm a previsão, de acordo com a companhia, de serem solucionadas até a próxima terça (7). Um efetivo do Rio de Janeiro será acionado para lidar com a questão o mais rápido possível.

Com relação a prova do Enem, que vai ocorrer neste domingo (5), Ruotolo garantiu que, caso haja alguma emergência, a companhia terá geradores disponíveis para garantir a sua realização.

O apagão de energia elétrica em São Paulo, que atinge parte dos bairros da cidade e se estende há mais de 24 horas, principalmente em endereços das zonas sul e oeste, tem feito comerciantes se desdobrarem para evitar mais prejuízos. Na Vila Andrade, na zona sul, estabelecimentos têm recorrido a geradores de energia elétrica e usado até velas na cozinha diante da situação.

Cerca de 1 milhão de endereços estão sem luz na cidade. Há relatos de imóveis no Morumbi, City América, Paraíso e Vila Romana que estão sem luz desde as 16h de sexta-feira, 3, quando fortes chuvas atingiram a cidade. Campo Belo e Butantã também se queixam de falta de luz. A Enel anunciou que o fornecimento de energia será majoritariamente restabelecido até terça-feira, 7.

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"Estamos com vela na cozinha, as bebidas estão à base de gelo", afirma Joyce Sanches, proprietária de um restaurante na região da Vila Andrade. Ela afirma que o estabelecimento está sem luz desde às 16h desta sexta, já há mais de 24 horas. O movimento de clientes, diz ela, caiu cerca de 70% desde então.

Além do prejuízo, ela relata que a situação também tem gerado insegurança aos comércios. "Não consigo fechar porque minha porta é elétrica. Não tenho a corrente (elétrica) para baixá-la", diz. "Um dos meus funcionários teve de dormir aqui, ficou até de manhã. Enquanto não tiver luz, não consigo fechar."

Comerciantes afirmam que as quedas de energia são frequentes na região. "Mesmo quando não chove, só de ventar a luz acaba", disse Ana Paula Ávila, proprietária de um buffet na Rua Dr. Fonseca Brasil. A recorrência é tanta que o espaço adquiriu um gerador de energia elétrica, de cerca de R$ 60 mil, para evitar mais prejuízos.

A rotina, com ele, fica um pouco mais trabalhosa. "Estou tendo de sair toda hora para buscar diesel, os postos da região não têm mais combustível, porque as bombas não estão puxando", disse. Ana afirma que, por causa dessa limitação, tem se deslocado até a região da Chácara Santa Antônio.

O equipamento gasta cerca de R$ 150 por hora. Ainda assim, o gerador de energia é o que tem ajudado o buffet a manter os compromissos com os clientes, mesmo diante do apagão que já dura mais de 24 horas. "Hoje a gente tem dois aniversários infantis, de 5 e 6 anos, e ambos vão ter que ser feitos com o gerador", disse Ana.

Para Carlos Adriano de Carvalho, que trabalha em um estacionamento na região, um outro ponto é que o apagão impactou nos sinais telefônicos. "A gente está sem poder trabalhar. Porque trabalha com cartão, Pix... E aqui está sem sinal nenhum de internet", disse.

Como mostrou o Estadão, a Enel anunciou neste sábado, 4, que o fornecimento de energia em São Paulo será majoritariamente restabelecido até terça. A concessionária não descarta que alguns problemas pontuais permaneçam após a terça-feira.

Segundo Vincenzo Ruotolo, diretor responsável pela execução do serviço em São Paulo, cerca de 1,5 milhão de clientes seguem sem energia nos 24 municípios atendidos pela Enel, enquanto o serviço foi restabelecido em 550 mil endereços. São realizados trabalhos de reparo e reconstrução da rede.

As fortes chuvas deixaram ao menos seis pessoas mortas no Estado. Mais de 40 municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) destacou que os ventos superiores a 100 km/h chegaram à maior velocidade já registrada pelo Centro de Gerenciamento da Metrópole (CGE), desde 1995, quando esses dados começaram a ser computados. "Foi uma situação excepcional. Muito fora do contexto."

Segundo ele, foram abertos 618 chamados na Prefeitura por problemas na iluminação pública, dos quais 513 foram resolvidos. No caso de semáforos, 247 seguem com falta de energia, 20 tiveram problemas nos equipamentos e 284 foram restabelecidos.

O Grupo Enel Brasil abriu seu Programa de Estágio 2023. São 70 vagas para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. As inscrições vão até sexta-feira (4). Uma parte das oportunidades são reservadas para candidatos negros e PCDs. 

Os estudantes que estiverem a dois anos de se formar no nível superior ou a um ano de se formar no nível técnico podem se candidatar. As áreas disponíveis são: Engenharias, Administração, Ciências Contábeis, Análise de Sistemas, Psicologia, Recursos Humanos, Direito e Economia. 

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As vagas são em modelo híbrido, online e presencial. Os selecionados já começam a estagiar em setembro. Para se inscrever basta acessar o site.

 A Enel Brasil, do setor elétrico do país, abriu 70 vagas para seu Programa de Estágio 2023. As oportunidades são para as distribuidoras do grupo, localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Podem se candidatar pessoas que estejam a dois anos de formação do ensino superior ou a um ano de formação do nível técnico nas áreas de Engenharias, Administração, Ciências Contábeis, Análise de Sistemas, Psicologia, Recursos Humanos, Direito e Economia.

As inscrições podem ser feitas até o dia 4 de agosto, através do endereço eletrônico da seletiva. As etapas do processo seletivo serão realizadas de forma híbrida com dinâmica em grupo presencial e entrevistas individuais feitas remotamente. Os selecionados receberão bolsa-auxílio compatível com o mercado; auxílio transporte; vale alimentação/ refeição; Gympass, cursos no eDucation (plataforma online de treinamento); curso de idioma (inglês, italiano ou espanhol); e folga de aniversário,  entre outros benefícios.

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Ao término do programa, que tem duração de um ano e meio a dois anos, a intenção é que os estagiários estejam aptos a participarem de processos seletivos das posições de técnico ou analista jr da companhia. “O Programa de Estágio da Enel tem o objetivo de inspirar, desenvolver e formar futuros profissionais que, desde o início, vivenciam a missão Open Power da companhia, que consiste em abrir o acesso à energia a mais pessoas e contribuir para um setor que está em um importante momento de mudanças e evolução”, aponta o diretor de Pessoas e Organização da Enel Brasil, Alain Rosolino.

Na última semana, foi anunciado que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu elevar o valor da conta de luz, por conta da crise nos reservatórios de hidrelétricas. Já em maio, a tarifa se encontrava na bandeira vermelha patamar 1, e passou a acrescentar R$4,2 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Agora, a tarifa entra na bandeira vermelha patamar 2, e adiciona R$6,2 na conta a cada 100 kWh.

E assim, cuidados durante o consumo de energia devem ser tomados para não se surpreender com a conta de luz no fim do mês. De acordo com as informações divulgadas pela Enel (SP), empresa brasileira do ramo de energia elétrica, existem diversos itens que compõem uma residência e aumentam de forma significativa os gastos de energia. Assim como: chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro elétrico, lâmpadas halógenas e fluorescentes, geladeira, máquina de lavar e computadores.

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Segundo Nilza Aparecida dos Santos, professora de economia e gestão financeira na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) em Cotia, quando se trata de dicas para melhor consumo dos itens elétricos, é necessário ter o uso consciente de cada recurso. “Só manter aparelhos ligados durante o uso, banhos mais curtos, parte elétrica sempre revisada e etc”. A especialista indica que há diversos sites que costumam trazer dicas importantes sobre economia doméstica no âmbito elétrico, como a página na web da Enel.

Dentre outras dicas que a especialista cita, está o cuidado com o uso da máquina de lavar e o ferro elétrico de passar roupa, que podem ser utilizados em grandes remessas de roupas, uma vez que o volume pequeno de peças favorece maior consumo dos eletrodomésticos. “Pensar que a renda familiar, provavelmente não aumentará como os gastos de energia e que, portanto, é preciso adequar o orçamento para não ter surpresas desagradáveis no momento de fechar as contas. Observar consumo e gasto, já que cada família tem sua própria composição. Reavaliar os gastos sempre que necessário para poder adequar o orçamento familiar”, finaliza a economista.

por Rafael Sales

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