Prova de filosofia do SSA traz questões dúbias

Segundo o professor Fábio Medeiros, as questões 40 e 41 estão com alternativas erradas

por Carlos Alberto Prado dom, 11/11/2012 - 16:54

A prova de filosofia, diferente da de matemática, exigiu do fera apenas o conteúdo anunciado no programa: lógica; liberdade; ética; política, cidadania e democracia. Como era esperado pelo professor Fábio Medeiros, do BJ Colégio e Curso, a prova não trouxe novidades, apresentou um formato já conhecido dentro dos moldes da UPE e ainda veio com um visual mais leve, com vários textos introdutórios, imagens diversas e até de uma charge aos temas retirados de obras conhecidas no cenário filosófico.

Mas o professor faz uma ressalva. É preciso reavaliar duas questões que podem ser anuladas: a 40 e a 41. Segundo Fábio, a questão 40 não traz opções corretas para marcação.

“Deve ter sido muito difícil para o fera responder essa questão, por não haver opção correta. No gabarito divulgado ele apresenta letra D, entretanto, a afirmativa I diz: “A consciência moral pode ser concebida como inata. Supõe-se nesse caso que, pelo mero fato de existir, todos os homens possuem uma consciência moral, num sentido análogo ao que se considera que têm certos princípios intelectuais””, afirma o professor.

Entretanto, ele completa, “a consciência moral é inata ou é cultural? Aqui há um erro filosófico. Como ficam os outros termos como, por exemplo, a amoralidade?”, comenta.

A questão 41, na avaliação do professor, é dúbia, tem como gabarito a alternativa A, mas deveria ser anulada já que a correta seria a letra D. “Não é uma questão tranquila para o fera, pois ela diz que, “o ato de participar é uma condição imposta pela política da qual não podemos escapar. Quem pensa que escapa, está iludindo a si mesmo”, mas no Brasil a participação política, em relação as eleições é uma exigência imposta à participação do cidadão, imposta pela política. Portanto acredito que a questão apresenta uma dubiedade”.

O professor lamenta que as questões afirmativas coloquem em cheque a própria qualidade da prova. “É preciso evitar as dubiedades, por mais que filosofia seja cheias de muitas possibilidades”, completa o professor.

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