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O projeto de lei (PL) 712/23, que congela os salários de professores da rede pública do estado sem contar com o reajuste do piso nacional, foi rejeitado, nesta quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O PL foi votado na Comissão de Finanças, onde perdeu de cinco votos a três, e na de Educação e Cultura, onde foi rejeitado por unanimidade. Apoiadores do projeto da governadora Raquel Lyra (PSDB) não compareceram à votação, tendo sido contados mais votos contrários à proposta. O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) esteve presente e celebrou o resultado. Segundo a presidente do sindicato, Ivete Caetano, é esperado que o governo do estado dialogue e apresente uma nova proposta que possa contemplar toda a categoria.

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Para que o PL seja revisto, será preciso haver, ao menos, dez assinaturas, para que ele seja recolocado em plenária. O deputado João Paulo (PT), relator da sessão, e que votou contra a aprovação, se diz favorável a um diálogo com o governo estadual. “Esperamos que o governo apresente uma proposta que possa contemplar toda categoria. E que abra um diálogo real, com escuta e contraproposta”, compartilhou em suas redes sociais.

O deputado Romero Albuquerque (União), também contrário ao PL, votou pela rejeição.

A deputada Dani Portela (PSOL) comemorou o resultado junto à categoria. “Além desse PL ter sido desenvolvido sem a participação e escuta ativa dessas e desses profissionais, a lei atuaria basicamente como uma punição à categoria. Sendo evidente que essa proposta é inaceitável, tendo em vista que na prática rasgaria totalmente o plano de cargos e carreiras”, comentou.

PL do piso

Segundo o relator da sessão, o ajuste e fixação salarial proposto no projeto de lei contemplaria apenas 32% dos professores do estado, deixando mais de 53 mil profissionais desassistidos do benefício. O texto completo da proposta está disponível no portal da Alepe.

Em nova assembleia, realizada nesta segunda-feira (12), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), os trabalhadores da educação da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco anunciaram estado de greve. Mais de 1,5 mil profissionais estiveram presentes e fortaleceram a Campanha Salarial Educacional 2023 pelo piso salarial dos professores.

"Decretamos estado de greve em toda rede estadual de ensino de Pernambuco contra o Projeto de Lei 712/2023, que exclui mais de 52 mil trabalhadores. É preciso aplicar o reajuste de 14,95% do Piso Salarial em todas as carreiras dos servidores da educação. Queremos que a governadora envie um novo projeto de lei para a Assembleia, contemplando toda a carreira", declarou Ivete Caetano, presidente do Sintepe.

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O Sintepe informou que irá divulgar uma agenda extensa de lutas como vigílias no Palácio do Campo das Princesas e conversas com deputados estaduais. Nos dias da votação do PL 712/2023, o Sindicato garante que irá lotar as galerias da Assembleia Legislativa.

A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou uma reunião extraordinária nessa quarta-feira (7). Os deputados do colegiado discutiram e aprovaram o Projeto de Lei Complementar (PLC) n° 712/2023, que atualiza em 14,95% o piso salarial dos professores da rede pública estadual.

A proposta assegura o pagamento de R$ 4.420,50 aos docentes que trabalham 200 horas mensais e R$ 3.315,41 àqueles com carga de 150 horas por mês. A proposição, acatada na Comissão de Justiça na última terça (6), é válida tanto para docentes do quadro permanente como para os contratados por tempo determinado. 

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O relator do projeto, deputado Renato Antunes (PL), destacou a importância do debate e explicou que a proposta aprovada não se trata de um aumento para a categoria, mas uma adequação de valores para os profissionais que ainda não recebem o piso nacional.

“Agora iremos discutir o mérito do projeto na Comissão de Educação. É um projeto polêmico, mas ele discute a adequação do piso dos professores na sua legalidade”, ressaltou o parlamentar.

*Do site da Alepe

Nesta sexta-feira (2), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) irá promover um protesto, a partir das 14h, na Arena de Pernambuco, durante o lançamento do programa Juntos pela Educação.

O ato, dos professores da rede estadual de ensino reivindica um reajuste de 14,95% no salário dos servidores.

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Além do protesto, os docentes também realizam uma paralisação das aulas até o próximo dia 6 de junho. A paralisação na Rede Estadual de Ensino ocorre da seguinte maneira:

- A partir das 10h em escolas de um turno (após a merenda dos estudantes)

- A partir das 12h em escolas de ensino integral (após o almoço dos estudantes).

Após a paralisação, professores e demais profissionais da educação farão mobilizações nos entornos das escolas entregando a Carta à Comunidade Escolar.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (SINTEPE) anunciou, nesta terça-feira (30), que haverá uma paralisação da classe entre os dias 2 e 6 de junho. Segundo o sindicato, o objetivo é dialogar com a população e apresentar suas reivindicações.

A categoria de professores já realizou uma paralisação anterior no dia 25 de maio, em que considera bem sucedida com mais de 700 mobilizações, segundo o sindicato.

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Os professores pedem pelo reajuste do piso salarial, previsto por lei, que é de 14,95% e rejeitam oferta dada pela governadora do estado, Raquel Lyra (PSB), por ser abaixo do piso exigido.

Edilson Tavares (MDB), prefeito de Toritama, município do agreste pernambucano, conseguiu aprovar, na Câmara Municipal, projeto de lei que prevê a mudança do Plano de Cargos e Carreiras dos professores da cidade. Agora, o PL segue para sanção do prefeito.

O projeto de lei enviado por Tavares prevê a retirada das colunas iniciais do plano, o magistério e o magistério com especialização, e coloca na base os profissionais com graduação em licenciatura plena.

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Para Allan Clemente, professor do município, o PL é um retrocesso e possui consequências de curto e de longo prazo para a classe. Em caso de reajuste, com quatro colunas ao invés de seis, sendo cada intervalo entre as matrizes de 10%, a classe perde um total de 21% de aumento.

Não só isso, Allan defende que o projeto “coloca um ‘piso imaginário’ que está muito acima do nacional, colocando na mão da prefeitura o direito de dar ou não pois, se passar, fica a critério deles [pagar], já que está ‘acima do piso’.”

“Isso é uma manobra contábil para parecer que já recebe acima, onde na verdade foram cortadas duas colunas da tabela”, declara o professor que está envolvido na luta contra o PL.

Eduardo Mendonça, professor e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caruaru e Região Agreste Central de Pernambuco, conta que os docentes do municípios estavam inquietos desde o início do ano, pois a prefeitura não deu respostas sobre o pagamento do reajuste do piso.

"No dia 26 de abril houve uma parada da classe na frente da Prefeitura Municipal para pedir pelo reajuste e, ainda no mês de abril, foi marcada uma reunião com a classe e a gestão para o dia 25 de maio, mas foi suspensa em cima da hora", afirma Eduardo.

Eduardo Mendonça e Allan Clemente destacam que o prefeito enviou o projeto de lei para câmara sem informar à categoria. Allan adiciona que só souberam do PL pela vereadora Rossana Ferreira (PSD).

“Não houve nenhuma justificativa. Não houve mesa de negociação sobre o projeto. Não teve nenhum professor informado. Se não fosse uma vereadora, que é professora, informar ao grupo de professores nós não teríamos sabido.”

“Retirar estas duas colunas da tabela de vencimento é um retrocesso, é inadmissível. Porque, para reajustar a tabela toda, vamos tirar um terço dela. De seis colunas, vão ficar só quatro. Isso vai fazer com que, cada vez mais, o professor que tem menos formação fique mais desestimulado a estudar”, completa o docente.

Após a primeira votação, que aconteceu no dia 26 de maio, a classe de professores do município organizou outra parada para acompanhar a segunda votação que aconteceu nesta quarta-feira, dia 31 de maio, em que o PL foi aprovado novamente.

Allan espera que tudo seja revisto e que os direitos dos profissionais de ensino não sejam afetados.

“Quando se fala de educação e de educadores, todos tem que dar as mãos. São os educadores que fazem o município crescer, que fazem o município sair de um lugar que lhe era peculiar, o lugar da ignorância e o colocam em um lugar de conhecimento”, finaliza.

Será promovida neste sábado (3), em parceria com a rede social TikTok, a ação ProfDigital, destinada a professores que desejam utilizar o mundo digital para desenvolver seu trabalho de forma mais dinâmica e conectada com os alunos. A iniciativa é idealizada pela plataforma educacional Acelere Educação.

Os interessados podem realizar as inscrições no site da Acelere, de forma gratuita. O evento contará com a professora e empresária Fernanda Pessoa, o responsável por conteúdos de educação e creators no TikTok Brasil, Diego Moreno, e o CEO da Viraliza Entretenimento, agência responsável por gerenciar a carreira de influenciadores digitais de sucesso nas redes sociais, Igor Beltrão.

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A palestra será ministrada no hotel Transamerica Prestige Beach Class Boa Viagem, localizado na Avenida Boa Viagem- 420, das 9h às 13h.

Aproximadamente um terço dos professores da educação básica sofre da síndrome de burnout, segundo estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Salários defasados, violência nas escolas e pressão por resultados estão entre os fatores que contribuem para a aumentar o estresse no exercício da docência.

A pesquisa avaliou 397 professores, de vários Estados, de colégios públicos e privados. "Professor lida com violência física e verbal na escola, falta de estrutura, sofre pressão da gestão escolar e da exigência dos pais", diz Raphaela Gonçalves, que conduziu o levantamento durante o mestrado em Ciências da Saúde.

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Ela, que atua como professora e tem licenciatura em Biologia e Pedagogia, ainda destaca a falta de valorização. "A baixa remuneração exige carga horária cada vez maior para se manter financeiramente, fora o acúmulo de função, tendo um papel de psicólogo, de assistente social e na família", diz.

No estudo, foi distribuído entre professores um formulário online, com três questionários. Um deles era sobre a prevalência de burnout, com 25 perguntas de quatro dimensões: esgotamento pessoal (exaustão não relacionada a aspectos laborais); burnout relacionado ao trabalho (exaustão e frustração ligadas ao trabalho); burnout ligado aos alunos (influência da relação professor-aluno no entusiasmo profissional); burnout relacionado aos colegas (sentimentos frente à equipe com a qual o profissional lida).

Após perguntas sobre cada variável (por exemplo "sente-se exausto logo pela manhã quando pensa em mais um dia de trabalho?"), o professor assinalava a frequência com que se identificava com a frase. O segundo formulário era sobre satisfação no trabalho, com 66 perguntas. Entre os tópicos, salário, responsabilidades, colegas, condições de trabalho e reconhecimento. O outro questionário era sobre dados sociodemográficos. Em 32,75% dos participantes, havia sinais de burnout.

HOMENS E MULHERES. Segundo a pesquisa, a prevalência dos sintomas de esgotamento entre homens e mulheres era parecida. "Não teve um mais afetado que o outro. Mas, quando cruzamos os dados, vimos que fatores demográficos e a satisfação no trabalho afetavam esses grupos de maneira distinta", diz Raphaela.

Segundo o estudo, maiores salários conferem diminuição das chances de esgotamento pessoal entre homens. Já para mulheres, quanto maior o salário, maior o risco de esgotamento. "Para ganhar mais, ela tem de trabalhar mais, sofre mais cobrança. Em casa, ela continua trabalhando. Para mulher, fatores positivos no trabalho a deixam mais propensa ao burnout."

O mesmo vale para as mães. Quanto maior o número de filhos, a mulher tem mais risco de esgotamento pessoal. Já no homem, o número de filhos é inversamente proporcional ao risco de desenvolver o transtorno. "Provavelmente para o homem, filho traz mais satisfação. Não que a mulher não se sinta realizada com os filhos, mas é um trabalho a mais, uma responsabilidade além."

Outro ponto que chama a atenção foi a maior satisfação entre professores da rede pública. "Pode ter a ver com o fato de que professores da rede pública entendem sua função como propósito, meio de mudança. É um pouco diferente do professor na rede particular, que tem cobrança muito maior. Os pais, como pagam pelo ensino, estão muito mais presentes e exigem mais."

‘MEDO ABSURDO’. Foi justamente a baixa satisfação com o emprego numa escola particular que levou Vanessa Paula Teixeira, de 47 anos, ao quadro de burnout há quase dez anos. A pedagoga, que atua na área há 20 anos, antes lecionava para pessoas com deficiência (PcD), mas aceitou ir para a rede privada pelo salário ser mais alto. "Foi a pior coisa que fiz. Tudo que eu ganhava gastava em remédio", relembra.

Segundo Vanessa, o esgotamento estava atrelado a fatores como pressão psicológica por parte da gestão e dos pais, prazos incompatíveis, sobrecarga e assédio moral. "Não conseguia dormir. Porque dormir significava virar o outro dia", diz. "Começava a dar o horário de ir trabalhar, me dava uma falta de ar que parecia que eu ia morrer. Era um medo absurdo do horário de estar naquele lugar", relata Vanessa, que também diz ter emagrecido por falta de apetite. Ela buscou auxílio de psicólogo e de psiquiatra e tomou remédios. Após dois anos, a escola a demitiu quando ela voltou de licença, justamente por questões de saúde mental. Vanessa então deixou de lado a educação por alguns anos e depois retornou como professora infantil na rede pública. "Hoje vivo em outra realidade."

Segundo a neuropsicóloga Carolina Garcia, que estuda a saúde mental na docência, entre os sintomas do burnout estão o desejo de se afastar do trabalho, pensamentos negativos sobre sua atuação e mudança no comportamento alimentar e do sono. O tratamento deve ter acompanhamento psicológico e psiquiátrico e, em muitas situações, é necessário afastamento do trabalho, no mínimo, por seis meses. "É difícil se recuperar no mesmo ambiente que a gente acabou adoecendo", pondera.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prefeitura de Petrolina-PE prorrogou as inscrições do concurso de professores para o curso de medicina da Faculdade de Petrolina. Os interessados podem se inscrever até o dia 5 de junho, no site da Facape.

O certame oferece 12 vagas para professores temporários. O valor da taxa de inscrição varia de R$ 80,00 a R$ 120,00 e os candidatos têm até esta sexta-feira (26) para solicitar a isenção do pagamento.

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A remuneração oferecida vai de R$ 1.352,68 a R$ 4.495,89 e os candidatos serão avaliados mediante avaliação didático-pedagógica e avaliação prática, ambas previstas para o dia 20 de junho.

De acordo com o edital uma porcentagem de vagas será reservada para pessoas com deficiência.

Professores da rede estadual de ensino realizaram uma assembleia em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta terça-feira (23), contrária ao Projeto de Lei PL 712/2023, de autoria do Poder Executivo estadual, que reajusta o Piso Salarial do Magistério para apenas cerca de 6 mil professores efetivos da Rede de Ensino de Pernambuco. Os mais de 200 educadores, presentes na reunião, pedem que a matéria seja retirada do regime de urgência da Assembleia Legislativa pernambucana.

Presente na manifestação, a deputada estadual Rosa Amorim (PT) garante que votará contra a PL e pede que a Governo de Pernambuco reabra as negociações.

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“O gesto que a gente precisa do Governo do Estado é que tire de caráter de urgência o Piso que o governo pretende passar aqui. Nós queremos ajudar na reabertura da mesa de negociação com a categoria”, disse.

Após um longo período de espera e pressão, 2.907 professores aprovados no concurso da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) foram nomeados nessa segunda-feira (22). Os nomes dos selecionados foram publicados na edição extra do Diário Oficial do Estado. De acordo com o cronograma divulgado pelo Governo de Pernambuco, a posse dos candidatos selecionados será até o dia 21 de junho e a previsão para que os novos servidores entrem em sala de aula é até 20 de julho.

“É com grande alegria que a gente anuncia, hoje, a nomeação de 2.907 professores e professoras que vão ocupar todas as regiões de Pernambuco na nossa rede estadual de ensino. Não foi fácil chegar até aqui. A gente pegou um Estado desorganizado, o orçamento sequer dava pra cobrir as despesas com o custeio da Educação. Pagamos mais de R$ 1 bilhão em débitos, mas conseguimos fazer agora esse importante anúncio para os pernambucanos”, destacou a governadora Raquel Lyra.

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O que os professores nomeados precisam apresentar?

Para assumir os cargos, os candidatos aprovados devem apresentar documentação e exames exigidos e anunciados pelas secretarias de Educação e Administração de Pernambuco. A lista inclui, por exemplo, o cartão de vacina contra Covid-19.

Confira, a seguir, todos os exames como requisito admissional:

-Hemograma Completo com Plaquetas;

- Glicemia de jejum;

- Hemoglobina glicada;

- Colesterol Total e frações;

- Triglicerídeos;

- Ureia;

- Creatinina;

- Urina tipo 1 com sedimentos (EAS);

- Ácido úrico;

- Hepatograma (TGO+TGP);

- VDRL;

- Anti-Hbs;

- HBsAg;

- Anti-HBc Total;

- Anti-HCV

Todos os exames solicitados devem ter validade de 90 dias. Além disso, aprovados com mais de 40 anos também devem apresentar parecer cardiológico com eletrocardiograma (ECG).

Na manhã desta segunda-feira (22), profissionais da Educação de Pernambuco acuparam a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) durante audiência pública para tentar barrar a aprovação do PL 712/2023. O Projeto de Lei reajusta o Piso Salarial do Magistério para apenas cerca de 6 mil professores e professoras efetivos que estão abaixo do índice.

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Profissionais pedem à governadora Raquel Lyra o pagamento do reajuste do piso em 14,95%. Foto: Péricles Chagas/Sintepe

A normativa é rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), que coordena as ações de negociação entre a categoria e o Governo de Pernambuco. O sindicato defende o reajuste de 15,95%, porcentagem que é estipulada por lei federal. 

"Da maneira que está, o PL 712/2023 vai cometer diversas injustiças, uma delas, é igualar salários de servidores que têm mestrado e doutorado e mais tempo em sala de aula, com salários de servidores em início de carreira", frisa o Sintepe.

A partir das 16h, desta terça-feira (16), professores da rede estadual de ensino de Pernambuco, organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), realizam ato pelo reajuste do Piso Salarial do Magistério de 14,95% em toda a categoria, na Praça do Derby, área central do Recife. 

Na última mesa de negociação, a categoria rejeitou a proposta da governadora RaqueL Lyra (PSDB). A oferta do Governo de Pernambuco foi que a atualização dos valores fosse apenas destinada aos professores que se encontram abaixo do valor estipulado para 2023, que é de R$ 4.420,50.

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De acordo com o Sintepe, a propota contemplaria apenas 6,2 mil docentes, deixando de fora do reajuste mais de 52 mil professores efetivos, aposentados, administrativos e analistas. Além disso, a organização sindical aponta que o que foi lançado pela gestão estadual divide os profissionais da Educação.

 

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), sancionou o reajuste salarial e abono complementar dos professores da rede municipal ensino. O aumento para a cetegoria, negociado com o Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere), foi publicado no Diário Oficial da última terça-feira (11).

No entanto, o valor integral, ou seja, 14,95%, que é previsto por lei federal, será apenas direcionado a docentes que estão na base das faixas salariais. Os profisisonais que não se enquadram nessa categoria, terão um aumento inferior acrescido do abono, que será calculado com base nas horas trabalhadas em março de 2022 e multiplicado pelos valores estipulados na tabela diponibilizada pela gestão municipal.

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De acordo com o texto sancionado, o abono complementar será concedido de "uma única vez, na folha de pagamento". Entretanto, o repasse desse valor será de forma fracionada entre os meses de julho e dezembro de 2023.

Professores da rede estadual de ensino de Pernambuco rejeitaram proposta de reajuste salarial ofertada pelo governo do Estado. A decisão da categoria, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), foi tomada durante assembleia geral na manhã desta terça-feira (9). Os profissionais realizaram ato na área central do Recife. 

A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, afirma que a proposta da governadora Raquel Lyra (PSDB) contempla apenas parte dos trabalhadores da Educação. Para o Sindicato, essa proposta é uma forma de dividir a categoria. "Não venha o Governo com a proposta para A, sem a proposta para B, C e D. Ninguém vai aceitar proposta dividindo a categoria. Ou é para todo mundo, ou é para ninguém. Isso é uma posição política, um posicionamento político para o governo", ressalta Ivete.

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Mantendo o calendário de lutas, o Sintepe promoverá ações para que o reajuste de 14,95%, previsto por lei federal, seja cumprido. Sobre a possibilidade de greve, Ivete Caetano salienta que isso dependerá da governadora de Pernambuco. "É ela quem vai decidir se vai nos empurrar para uma greve, ou não. Vamos usar todos os nossos recursos de mobilização, para ninguém dizer que não demos opções para a governadora".

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A Prefeitura de Salvador, capital da Bahia, divulgou, nesta segunda-feira (8), o início de um pacote de ações e investimentos voltados à educação pública do município, com foco na alfabetização, cuidado e formação. O projeto conta com um aumento nos profissionais para auxiliar na alfabetização, aumento de veículos e agentes integrantes da ronda escolar, além da criação de um centro de formação para professores.

A iniciativa ainda prevê a contratação de 40 psicólogos e desenvolvimento de estratégias para disponibilizar assistência emocional aos educadores. A construção do centro de formação de educadores irá focar na qualificação continuada a professores, coordenadores pedagógicos, gestores, chefes de secretaria e demais profissionais da educação.

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O projeto também trabalha para atualizar o material da rede municipal para alfabetização na idade certa, com inovações do projeto Conectividade e Educação Digital e aquisição de material específico para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) convocou a categoria para mais dois dias de paralisação em toda a rede estadual de ensino, nestas segunda e terça-feira, 8 e 9 de maio. O movimento faz parte da Campanha Salarial Educacional 2023 e exige do Governo do Estado o reajuste do Piso Salarial do Magistério - que em 2023 é de 14,95% - em toda a carreira da educação pública estadual.

O Sindicato realiza uma verdadeira Jornada de Lutas nesta semana, com paralisação de toda a rede estadual segunda e terça-feira (8 e 9 de maio). Na mesma segunda (8), haverá a Vigília da Educação, um protesto em frente à SAD (Secretaria de Administração), na Avenida Antonio de Goes, entre às 15h e 18h, para dar apoio à Comissão de Negociação do Sindicato que estará reunida com o Governo. Na terça (9), às 9h, o Sindicato realiza uma Assembleia Geral para discutir os termos da negociação com o Governo. 

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Nas quarta e quinta-feira (10 e 11), o Sintepe participa de um Seminário com demais sindicatos da educação pública para tratar do monitoramento do uso dos recursos do Fundeb. Já na sexta-feira (12), às 14h, no Auditório G2, da Unicap, realizará mais um debate sobre a Antirreforma do Novo Ensino Médio, lançando o Comitê contra a Antirreforma do NEM. A atividade contará com a presença da senadora Teresa Leitão (PT/PE) e do presidente da CNTE, Heleno Araújo. 

HISTÓRICO

Ainda na segunda rodada de negociações entre Sindicato e Governo, ocorrida no dia 14 de abril, a Secretaria de Educação propôs reajustar o Piso Salarial do Magistério apenas para aqueles professores e professoras que estão abaixo do valor (R$ 4.420,55), o que atingiria uma mínima parte dos professores concursados e que estão em sala de aula há mais tempo. Mesmo assim, o reajuste só viria em parcelas a partir de outubro. Aposentados e funcionários da Secretaria de Educação ficaram de fora. A proposta do Governo foi rechaçada em assembleia da categoria no mesmo dia.

O Sindicato também tem feito uma intensa campanha nas redes sociais, nas escolas e com um outdoor móvel cujas frases de impacto são "Governadora, já passou da hora! Pague o reajuste do Piso na Carreira da Educação". A mídia ambulante está percorrendo as principais avenidas das cidades na Região Metropolitana do Recife. 

REPOSIÇÃO DAS AULAS

O Sindicato esclarece que a reposição das aulas dos dias de paralisação "é um direito do estudante que deve ser garantido pelo governo e só acontecerá se não houver o desconto das faltas". O Sintepe também afirma que o calendário de reposição das aulas faz parte das discussões da Mesa de Negociação, o que geralmente entra no acordo final firmado entre Sindicato e Governo. 

AGENDA DE MOBILIZAÇÕES

8 e 9 de Maio - PARALISAÇÃO DA REDE ESTADUAL

8 de Maio das 15h às 18h, em frente à SAD - VIGÍLIA DA EDUCAÇÃO

9 de Maio, às 9h, no Teatro Boa Vista (Recife) - ASSEMBLEIA GERAL

10 e 11 de Maio, auditório do Sindserpe -  II SEMINÁRIO DO FÓRUM DOS SINDICATOS DA EDUCAÇÃO SOBRE FISCALIZAÇÃO DO FUNDEB

12 de Maio, às 14h, auditório G2 da Unicap (Recife) - DEBATE SOBRE A REVOGAÇÃO DA ANTIRREFORMA DO ENSINO MÉDIO

12 de Maio, às 14h, auditório G2 da Unicap (Recife) - LANÇAMENTO DO COMITÊ PELA REVOGAÇÃO DA ANTIRREFORMA DO ENSINO MÉDIO

Da assessoria

Professores da rede estadual de Pernambuco precisam atualizar o cadastro profissional junto à Secretaria de Educação e Esportes do Estado (SEE). A medida, publicada na edição do Diário Oficial desta quarta-feira (3), deve ser feita até a data de finalização do processo para que os profissionais não tenham os redimentos bloqueados.

Além disso, a determinação faz parte de um levantamento, realizado pela SEE e Governo de Pernambuco, para fins de alocar os canditados aprovados no concurso público da secretaria, realizado em 2022, que aguardam há meses a convocação.

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A atualização do cadastro dos professores (ativos, efetivos, contratados, afastados e licenciados) deve ser feita através de formulário eletrônico entre os dias 3 e 16 de maio. Os docentes que não realizarem o procedimento serão notificados por e-mail ou telegrama para realizá-lo em um novo prazo. Desta vez, de 20 a 26 de maio.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) abriu oportunidades para o processo seletivo do Programa de Capacitação Docente em Direito e Economia para professores universitários da área de direito. Ao todo, são oferecidas 40 vagas para programa de mestrado, doutorado e pesquisa da FGV do Rio de Janeiro.

A capacitação é gratuita e terá carga horária total de 30 horas/aula, que serão ministradas de forma on-line, distribuídas em dez disciplinas com carga horária de quatro horas/aula cada. Os encontros serão realizados via Plataforma Zoom, ao longo de cinco semanas, do dia 25 de julho ao dia 24 de agosto, às terças e quintas-feiras, das 19h às 22h.

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De acordo com o edital de abertura, as aulas, terão como temas: Princípios da Análise de Direito e Economia, Questões e Política de Macroeconomia, Teoria da Decisão e Teoria dos Jogos — princípios básicos, Empresas, consumidores e mercados — fundamentos microeconômicos, Defesa da concorrência e do consumidor, Direito e Economia do Crime, Fundamentos da Regulação de Novas Tecnologias, O papel do crédito no desenvolvimento econômico e social do país, Instituições financeiras e sua regulação e Fintechs e seus aspectos regulatórios.

As inscrições são realizadas até o dia 12 de junho pelo e-mail dej.direitorio@fgv.br.

Pelo menos 71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho, mostrou um levantamento feito pelo instituto de pesquisa Ipec, encomendado por entidades como Todos Pela Educação, Itaú Social, Instituto Península e Profissão Docente. O levantamento foi realizado com 6.775 professores de escolas públicas (municipais e estaduais) de todo o país, entre julho e dezembro de 2022.

“Outro aspecto que nos chamou atenção é uma opinião [dos professores] de que a gestão educacional deveria priorizar, nos próximos dois anos, o apoio psicológico a estudantes e docentes”, afirma a pesquisadora Esmeralda Macana, especialista em desenvolvimento e soluções do Itaú Social.

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O apoio psicológico está no topo das preocupações dos professores, entre dez medidas relacionadas pela pesquisa. Essa necessidade é lembrada por 18% dos pesquisados e fica à frente de aumento no salário dos profissionais (17%).

Chamar atenção

Esmeralda Macana avalia que o cenário é muito complicado nesse período de pós-pandemia. “Estamos nesse desafio de dar conta de recuperar essa aprendizagem e poder engajar os estudantes em todo o processo”.

 A pesquisadora em desenvolvimento humano explica que os professores também sinalizaram que um dos problemas que enfrentam é o desinteresse dos estudantes pela escola. Esse problema foi apontado por 31% dos professores consultados. Para 28%, outra questão é a defasagem na aprendizagem dos alunos.

Segundo a pesquisadora, esse cenário deve permanecer por um tempo em função do impacto das crises sanitária e social. “Isso gera necessidade de inovar as estratégias pedagógicas para acelerar o processo de aprendizagem”. 

Uma questão é que estudantes voltaram para o ensino presencial com dificuldades de alfabetização, e também em temas da língua portuguesa e matemática.

Risco de desânimo

Nesse contexto, as dificuldades com os conteúdos acabam desanimando os estudantes ao não conseguir acompanhar as aulas. “Eles [os alunos] também se sentem sobrecarregados e estressados, assim como os professores, tentando inovar, priorizar o currículo e buscar outras formas de motivação e de engajamento”, diz Esmeralda Macana.

A especialista defende que a gestão educacional precisa considerar a necessidade de fortalecer a formação continuada dos professores. “Parte da [ideia e sentimento de] desvalorização se dá pelo docente se sentir sozinho lidando com desafios muito grandes e complexos”.

A pesquisadora observa que, de acordo com pesquisas, as famílias de estudantes da rede pública valorizam ainda mais o trabalho do professor depois da pandemia. “As famílias também perceberam quão difícil e desafiador é o trabalho dos professores”. Mesmo com as dificuldades, os pesquisados entendem que a profissão é gratificante. “Nove em cada dez docentes escolheriam ser professores novamente”.

Segundo o levantamento, 84% dos professores concordam que cursos presenciais formam profissionais mais bem preparados para o início da profissão.

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