Agressores de LGBTQI+ não terão inscrição aceita pela OAB
Decisão foi aprovada diante do alto índice de violência sofrida pela população LGBT no Brasil
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou por unanimidade na última segunda-feira (10), proposta que torna a prática de violência às pessoas LGBTQI+ uma idoneidade moral. Com essa aprovação, profissionais que tenham cometido esse tipo de crime não poderão integrar o quadro da entidade.
A proposta é de autoria do Conselheiro Federal Hélio Chagas Leitão Neto e tem relatoria do Conselheiro Federal Carlos da Costa Pinto Neves Filho. De acordo com o texto apresentado, “a prática de violência contra pessoas LGBTI+, em razão da Orientação Sexual, Identidade de Gênero e Expressão de Gênero, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB”.
A decisão abrange todo o Brasil e se deu diante do alto índice de violência contra a população LGBT no país.
Em março, a OAB aprovou súmula que impede o ingresso de bacharéis em direito que já cometeram violência contra as mulheres. No mesmo mês também foi estabelecida outra súmula que barra agressores de crianças, idosos e pessoas com deficiência mental ou física.