Natal: cinco fatos históricos que podem cair no Enem

Professora cita conceitos sobre o Natal que englobam as disciplinas de sociologia, filosofia e história que podem ser cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)

por Aurilene Cândida qui, 24/12/2020 - 08:00
Freepik O Natal é um evento celebrado pelo cristianismo Freepik

O Natal é um dos momentos mais importantes do cristianismo, pois celebra o nascimento de Jesus Cristo. O evento, de acordo com a filosofia cristã, aconteceu no ano 1, em Belém, na atual Palestina. A festividade, comemorada no dia 25 de dezembro, é um período marcado por muitas tradições, que incluem as decorações natalinas, a troca de presentes e a realização da Ceia de Natal.

Além das celebrações, é essencial que os estudantes estejam cientes das questões históricas do Natal, pois elas podem ser cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A professora Cristiane Pantoja diz que falar de Cristo não é apenas catolicismo, também envolve questões de filosofia, história e sociologia. Para contribuir com os estudos dos alunos a docente citou 5 fatos sobre o Natal que podem ser cobrados na prova do Enem, confira:

Filosofia 

A filosofia medieval cristã. A busca não pela verdade, mas em estruturar racionalmente os dogmas da igreja católica. O aluno estudará a corrente patrística com os neoplatônicos, bem como os neo-aristotélicos com a escolástica, relembrando que Santo Agostinho e São Tomás de Aquino são referências dessas correntes, mas não únicas. Essas leituras darão embasamento teórico racional para estruturar a justificativa da fé católica, logo, cristã.

História Antiga 

Os alunos podem relembrar a história antiga ao estudar a civilização romana e o nascimento do cristianismo, que de início não chamou a atenção, mas após a moral dos primeiros cristãos baterem de frente com os costumes romanos, e sentindo-se ameaçados, deram início às perseguições que duraram mais de 2 séculos. Lembrar também a importância de saber os atos dos imperadores Teodósio e Constantino no desenvolver da igreja católica.

História Medieval 

Deve relembrar toda influência da igreja católica desde o nascimento até a morte e dos caminhos do cristianismo com as Cruzadas e Santa Inquisição.

História Renascentista Moderna 

Entrar no contexto moderno quanto às reformas protestantes diante da imoralidade do clero católico. Lutero e Calvino deverão ser relembrados, bem como a Contrarreforma católica, no contexto mais bélico, e a Reforma Católica, quanto às mudanças internas.

Sociologia Clássica - Como pensar a religião?

Durkheim define religião como o sistema de partilha de rituais e crenças e diz que o sagrado e o profano leva a reunião dos religiosos;

Weber observa a religião como instituição que apoia outras instituições, pois oferece uma estrutura que influencia a economia, por exemplo. É só relembrar as relações perpétuas entre as igrejas e suas influências na política, na economia, cultura, moral, entre outros, assim como relembrar teóricos como Maquiavel, em O Príncipe, e os iluministas no XVIII. 

Karl Marx enxergava a religião como causa de conflitos de opressão na sociedade, pois é meio de subjugo instituição que promove a estratificação. É o "ópio das massas".

A professora também destaca que em sociologia observa-se a necessidade de um estado laico voltado para os absurdos que acontece até hoje quando a religião invade a política.

Para ajudar os estudantes a entenderem melhor como funciona o cristianismo e como ele é cobrado no Enem, Cristiane Pantoja também trouxe uma  questão do Exame de 2011. Confira a resolução:

(ENEM 2011) Uma explicação de caráter histórico para o percentual da religião com maior número de adeptos declarados no Brasil foi a existência, no passado colonial e monárquico, da:

A) Incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos de outras religiões.

B) Incorporação da ideia de liberdade religiosa na esfera pública.

C) Permissão para o funcionamento de igrejas não cristãs.

D) Relação de integração entre Estado e Igreja.

E) Influência das religiões de origem africana.

Gabarito: D 

A educadora explica que “o Brasil colonial tem como religião oficial o Catolicismo e, mesmo após o término da Monarquia, temos pela tradição, a continuação do Brasil como católico, mesmo sabendo que o Estado é laico”, destaca Pantoja. Ela ainda diz que a separação entre Igreja e Estado entende-se ao relembrar o Beneplácito e o Padroado.

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