Administrar o tempo para responder às 90 questões e elaborar a redação, neste domingo (25), foram os principais desafios dos candidatos que fizeram o Exame do Ensino Médio (Enem). Os estudantes teriam que ter habilidade nas questões mais simples para, só assim, conseguirem se debruçar nos quesitos que exigiram mais raciocínio e tempo de leitura, principalmente nas questões de linguagens. Com textos densos, a prova foi a mais desafiadora, segundo o professor José Ricardo Diniz.

Os candidatos precisaram de concentração para ler e interpretar, em tempo hábil, as questões. Em entrevista, José Ricardo falou sobre as características da prova e ressaltou que o Enem seguiu a tendência dos anos anteriores."Não tenho dúvida que o Exame seguiu as características dos últimos anos. Foi uma prova densa, revestida de muitos textos longos, alguns com características eminentemente artísticas - poética e literária -, e outros apresentando o formato não verbal, o que exigiu do aluno uma concentração muito maior", ressaltou Diniz.

Devido às características do exame, o professor lembrou que não é a toa que Linguagens apresenta o menor aproveitamento de acertos. Quanto à distribuição dos assuntos, Ricardo exaltou que não teve nenhuma questão de gramática marcada e que a prova apresentou as variantes regionais como a escrita artística, os gêneros textuais, as funções das linguagens, a função fática e a informativa. Com isso exigiu muita leitura do fera. "O Enem cobrou muito a capacidade de interpretar. Devido à diversidade das linguagens textuais, dificultando a resolução dos estudantes", falou.

O professor José Ricardo considerou também que responder uma questão em apenas três minutos, realmente, é algo muito difícil para uma prova como essa, que segundo o educador foi a mais desafiadora dos últimos anos. Ele ainda destacou que, das 40 questões referentes ao código de língua portuguesa, os candidatos que acertaram 60% se saíram bem. Já os que atingiram os 70% tiveram um ótimo resultado, uma vez que o tema da redação foi tranquilo.