Geógrafo se atrasa para prova do Enem e culpa o Metrô
Sérgio Ferreira chegou um minuto após o fechamento dos portões do Bloco G da Unicap, no Recife
Neste domingo (5), primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Medio (Enem), candidatos têm as mais variadas justificativas dos motivos que os fizeram perder a prova. Má sinalização, trânsito intenso e motivos pessoais são alguns deles. É o caso do geógrafo pernambucano Sérgio Ferreira, 27 anos, que saiu de casa às 10h30, do bairro de Cavaleiro, Jaboatão dos Guararapes, mas não chegou a tempo. Com apenas um minuto de portão fechado, no Bloco G da Universidade Católica de Pernambuco, Sérgio ficou do lado de fora.
Ele conta que veio de metrô, mas o modal demorou bastante. Para chegar à Unicap, o geógrafo veio correndo da Estação Central do Recife e viu seu sonho de mudar de profissão esbarrar nos portões. "A mobilidade dessa cidade é muito ruim. A gente se programa, mas não pode confiar. A culpa também é minha e ano que vem vou dormir aqui na frente para não perder", diz.
Sérgio disse que faria o Enem para tentar o curso de Sistema de Informação e mudar de carreira. "Esse ano, não consegui trabalho fixo dando aulas. Sempre arrumo algo freelancer e por isso queria ter mais estabilidade. É uma pena que não deu certo. Estou mentalizando a aceitação", diz.
Neste primeiro dia do Enem, os candidatos têm que responder a 90 questões de múltipla escolha. Dessas, 45 são da prova de ciências humanas, e 45 de Linguagens e Redação. Os portões fecharam às 12h, no horário local, e as provas tiveram início às 12h30. A duração da prova deste sábado é de cinco horas e meia. Os candidatos só poderão fazer a prova usando caneta transparente na cor preta, e precisam de um documento oficial com foto.