Marcelo Camargo / Agência Brasil Ministro da Educação, Rossieli Soares

Durante coletiva de imprensa concedida na manhã desta terça-feira (27) em Brasília, o atual Ministro da Educação, Rossieli Soares, foi questionado sobre a declaração do próximo representante da pasta, Ricardo Vélez, de que “Se o presidente se interessar [em ver as provas antes da aplicação], ninguém vai impedir”. A declaração de Vález foi dada na última segunda-feira (26), durante homenagem feita na Faculdade Positivo, local no qual ensina em Londrina, no Paraná.

Rossieli afirmou que a decisão caberá unicamente aos representantes do novo ministério. “Nós entendemos, inclusive por questão de segurança, que cabe às equipes do Inep fazer a gestão sobre a prova. Na nossa gestão, pelo que eu sei, os outros ministros também não olharam”, afirmou, pouco antes de dizer que não tinha nada a declarar sobre o assunto. O ministro atual detalhou, ainda, que as provas ficam enclausuradas em uma sala-cofre do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), saindo para distribuição sob escolta de policiais federais.

Jornalistas também questionaram o ministro sobre o material contra a censura lançado por instituições de ensino nesta segunda (26), sobre o avanço do projeto Escola Sem Partido e sobre a escolha de Vález para a educação. “Eu não conheço o novo ministro, não tive oportunidades de conversar com ele. Li algumas coisas em relação ao que ele escreveu, mas não tive oportunidade de entender melhor como ele pretende conduzir. O que posso dizer é que estou 100% junto com minha equipe à disposição para esse processo de transição”, disse.

Rossieli não se pronunciou quanto ao projeto Escola Sem Partido e pontuou que ainda não teve acesso ao documento “contra a censura” feito por entidades de educação e que a pasta não foi consultada pelas entidades sobre o assunto. As perguntas foram respondidas durante coletiva de imprensa para anunciar o projeto Escola do Adolescente, que tem como meta adaptar professores dos últimos anos do ensino fundamental para otimizar o ensino de adolescentes das escolas públicas do País.