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O Serviço Social da Indústria de Pernambuco (SESI-PE) está ofertando 500 vagas gratuitas para a Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA). As aulas iniciam em fevereiro e serão em formato on-line ou no modo semipresencial em duas unidades: Caruaru e Vasco da Gama, na Zona Norte do Recife. As inscrições podem ser realizadas até o dia 29 de janeiro, através do site da iniciativa. As vagas oferecidas são destinadas para os interessados em cursar o Ensino Fundamental Anos Finais, voltada para estudantes a partir de 15 anos, ou a EJA Ensino Médio, para quem tem 18 anos ou mais e tem interesse em concluir os últimos anos da Educação regular.

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Para realizar a inscrição,o estudante precisa apresentar uma foto 3x4; cópia do RG e CPF; cópia da certidão de nascimento ou casamento; cópia do comprovante de residência; e histórico escolar original, além de uma declaração de baixa renda. A via original do histórico escolar poderá ser entregue presencialmente, em qualquer unidade do SESI em Pernambuco ou na Casa da Indústria, ou através dos Correios.

“A Nova EJA pode ser parte da solução de um dos principais desafios da educação, que é a baixa escolaridade da população. O programa significa a chance de ingressar ou de retornar ao mercado de trabalho, tendo a possibilidade de melhorar o próprio futuro e o de suas famílias”, pontua  Mirella Barreto, diretora de Educação do SESI-PE. 

 

As vagas oferecidas são destinadas para os interessados em cursar a EJA Ensino Fundamental Anos Finais, voltada para estudantes a partir de 15 anos, ou a EJA Ensino Médio, para quem tem 18 anos ou mais e tem interesse em concluir os últimos anos da educação regular.

A Rede estadual de Ensino do governo de Pernambuco recebe inscrições para matrícula de alunos novatos até o dia 26 de dezembro. A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) do estado disponibiliza a forma de matrícula online até às 23h59h desta terça-feira (26).

O cadastro escolar deve ser feito para estudantes novatos que estão ingressando no ensino fundamental e médio, estudantes transferidos das redes de ensino federal, particular, de outros países, estados e municípios, estudantes transferidos da rede estadual que estejam retornando à rede, concluintes do ensino médio que pretendam ingressar no normal médio e desistente de anos anteriores.

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O cadastro não garante a vaga, o  estudante tem que confirmar a matrícula, comparecendo na escola para qual fez o cadastro, levando a documentação necessária, no período de 02 de janeiro 2024 a 12 do mesmo mês.

Entre as 57 mil vagas oferecidas pela Rede Estadual, 30.627 delas são para o ensino médio, 10.242 para o ensino fundamental, 14.391 para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) médio e 2.450 para o EJA fundamental. As vagas que não forem preenchidas serão reabertas pelo processo de matrícula rápida posteriormente.

Na próxima quarta-feira (22), a Prefeitura de Guarulhos disponibilizará inscrições para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas da rede municipal, com início no primeiro semestre de 2024. As vagas são destinadas a moradores da cidade que desejam concluir o Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano.

Para participar, os interessados devem se inscrever até o dia 5 de dezembro, no Portal da Educação ou comparecer a uma das escolas-polo EJA. Na ocasião, é necessário apresentar Certidão de Nascimento ou RG, comprovante de residência e para menores de 18 anos, RG do responsável.

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O público-alvo inclui adultos e jovens a partir dos 15 anos completos até 31 de dezembro de 2023. As aulas serão ministradas durante o período noturno. Assim, ampliando as oportunidades no mercado de trabalho para os estudantes.

Cerca de 27 instituições de ensino municipais oferecem a modalidade. A lista completa com endereço e outras informações estão no Diário Oficial, página 14.

O Sesc Pernambuco abriu processo seletivo com 12 vagas para profissionais na área de educação. Os interessados têm até às 15h do dia 2 de outubro para se inscrever pelo siteAs oportunidades estão nos municípios de Araripina, Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Goiana, Recife, São Lourenço da Mata e Surubim.

As vagas disponíveis são para os cargos de assistente I – apoio escolar infantojuvenil, auxiliar de atividades pedagógicas, professor I – educador infantil, séries iniciais do ensino fundamental e EJA, professor II – séries finais do ensino fundamental e ensino médio – matemática. Mais informações estão disponíveis na página do processo seletivo.

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Cerca de 400 famílias formam a ocupação Carolina de Jesus, localizada ao lado do Terminal Integrado do Barro, no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. O espaço que carrega o nome da ex-catadora, mãe solo e autora do livro Quarto de Despejo: Diário de uma favelada é divido em G1, G2 e G3, moradias que são habitadas por pessoas vindas de diversos municípios pernambucanos e encontram apoio organizativo, social e educacional no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Há três semanas, brigadistas, com formação em pedagogia ou licenciaturas, do setor de Educação do MTST promovem aulas para jovens, adultos e idosos do assentamento. “O MTST está fazendo um papel que deveria ser garantido pelo Estado. O papel de garantir a Educação para jovens, adultos e idosos sem teto. A nossa Educação não é assistencialista. É uma Educação popular que se propõe a pensar sobre o direito à cidade, a realidade excludente da cidade do Recife, as condições de vida das pessoas sem teto e dos problemas que os afetam”, explica Fátima Dutra, coordenadora do setor de Educação do MTST-PE.

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Fátima Dutra, coordenadora do setor de Educação do MTST-PE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As aulas são realizadas sempre aos sábados, das 14h até às 17h, no espaço do que um dia foi uma creche na Carolina de Jesus. À reportagem, Fátima conta que a ONG responsável pela iniciativa ficou sem recursos para manter a creche, por isso, foi descontinuada. A estrutura feita, em sua totalidade, de madeira foi recentemente reformada pela brigada para receber a primeira Educação de Jovens e Adultos (EJA) em uma ocupação no Estado. Ainda em caráter experimental, o projeto conta com uma turma reduzida e alunos de faixa etária que varia entre 20 e 67 anos de idade.

Parede da sala de aula da EJA na Ocupação Carolina de Jesus. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Ao se aproximar do horário de início das atividades na EJA, os militantes do setor de Educação do MTST realizam o chamamento porta-a-porta dos estudantes, que, aos poucos, formam uma espécie de romaria até a sala de aula. Ao LeiaJá, Fátima Dutra salienta que a Educação promovida na Carolina de Jesus é carregada de resistência, que é “alimentada pelo sonho de construir uma vida mais digna para os jovens, adultos e idosos sem teto. É o sonho de ver todos os nossos companheiros alfabetizados e contribuir com o processo de consciência política e de leitura de mundo de uma sociedade que se torna cada vez mais desigual e injusta”. 

Brigadista realizam chamamento 'porta a porta dos alunos'. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Brigadista realizam chamamento 'porta a porta' dos alunos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Militante do MTST e professor de filosofia, Renato Libardi comenta que a EJA no assentamento é reflexo de reuniões, planejamentos e formações. “Isso tudo aqui, inclusive, a pintura, esse chão limpo e todos os conteúdos foram frutos de muitas conversas, muitas reuniões on-line e presenciais, capacitação aqui, inclusive, com os próprios alunos. Foram muitas capacitações e formações”, disse. Esta é a primeira experiência do docente com estudantes da EJA em processo de alfabetização.

“Como militante, a gente precisa pegar tarefa. Mesmo com receio, pois, não sou formado em pedagogia, minha formação é em filosofia, e após a capacitação, percebi que dava para atuar aqui. A missão é muito bonita. Meu interesse, realmente, foi esse de pegar essa tarefa porque é algo fundamental e é minha primeira experiência. Então, a gente precisava tirar isso do papel, até porque há outras ocupações com essa mesma demanda [EJA] e a gente precisava de um projeto inicial”, pontua.

Renato Libardi é professor de filosofia e militante do MTST-PE.  Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

De volta à sala de aula

As histórias dos alunos se misturam dentro e fora da sala de aula. À reportagem, muitos alegam que foram privados de estudar por questões sociais e familiares. Entre os estudantes está Valdemiro José, de 52 anos, morador da Carolina de Jesus há seis anos. Ao LeiaJá, ele, que é natural de Surubim, frequentou por pouco tempo a escola. "Eu não tenho estudo. Quando a chuva chegava, a gente ia [sic] trabalhar. Chegou um tempo que meu pai falou: "não vai estudar mais não. Vai tudinho trabalhar", relembrou.

"Não sei ler e nem escrever. Essa escola está sendo 'top' para mim. Eu e meus companheiro não vamos nunca deixar [a EJA], que é melhor aqui do que a gente pra fora. Eu vou continuar aqui, não quero ir pra outro lugar não", afirma Valdemiro à reportagem, após ser questionado sobre a continuidade no projeto. 

Valdemiro José, de 52 anos, morador da Carolina de Jesus há seis anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Maria Severina, de 67 anos, foi uma das primeiras moradoras do assentamento, em 2017. Ela afirma que nunca frequentou a escola. "Minha mãe trabalhava em um engenho, saia na segunda e só voltava para casa no sábado. Eu tinha sete irmãos pequenos, então eu precisava ficar em casa para cuidar deles e tomando conta da casa. Eu gostei [da EJA], estou achando ótimo. O que eu mais quero aprender é assinar o meu nome e outras coisas também né?", ressalta.

Maria Severina, de 67 anos, foi uma das primeiras moradoras do assentamento, em 2017. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Ana Lúcia da Silva, de 64 anos, também fez moradia na Carolina de Jesus desde o início. Diferente dos vizinhos e colegas de turma, ela frequentou a sala de aula até os 13 anos, período em que saiu de casa. "O marido da minha mãe tinha um jeito diferente, ficava olhando para mim e para as minhas três irmãs. Ele tinha muito ciúme de mim. Eu trabalhava carregando água para lavar roupa e, um dia, quando estava voltando para casa, vi ele com 'safadeza' com a minha irmã. Contei para a minha mãe, mas ela não acreditou. Aí, saí de casa", conta.

Ana Lúcia vê na EJA uma possiblidade de ingressar em um curso e, assim, voltar ao marcado de trabalho. Desempregada, ela pontua as coisas que mais gosta na sala de aula. "Gosto das palestras, das conversas, das brincadeiras". "Moro sozinha, eu e Deus, pronto. Quando falaram das aulas, eu aceitei na hora. Toda vez eu venho, gosto daqui...gosto mesmo daqui", reforça.

Ana Lúcia da Silva, de 64 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Seu Adenilton Nicolau, pedreiro de 47 anos, conquistou a internet após ser pré-aprovado no curso de filosofia da Universidade Federal de Goiás (UFG) em primeiro lugar na cota racial. O vídeo de reação de Adenilton viralizou e a celebração da família emocionou os internautas. 

"Nossa, você vai estudar!", celebra a esposa. Em um tom de êxtase, o pedreiro reage à informação que tinha conquistado a vaga: "Melhor pontuação? Isso aqui é a nota do Enem? Nem sabia disso! Meu Deus, não acredito."

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Adenilton seria o primeiro da sua família a ingressar na faculdade. Sua filha Sara Linhares, rapper e artista, foi quem gravou e publicou o vídeo que tem mais de um milhão de visualizações só no Twitter, foi quem fez a inscrição de seu pai no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e escolheu a opção de cota racial.

Adenilton e sua família. Foto: Arquivo Pessoal

"Minhas meninas sonharam para mim um sonho que eu tinha e a Sara me ajudou a realizar. Então quero agradecer a Sara por estar me dando todo o apoio aí e vou iniciar minha jornada agora fazendo filosofia na UFG. Obrigado, galera, por estar me apoiando", diz Adenilton em um segundo vídeo.

O desencanto

Porém, a comemoração não durou muito tempo. Após a pré-aprovação, o goiano foi realizar sua matrícula na universidade e foi impedido. A justificativa foi o ensino, para a cota racial, o vestibulando deve ter feito o ensino médio integralmente na escola pública, o que desclassificou Nicolau, que fez seu EJA em uma escola privada.

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Incapaz de completar seu ensino na escola enquanto criança, Adenilton parou de estudar desde os 13 anos e só foi capaz de terminar o ensino básico pelo EJA (Educação de Jovens e Adultos), que entrou em 2012 sonhando em ter mais oportunidades com o diploma.

"Eu tentei o EJA na pública, mas eu precisava do diploma rápido porque com o diploma do ensino médio eu teria mais oportunidades e queria fazer um curso de mestre de obras. Na particular o EJA era mais rápido, com o horário mais flexível e por conta disso acabei optando por fazer na escola privada", contou Nicolau, em conversa com o LeiaJá.

Em um terceiro vídeo, Adenilton veio a público explicar a situação da sua vaga. O mesmo afirma que sua ficha 18, o certificado que comprova a conclusão do ensino médio, foi negada por ser de ensino privado. Sara Linhares, sua filha que popularizou a história, detalhou que a atendente da UFG chorou ao ter que cancelar a vaga de seu pai.

"Eu tô triste. Estou sorrindo aqui, mas só Deus sabe como eu estou por dentro. Eu quero continuar sendo uma fonte de inspiração, mas eu estou triste por quê? Nós fizemos a inscrição na faculdade na UFG, minha filha usou o sistema de cota racial e usando a nota do Enem que eu fiz também. Eu fui aprovado, só que todo o sistema de cota, você tem que vir de um ensino médio público", explica o pedreiro.

"Quando eu apresentei meu diploma lá para fazer a matrícula, veio de uma escola particular, então foi barrado por isso. Nós não tínhamos nos atentado para esse item que tem que ser de uma escola pública. Então eu passei em todas as etapas, menos nessa, então fui barrado. Por isso eu estou muito triste", continuou.

A família

Em relatos no seu perfil, Sara mencionou que se sentiu culpada pelo que aconteceu com seu pai, mas pediu para que ninguém utilizasse isso de motivo para falar mal de universidades públicas, que apenas está seguindo o que está na lei.

"Não foi erro da universidade, está claro no edital. O erro foi meu, eu matriculei o meu pai em horário de serviço, não lembrei que ele fez uma etapa do EJA dele numa escola particular e o diploma dele foi emitido pela escola particular. Então ele acaba por não se encaixar na cota", reitera a artista.

Foto: Arquivo Pessoal

Duas das filhas de Nicolau declararam que são contra qualquer comentário descredibilizando a universidade pública. Ambas são, inclusive, matriculadas em faculdades públicas e Sara é, especificamente, da UFG. Mariana Musgo, irmã de Sara e Filha de Adenilton, defende a importância das cotas mas também a reflexão sobre elas: 

"A política de cotas é extremamente importante, teve um ingresso enorme [na universidade] de uma população que não teria, mas deveria olhar caso a caso. Meu pai é um pedreiro, tem três filhas, a gente mora na região periférica de Goiânia e ele não tá em paridade de concorrer em ampla concorrência, sabe?"

As irmãs mencionam que a viralização do caso de seu pai teve lado positivo e lado negativo. Apesar de todo apoio e mensagens de incentivo, elas encontraram muito comentário maldoso e de ódio voltado a sua família. Contudo, as coisas boas se destacaram, em especial as oportunidades que apareceram para eles.

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O futuro

Conseguir a vaga e perder ela em menos de 48h foi um baque grande, mas não grande o suficiente para fazer Adenilton desistir em nenhum momento. O mesmo, apesar de estar triste, sempre declarou que continuaria na pesquisa de uma universidade para conquistar seu diploma.

"Meu sonho não morre aqui, não vou desistir, tá? Eu vou procurar uma faculdade, que seja particular mesmo para terminar esse curso em nome de Jesus", afirma o goiano.

Assim como milhares de pessoas, alguns famosos também tiveram contato com essa história. O apresentador Luciano Huck compartilhou o caso em seu perfil nas redes sociais e a cantora Lexa entrou em contato direto com a família de Goiás.

A artista mencionou que ficou muito feliz e orgulhosa pela luta e amor de Nicolau pelos estudos e por isso se ofereceu para pagar uma faculdade particular para ele. Adenilton conta que ainda está digerindo essa informação, mas está muito contente com tudo.

Outras faculdades também estão entrando em contato, oferecendo uma vaga nos em seus cursos para que ele consiga realizar seu sonho de ingressar na faculdade, aos 47 anos. Sara acredita que o sonho do seu pai não é um sonho que acabou, mas sim um sonho que começou agora.

As matrículas para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Rede Municipal de Ensino do Paulista seguem abertas até a próxima sexta-feira (3). O processo pode ser realizado em uma das 19 escolas que ofertam a modalidade no município. Os interessados devem procurar a unidade de preferência, de segunda a sexta-feira, no horário de funcionamento da escola.

O EJA é voltado para todos que desejam voltar a estudar e concluir o Ensino Fundamental. Além das matrículas para o EJA, a Rede Municipal de Ensino continua com vagas abertas nas áreas de Educação Infantil (compreende de 0 a 5 anos) e Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais). De acordo com a Secretaria de Educação do Paulista, em 2019, 1.545 alunos estavam matriculados no EJA. 

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Para o secretário de Educação, Geraldo Lima, a ação garante o direito do cidadão de ter acesso à escola e à educação. “Ainda temos vagas disponíveis nas nossas escolas. A baixa procura é porque muitos alunos deixam para se matricular depois do Carnaval. É uma iniciativa digna de elogios, uma vez que muitos adultos podem voltar ou manter-se no âmbito escolar dando continuidade aos estudos. Em muitos casos essas pessoas só precisam de um incentivo. Nós temos vagas e estamos de portas abertas para acolher a todos”, disse, segundo informações da assessoria de imprensa.

Os interessados devem portar os seguintes documentos: cópia do comprovante de vacinação, cópias do RG e CPF do estudante, uma foto 3X4 atual, comprovante de residência e comprovação do tipo sanguíneo e do fator RH.

Em caso de dúvidas, os interessados podem se dirigir à Secretaria de Educação, que fica na Av. Floriano Peixoto, s/n, Centro. O atendimento acontece de segunda a sexta, das 8h às 16h. O ano letivo vai começar na próxima segunda-feira (6).

Confira a lista das escolas municipais autorizadas a ofertar a modalidade da Educação de Jovens e Adultos  em Paulista:

Escola Municipal Gov. Carlos Wilson

Escola Municipal João Fonseca

Escola Municipal Pescador José  Reis

Escola Municipal Margarida A. A. Sampaio

Escola Municipal  Brig. Aldo Pinho Alves

Escola Municipal Dr°  Geraldo Pinho Alves

Escola Municipal Susie Régis

Escola Municipal Manoel Gonçalves

Escola Municipal Agamenon Magalhães

Escola Municipal Jaime Gonçalves Bold.

Escola Municipal Professora Terezinha Camarotti

Escola Municipal Maria das Neves

Escola Municipal Dom Helder Câmara

Escola Municipal Professora Rubenita Cavalcante

Escola Municipal  Drª Gêlda Amorim

Escola Municipal Gov. Miguel Arraes

Escola Municipal Imperatriz Maria Leopoldina.

Escola Municipal Nelson Antônio B. de Lima

Escola Municipal Marília Russel

Foram prorrogadas as inscrições para o Sesc EAD EJA, uma iniciativa que oferece formação no ensino médio com qualificação profissional em produção cultural para jovens e adultos. Os interessados podem se inscrever no site até o dia 28 de fevereiro.  

A prorrogação é válida para os estados Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul (exceto as unidades Polo Sesc Canoas, Polo Sesc Caxias do Sul e Polo Sesc Vacaria), Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Podem se inscrever pessoas que possuam a partir de 18 anos de idade, com o ensino fundamental completo.  

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O curso tem duração de três semestres e carga horária de 1.200 horas, sendo 80% das aulas em formato virtual e 20% presencial. Ao final, os alunos recebem certificado de conclusão do Ensino Médio com qualificação profissional em produção cultural.

Estão abertas as inscrições para o Sesc EAD EJA, um projeto que oferece formação gratuita a jovens e adultos no ensino médio, com qualificação profissional em produção cultural. Para a 3ª turma, são disponibilizadas 1.832 vagas para estudantes das regiões Norte, Nordeste e Sul.

Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 18 anos, com ensino fundamental completo e residentes nos estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.   

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O curso tem duração de três semestres e carga horária de 1.200 horas, sendo 80% das aulas em formato virtual e 20% presencial. A formação atende às orientações do Novo Ensino Médio, que contempla a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com itinerários formativos focando nas áreas de conhecimento e na capacitação. Ao final, os alunos recebem certificado de conclusão do ensino médio com qualificação profissional em produção cultural. 

Além do acesso ao curso, os estudantes também podem participar das atividades presenciais e on-line de cultura, esporte e lazer oferecidas pelo Sesc. Os interessados podem se inscrever no site até sexta-feira (17).  

 

Estarão abertas entre 17 de janeiro e 17 de fevereiro as inscrições do Sesc EAD EJA, projeto que oferece formação gratuita a jovens e adultos no Ensino Médio, com qualificação profissional em produção cultural. Alunos de 13 estados das regiões Norte, Nordeste e Sul terão a oportunidade de retomar os estudos na modalidade de ensino à distância, além de se qualificar para o mercado de trabalho. Para a 3ª turma do curso, foram disponibilizadas 1.832 vagas. As inscrições podem ser feitas no site do Sesc, onde também está disponível o edital com mais informações.

“O projeto Sesc EAD EJA foi lançado há um ano e já é motivo de orgulho para a instituição. O ensino à distância, aliado à qualificação profissional, atende a necessidade de um público jovem, que tem o desejo de retomar os estudos para ampliar suas chances no mercado de trabalho. As duas primeiras turmas tiveram uma grande procura, principalmente entre pessoas na faixa etária entre 21 e 30 anos. Essa é uma importante contribuição do Sesc para a transformação dos jovens pelo caminho da educação, já que o curso é acessível e flexível”, ressalta Janaína Cunha, diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

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Podem se inscrever no Sesc EAD EJA pessoas com idade a partir de 18 anos, com Ensino Fundamental completo e residentes nos estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. O curso tem duração de três semestres e carga horária de 1.200 horas, sendo 80% das aulas em formato virtual e 20% presencial. Ao final, os alunos recebem certificado de conclusão do Ensino Médio com qualificação profissional em Produção Cultural. O projeto é realizado em parceria com o Senac, responsável pela plataforma de realização do curso.

Novo Ensino Médio

O curso atende às orientações do Novo Ensino Médio, que contempla a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com itinerários formativos focando nas áreas de conhecimento e na formação profissional. A construção dos conteúdos foi baseada em experimentações e maior interação dos participantes, com simulação de práticas, mecanismos de jogos, dramatizações e outras estratégias compatíveis com os objetivos do curso. Além do acesso ao curso, os estudantes também podem participar das atividades presenciais e on-line de cultura, esporte e lazer oferecidas pelo Sesc.

O Serviço Social da Indústria de Pernambuco (SESI-PE) está ofertando 1.500 vagas gratuitas para a Educação de Jovens e Adultos Profissionalizante (EJA). As turmas terão início nos próximos meses de fevereiro e de setembro. As vagas são para toda a rede de Educação SESI em Pernambuco e as inscrições podem ser realizadas até o dia 3 de fevereiro, em qualquer unidade, de forma presencial ou pelo e-mail matriculaeja@sistemafiepe.org.br. Além de concluir os estudos, o programa permite que o estudante faça um curso de qualificação profissional no SENAI-PE.

As vagas oferecidas são destinadas para os interessados em cursar a EJA Ensino Fundamental Anos Finais, voltada para estudantes a partir de 15 anos, ou a EJA Ensino Médio, para quem tem 18 anos ou mais e tem interesse em concluir os últimos anos da educação regular. As aulas acontecerão de duas formas: online (100% EAD) ou semipresencial (80% EAD e 20% presencial). A modalidade semipresencial, no entanto, será oferecida apenas nas unidades do Vasco da Gama e Caruaru, e o estudante precisa comparecer na escola uma vez por semana.

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“Nosso maior objetivo com a EJA é desenvolver o processo de formação humana, social, respeitando a cultura, a experiência e conhecimentos adquiridos ao longo da vida dos nossos estudantes. É a partir da elevação dos estudos que os alunos têm mais chances de ingressar ou de voltar ao mercado de trabalho e, dessa forma, construir um futuro melhor para eles e para as suas famílias”, avalia a diretora de Educação do SESI-PE, Mirella Barreto.

Para realizar a inscrição, é necessário apresentar os seguintes documentos: uma foto 3x4; cópia do RG e CPF; cópia da certidão de nascimento ou casamento; cópia do comprovante de residência; e histórico escolar original. A via original do histórico escolar poderá ser entregue presencialmente, em qualquer unidade do SESI ou na Casa da Indústria, mesmo para as pessoas que optarem por realizar a inscrição por e-mail, ou pelos Correios.

Estão abertas as inscrições para o ano letivo 2023 da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Sesc Pernambuco. Ao todo, a instituição oferta 565 vagas, distribuídas entre as 12 unidades do Estado. Os interessados precisam ter idade mínima de 15 anos para Ensino Fundamental e 18 anos para Ensino Médio. As aulas, que são gratuitas, estão previstas para o dia 6 de fevereiro de 2023.

As oportunidades são oferecidas nas unidades de Arcoverde, Araripina e Bodocó, no Sertão; Belo Jardim, Buíque, Caruaru, Garanhuns e Surubim, no Agreste; Goiana, na Zona da Mata Norte; Piedade, Santo Amaro, no centro do Recife, e São Lourenço da Mata.

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Para o processo de matrícula presencial são exigidos os seguintes documentos: RG, CPF, Histórico Escolar, caso já tenha estudado anteriormente, comprovante de residência e foto 3x4. Em caso de estudante menor de idade, é necessário estar acompanhado de um responsável.

Confira a distribuição das vagas e locais de inscrições:

Sesc Ler Araripina (50 vagas) – Rua Vereador José Barreto de Alencar, s/n – Centro Informações: (87) 3873-0812/ 3090

Sesc Arcoverde (50 vagas) – Av. Cap. Arlindo Pacheco de Albuquerque, 364 – Centro Informações: (87) 3821-0864

Sesc Ler Belo Jardim (50 vagas) – Av. Pedro Leite Cavalcanti, s/n – Cohab II Informações: (81) 3726-1576

Sesc Ler Bodocó (40 vagas) – Rua Luzia Couto Lóssio de Alencar, s/n – São Francisco Informações: (87) 3878-1724

Sesc Ler Buíque (45 vagas) – Rua Projetada, s/n – Frei Damião Informações: (87) 3855-2230

Sesc Caruaru (40 vagas) – Av. Rui Limeira Rosal, s/n – Petrópolis Informações: (81) 3721-3967

Sesc Garanhuns (60 vagas) – Rua Manoel Clemente, 136 – Centro Informações: (87) 3761-2658

Sesc Ler Goiana (50 vagas) – Rua do Arame, s/n – Centro Informações: (81) 3626-5961

Sesc Piedade (50 vagas) – Rua Goiana, s/n – Piedade, Jaboatão dos Guararapes Informações: (81) 3361-2275/6465/0097

Sesc Santo Amaro (40 vagas) – Praça do Campo Santo, s/nº – Santo Amaro, Recife Informações: (81) 3216-1713/1714/1715

Sesc Ler São Lourenço da Mata (40 vagas) – Av. das Pêras, 56 –Tiúma Informações: (81) 3525-9033

Sesc Ler Surubim (50 vagas) – Rua Frei Ibiapina, s/n – São José Informações: (81) 3634-5280

Nesta semana, a Prefeitura de Guarulhos abriu as inscrições do EJA - Educação de Jovens e Adultos para o primeiro semestre de 2023 nas escolas da rede municipal, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. 

O cadastro pode ser feito até o dia 29 de novembro online ou presencialmente. 

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Para se inscrever, é necessário apresentar o RG ou certidão de nascimento, comprovante de residência e menores de 18 anos, o RG do responsável legal no site do Portal da Secretaria de Educação de Guarulhos ou então, comparecer em uma das 27 escolas-polo EJA do município

As aulas serão realizadas durante o período da noite. O EJA é destinado para jovens e adultos a partir dos 15 anos, ou que completem a idade até o dia 31 de dezembro de 2022.

Serviço - EJA 2023 Guarulhos 

Inscrições até 29 de novembro

Endereço das escolas: https://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/siseduc/portal/site/listar/categoria/52/

Cadastro online: https://guarulhosportal.gier.com.br/index.html

A Teltec Solutions, empresa especializada em consultorias e serviços especializados de T.I, está oferecendo bolsas de estudo no modelo Educação para Jovens e Adultos (EJA) para atuação em Guarulhos, São Paulo.

 As oportunidades são voltadas para pessoas acima de 18 anos que não se formaram no ensino médio.

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A iniciativa é realizada através da associação sem fins lucrativos da ENIAC, o Innovation Incentivo e Desenvolvimento para Formação Cultural e Profissional, que realiza o programa ENIAC Ensino Médio para Todos, com o objetivo de transformar a vida de mais de 5 mil participantes, através da educação e suporte ao emprego e ao empreendedorismo. 

O ENIAC Colégio de Informática ainda conta com o acompanhamento do Network Operation Center (NOC) da Teltec Solutions, que funciona em qualquer horário, todos os dias da semana, e atende aos chamados da equipe de TI, que recebe feedbacks do NOC sobre a utilização das duas nuvens, contribuindo para o bom funcionamento e prevenindo indisponibilidades.  

Para participar do processo seletivo, os interessados devem se inscrever no site.

Por volta das 18h30, os primeiros alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) chegam na Escola Municipal São Cristóvão, localizada no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife. Antes de ocuparem as salas de aula, a primeira refeição é servida - melão, pão e café é o cardápio da vez. Entre os estudantes está Isaura Domingos Ferreira da Silva, de 60 anos.

À reportagem do LeiaJá, Isaura relata que nunca frequentou uma escola sob a condição de estudante, tampouco os irmãos. "Meu pai nunca me deixou estudar. Eram 12 filhos que ele tinha e nenhum estudou, porque ele não deixava, muito por causa do preconceito. Ele dizia que mulher não era para estudar, só era para fazer menino e cuidar de casa", disse.

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Aos 17 anos, ela deixou a cidade de João Alfredo, agreste pernambucano, para morar no Recife com o marido. Com as demandas da casa e dos dois filhos, Isaura não tinha tempo para os estudos. No entanto, ela reforça que fez questão que as crianças recebessem a educação escolar. Toda a formação básica deles, segundo Isaura, foi em instituições públicas.

"Eles nunca estudaram em [escola] particular, sempre foi a pública mesmo e eles tiveram um ensino muito bom", ressalta. Como mãe, ela viu os dois filhos ingressarem no ensino superior. "Meu mais velho estudava direito na UFPE. Ele estava perto de se formar quando foi assassinado". Isaura relembra que durante a formação acadêmica do filho, ele trazia sempre livros de história e que o sonho dele era vê-la alfabetizada.

"Meu filho sempre trazia livro pare me incentivar e ele dizia que o sonho da vida dele era me ver lendo e escrevendo. Quando ele morreu, ele foi assassinado durante um assalto ao ônibus que trazia os estudantes. Um colega reagiu e, como meu filho era militar, sobrou para ele."

Após cinco anos do falecimento dele, Isaura conseguiu se matricular na escola perto de casa, local onde também tem um comércio. "Meu comércio deixou de ser pequeno e eu tive que ir na Receita Federal assinar para mudar de microempresária para empresária. Lá, eu consegui assinar o meu nome completo", ressalta, orgulhosa.

A agora empresária, que não costuma faltar as aulas, não pensa em parar os estudos ao finalizar o ciclo da EJA e já traça planos para os próximos anos. "Eu já disse ao meu esposo que eu só saio daqui quando disserem que não tenho mais nada para estudar. Aí eu vou para o Tomé [outra escola]. Não vou parar não", conta.

Ao ser questionada sobre a possiblidade de realizar um curso superior, Isaura comenta que “está precisando” por conta do negócio. “Quem sabe um dia. Quem sabe, porque estou precisando por causa da minha casa de ração. Eu sei que se o meu filho estivesse vivo, eu teria subido mais uns degraus.”

Isaura Domingos Ferreira da Silva, de 60 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

As questões familiares também afastaram Rita de Cássia Moraes, de 68 anos, da escola. Diferente de Isaura, Rita chegou a iniciar os estudos, mas abandonou quando tinha por volta dos 30 anos. Na escola, ela aprendeu a reconhecer as palavras e afirma que consegue ler bem, no entanto, escrever ainda é uma dificuldade. 

"Antes de começar aqui [Escola Municipal São Cristóvão], eu já reconhecia as letras, as palavras, conseguia escrever meu nome, mas eu sei mais ler do que escrever", confessa. Após o período mais crítico da pandemia da Covid-19, Rita de Cássia, que está aposentada, voltou presencialmente à sala de aula.

Com o avançar da idade, alguns problemas de saúde e mobilidade, Rita pensa em não dar seguimento aos estudos. "Eu estou pensando em ficar [na escola] só esse ano porque minha condição. Não dá mais pra minha idade, mesmo para o ano que vem", explica. A aposentada falou para a reportagem que tentou uma instituição próximo de onde mora, mas não há oferta da EJA. 

Rita de Cássia Moraes, de 68 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

No passos de Paulo Freire

À frente da turma está a pedagoga Carolina Vejarano, que há dois anos trabalha com a Educação de Jovens e Adultos. Com experiência com alfabetização de crianças e adolescentes, Carolina aponta que sua principal inspiração é Paulo Freire. "Se existe um muso de inspirador para isso, tem nome e sobrenome: Paulo Freire. Existe um muso inspirador e é ele. Assim, eu sempre gostei de alfabetizar e sempre foi minha praia."

Respeitando as particularidades dos alunos, a professora frisa que a chegada à EJA encontrou uma realidade diferente. "Vi adultos que não tiveram a oportunidade de estudar porque a vida não permitiu, porque os pais não deixaram. Então, eu tento  trazer situações que sejam da vida deles, do cotidiano deles."

O trabalho de Carolina vai muito além das questões conteudísticas e passa, por exemplo, pelo resgate da autoestima dos estudantes. "A gente não está lidando com uma turma normal, a gente está lidando com pessoas que vêm cansadas do trabalho, que vêm cansadas das obrigações de casa, que vêm com autoestima baixa porque a maioria delas não teve oportunidade. Elas estão aqui porque não tiveram oportunidade. Então, elas acreditam muito que não são capazes", expõe. 

 Carolina Vejarano. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

"Para eles perceberem que as dificuldades que eles têm nada mais são do que questões relacionadas a pouca escolaridade que não tiveram, eu sempre falo com eles assim: eu alfabetizei muita criança e as crianças têm uma coisa que vocês não têm que é a rapidez. Criança pega tudo muito rápido, mas, o que que vocês têm, em relação a criança, que é vantajoso pra vocês? Vocês têm repertório de mundo. Então, vocês têm todo um repertório de vida que ninguém tira. Vocês conseguem ver as coisas de uma forma que a criança não vê. Então, essa é a parte que vocês têm a favor."

A Prefeitura Municipal de Casinhas, em Pernambuco, através da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, anunciou a realização de um processo seletivo simplificado, que tem como objetivo a contratação de professores para atuarem na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para participar, é necessário possuir certificado de conclusão de ensino médio ou graduação; ter no mínimo 18 anos, entre outros requisitos. Os profissionais contratados receberão remuneração mensal de R$ 1212,00 para jornada de trabalho de 150 horas mensais.

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As inscrições são gratuitas e podem ser feitas presencialmente na Secretaria de Educação do município, ou por meio de procuração, até o dia 8 de setembro. O endereço é Praça Nossa Senhora das Dores, nº 31, CEP 55755-000. O atendimento funciona das 8h às 14h.

A seleção dos será realizada através de Análise da experiência profissional e análise de títulos. Já a contratação será temporária, com validade até 31 de dezembro de 2022.

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2022 foi aplicado no último domingo (28) em todo o Brasil. A avaliação é destinada a  jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade apropriada para cada etapa de ensino.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 547 mil pessoas realizaram as provas. No total, foram mais de 1 milhão e 600 mil inscrições, sendo 308.648 (18,4%) em busca da certificação do ensino fundamental e 1.374.882 (81,6%) do ensino médio. 

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Para os participantes de nível fundamental, foram aplicadas avaliações nas disciplinas de ciências naturais; matemática; língua portuguesa; língua estrangeira moderna; artes; educação física; história e geografia. Além disso, também escreveram uma redação com o tema  “O papel da tradição oral na preservação da cultura no Brasil”. Já para o ensino médio, as matérias foram ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias e uma redação, com o tema  “Desafios da indústria da moda para a preservação do meio ambiente”.

Reaplicação

Os candidatos que tiveram problemas logísticos ou que apresentaram sintomas de doenças infectocontagiosas na véspera da aplicação, ainda poderão fazer a prova do Encceja 2022. De acordo com o Inep, a instituição receberá os pedidos de reaplicação até a próxima sexta-feira (2).As solicitações devem ser feitas por meio do Sistema Encceja, no qual será necessário inserir um documento legível que comprove o motivo da ausência.

O Serviço Social do Comércio (SESC) anunciou a abertura de 326 vagas gratuitas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Pernambuco, com oportunidades para alfabetização, anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. 

As vagas estão distribuídas em dez escolas do Sesc no estado: Araripina, Belo Jardim, Buíque, Caruaru, Garanhuns, Goiana, Piedade, Santo Amaro, São Lourenço da Mata e Surubim. As aulas são realizadas no turno da noite, exceto em Piedade, que também oferece turmas pela manhã. 

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 As unidades já iniciaram o período letivo, mas é possível fazer o ingresso de novos estudantes até o próximo dia 05 de agosto. O requisito para ingressar no Ensino fundamental é possuir, no mínimo, 15 anos; e 18 anos para o Ensino Médio.  

 Para se inscrever, é necessário comparecer na unidade de ensino escolhida com a comprovação de renda familiar de até três salários-mínimos; além de documentos como CPF, RG, comprovante de residência, foto 3x4, histórico escolar ou declaração provisória. Quem vai se matricular na alfabetização não precisa apresentar os dois últimos documentos. 

“É um caminho para incluir ou reinserir as pessoas na sala de aula, ofertando não apenas o ensino, mas proporcionando a elas a socialização, troca de vivências, desenvolvimento de um projeto de vida e sua entrada no mercado de trabalho”, comenta Ana Freire, gerente regional de Educação do Sesc Pernambuco. Mesmo com a redução do tempo de duração das turmas, a matriz de ensino está ancorada às áreas de conhecimentos estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e em sintonia com o ensino regular. 

 

 

A educação e alfabetização de jovens e adultos é um grande desafio para o Brasil. Segundo dados da Unesco, atualmente existem 12 milhões de analfabetos, sendo a maioria com idade acima de 15 anos e, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mais da metade da população brasileira acima dos 25 anos não concluiu o ensino básico, chegando à marca de 51,2% (ou 69,5 milhões de pessoas).

Para combater esses dados alarmantes, existem políticas públicas que são mais do que ações governamentais, são formas de mudar a vida de milhares de pessoas. A modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA), criada pelo Governo Federal no ano de 2007 é uma dessas ações que têm como objetivo principal alfabetizar e formar jovens e adultos com mais de 15 anos.   

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“A educação de jovens e adultos é definida como uma modalidade voltada para todas as pessoas que não tiveram acesso aos estudos na idade própria. O retorno dessas pessoas à educação traz esse resgate do processo de escolarização, mas também permite uma série de avanços que estão atrelados a esse processo”, destaca Diego Felix, chefe da Unidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE).  

De acordo com Diego, a busca pela educação não vem apenas pela necessidade de ingressar no mercado de trabalho, mas também pelo cotidiano, pela rotina com a família e o desejo de conclusão da educação básica.  

“Ofertar o EJA é uma forma do Estado reparar dívidas históricas com essa população. Na população brasileira existe um contingente muito grande de pessoas que tiveram sua trajetória escolar interrompida. Hoje, a educação de jovens e adultos permite essa retomada e também a continuidade”, finaliza Diego.  

Histórias que inspiram

Dona Nair Gomes, de 72 anos, começou a trabalhar aos seis anos de idade, em hortas e devido à falta de oportunidade durante a sua infância e adolescência, não conseguiu concluir os estudos no tempo correto.  

Aos 19 anos de idade, se mudou para o Rio de Janeiro com seu primeiro marido e, mesmo após a mudança, não teve oportunidade voltar à escola. Além de cuidar dos filhos e da casa, ela precisou lidar com um relacionamento abusivo no qual a fez tomar a decisão de voltar para Recife, sozinha e sem o amparo de familiares e amigos.  

Dona Nair encontrou na escola um lugar de acolhimento e amor (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Quando completou 70 anos, Nair decidiu retomar seus estudos como forma de “ocupar a mente” e foi a partir dessa escolha que a estudante encontrou motivos para continuar sorrindo. Desde então, ela vem ensinando a todos que, independentemente da história de vida e idade, nunca é tarde demais para alcançar os seus sonhos.

Hoje, um dos maiores desafios da dona Nair é aprender a conviver com o mal de Parkinson, mesmo diante da sua situação, isso nunca a impediu de frequentar diariamente as aulas e participar das atividades da escola.

“A educação que eu procurei me ajudou a viver e na escola tenho aprendido com o amor de todos, do pequeno ao grande, do servente aos diretores, que ninguém é melhor do que ninguém”, conta Nair. 

Para o estudante José Henrique, a educação foi um marco muito importante na sua vida pessoal e profissional. Alfabetizado aos 12 anos de idade, através do EJA, José encontrou nos estudos a oportunidade para conquistar o seu sonho de se tornar um jornalista.  

Durante a sua infância, José afirma que não era um “aluno modelo” e muitas vezes faltava às aulas, sem levar os estudos a sério. Foi com ajuda da sua professora que o estudante buscou se dedicar à escola.  

José Henrique sonha em se tornar um jornalista (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Atualmente, o jovem é conhecido como “repórter do Ibura”, por levar notícias do bairro para os moradores, através das suas redes sociais. Mesmo diante das dificuldades financeiras, Henrique espera ingressar na universidade para garantir a sua formação na área.  

“Eu olhava a televisão e não perdia um programa, todos os dias acordava às cinco horas da manhã e ficava até de noite assistindo as notícias. Eu ficava me perguntando como era segurar um microfone ou uma câmera”, conta José.

Segundo a diretora da Escola Municipal Dois Rios, Carla Ferreira, a educação de jovens e adultos resgata a história daqueles que não tiveram oportunidade de estudar.  

“Nós percebemos que esses estudantes chegam na escola com muita estranheza, então tentamos dinamizar as nossas atividades o máximo possível. É importante, porque traz um novo significado de vida para essas pessoas que já têm tantas experiências”, explica Carla.

Cog Alfabetiza 

“Dentro do nosso pilar social da escola, o Cog Social, inserimos o programa de alfabetização para adultos, o Cog Alfabetiza. Essa já era uma ideia antiga aqui na escola, atrasada por conta da pandemia, que conseguimos agora operacionalizar. Nada como, dentro desse nosso braço social, incluir mais um projeto que tenha como base a educação e a transformação na vida das pessoas, ainda mais sendo essas pessoas que moram no entorno da nossa instituição”, explica Gabriela Valente, gerente administrativa do Colégio Cognitivo.

O projeto Cog Alfabetiza, na unidade Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, já beneficiou vinte moradores da comunidade do Coqueiral. Segundo Gabriela, o objetivo é expandir para a unidade de Casa Forte com mais vinte alunos.  

Uma das estudantes, Raimunda da Silva, de 52 anos, é empregada doméstica e, devido à falta de oportunidade durante a sua infância e adolescência, cresceu sem saber ler e escrever. “O programa tem sido uma ótima experiência e tenho adorado a oportunidade que o colégio trouxe para minha comunidade”, conta Raimunda.  

De acordo com Raimunda, conciliar escola e trabalho tem sido um desafio. Devido a sua rotina de empregada doméstica, muitas vezes não consegue estudar como deseja, apenas no horário das aulas. Mesmo diante de dificuldades, a aluna não cogita abandonar os estudos.

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A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco está oferecendo mais de 19 mil vagas na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), para pessoas não concluíram os Ensino Fundamental e Médio na idade apropriada. As vagas estão distribuídas em todas as regiões do Estado. 

 O requisito para ingressar no Ensino Fundamental é ter idade mínima é de 15 anos, já para o Ensino Médio, é preciso ter 18 anos completos ou mais. 

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 As matrículas devem ser realizadas diretamente nas escolas que ofertam a modalidade. Para realizar a matrícula, o estudante deve ir à unidade de ensino com RG, CPF, duas fotos 3x4, comprovante de residência e de escolaridade, se possuir. 

As aulas do segundo semestre começam no dia 27 de julho.

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