Diferença salarial entre gêneros aumenta após 23 anos

A renda média salarial das mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72 em 2017, contra R$2.578,15 dos homens

por Beatriz Gouvêa sex, 14/12/2018 - 15:01

A diferença salarial entre homens e mulheres aumentou após 23 anos, de acordo com o relatório “País estagnado: um relato das desigualdades brasileiras – 2018”, publicado pela Oxfam Brasil. O relatório usou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua de 2016 e 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo ainda mostra que em 2016, as mulheres recebiam, em média, cerca de 72% do que os homens ganhavam no Brasil. Em 2017, a taxa caiu para 70%, o que representava a primeira queda em 23 anos.

A renda média salarial das mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72 em 2017, contra R$2.578,15 dos homens. Os dois gêneros tiveram um aumento médio geral em relação a 2016, entretanto o índice para os homens teve uma alta de 5,2% contra 2,2 das mulheres.

Em relação a grupos raciais, também houve um crescimento. Em 2016, os negros ganhavam em média R$ 1.458,16, o que correspondia a 57% da média salarial dos brancos, que naquele ano foram de R$ 2.567,81. Em 2017, o salário dos negros era em torno de R$ 1.545,30, contra R$ 1.545,30 entre os brancos, tendo o percentual de 57%.

O estudo da Oxfam também afirmou que entre a população pobre, os negros ficaram ainda mais pobres, com redução média de 3,5%, enquanto os brancos tiveram um aumento de renda média de 3%.

Em 2016, a média geral da renda da metade mais pobre da população foi de R$ 749,31. Entre os brancos pobres, a média era R$ 882,23, enquanto entre os negros pobres era R$ 634,66. Em 2017, a renda média geral dos mais pobres foi de R$ 804,35, e enquanto a renda média dos brancos mais pobres subiu para R$ 965,19, a dos negros foi para R$ 658,14.

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