Mais de 45 mil presidiários e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas foram inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) direcionado para pessoas privadas de liberdade. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o crescimento na quantidade de inscrições em relação à edição do ano passado foi de 19%.

As provas do Enem prisional serão realizadas nos dias 1º e 2 de dezembro. Poderão participar candidatos de unidades prisionais e socioeducativas que firmaram termo de adesão, responsabilidade e compromisso com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). No primeiro dia da avaliação, os detentos farão provas de ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia) e de ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia), com duração de 4 horas e 30 minutos. Já no segundo dia, haverá quesitos de matemática, linguagens, códigos e suas tecnologias (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira — inglês ou espanhol —, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação), além da redação, com duração total de 5 horas e 30 minutos. 

De acordo com o MEC, as unidades prisionais foram responsáveis pelas inscrições dos candidatos. Elas também deverão divulgar as informações sobre os desempenhos dos participantes, bem como deverão encaminhá-los para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e programas de acesso à universidade. Havendo aprovação para alguma graduação, o candidato poderá estudar quando finalizar sua pena.