Proibição de concursos pelo Governo pode afetar cursinhos

Segundo vice-diretor do Nuce Preparatórios, Cícero Roseno, “a notícia é péssima, de imediato”

por Nathan Santos seg, 14/09/2015 - 18:39

A notícia de que o Governo Federal decidiu proibir a realização de concursos públicos em 2016 pegou muita gente de surpresa, principalmente os concurseiros. A medida pretende reduzir gastos no orçamento do próximo ano. De acordo com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a não realização de certames fará os cofres públicos economizarem R$ 1,5 bilhão. Para os cursinhos preparatórios, em um primeiro momento, a informação é muito negativa.

Segundo o vice-diretor do Nuce Concursos, preparatório de forte atuação no Recife, Cícero Roseno, “a notícia é péssima, de imediato”. “Gera um impacto negativo. Quem não conhece concurso público de fato vai se distanciar e essa notícia pode diminuir o interesse desse público”, complementou Roseno. Já em relação às pessoas que estão se preparando para os certames, o vice-diretor do Nuce acredita que existem outras opções para o ingresso em vagas públicas.

Para Cícero Roseno, processos seletivos menores, como os de origem municipal, são boas alternativas de ingresso em detrimento da falta dos concursos públicos federais. Porém, levando em consideração o cenário de Pernambuco, ele admite que as condições de aprovação no estado não são boas. “Aqui em Pernambuco está complicado. Temos um governador que suspendeu as nomeações. Mas a comunidade concurseira tem que saber que existem outras alternativas”, disse Roseno.

O vice-diretor do Nuce preferiu não se alongar nas possíveis dificuldades que podem atingir o mercado de preparatórios. Segundo ele, como a notícia é muito recente, é preciso analisar mais a fundo como será a não realização dos certames. Porém, ele lembra que existem alguns concursos já autorizados e que ainda devem ser realizados pelo Governo Federal. A necessidade, segundo Roseno, pode ocasionar a concretização das seleções autorizadas. “O concurso do INSS é um que já está autorizado e deve acontecer pela necessidade. A instituição, que está passando por uma greve, precisa de servidores e ainda existe um quadro de exonerações”, finalizou.   

COMENTÁRIOS dos leitores