Pesquisa: só 23% dos jovens buscam estabilidade no emprego

Estudo ainda aponta que jovens atuais trocam de empresa mais facilmente, em comparação com outras gerações

por Thaynara Andrade sex, 04/03/2022 - 15:25
Freepik 11% dos jovens querem sair do emprego em menos de 1 ano Freepik

A pesquisa FEEx – FIA Employee Experience 2021, realizada com o apoio de 290 empresas e mais de 180 mil participantes, apontou que dos jovens pertencentes à Geração Z, entre os 17 a 22 anos, que estão hoje no mercado de trabalho, 37% priorizam as oportunidades de aprendizado, enquanto apenas 14% valorizam mais a remuneração e os benefícios.

Segundo o estudo, isso acontece porque a Geração Z é mais propensa a ser responsável por seu desenvolvimento de carreira, à medida que compreende quais critérios o mercado valoriza e assim procura conhecimentos com seus gestores e até fora da empresa. Há, entres os jovens profissionais, uma compreensão de que a avaliação do desempenho contribui para seu crescimento.

Outra descoberta é que esses profissionais têm maior facilidade de deixar a empresa atual, em busca de oportunidades melhores. Dos entrevistados, 8% já se candidataram para uma vaga de emprego em outra companhia, sendo um índice 33% maior do que em outros grupos etários.

Essa flexibilidade transparece também em saídas mais rápidas das empresas. Enquanto em faixas etárias maiores, em torno de 6% buscam uma saída voluntária imediata (em até 1 ano), na Geração Z, os números chegam aos 11%.

Além disso, o estudo aponta que o antigo sonho de encontrar estabilidade em uma empresa até aposentadoria, está caindo entre os jovens: apenas 23% têm essa expectativa.

Segundo Lina Nakata, pesquisadora da Fundação Instituto Administração (FIA), responsável pela pesquisa, a tecnologia é a principal influência pelo comportamento dos jovens atuais.

“O mais marcante dessa geração é a sua relação com a tecnologia e com o meio digital, considerando que essas pessoas vivenciaram, desde muito jovens, o momento de maior expansão tecnológica proporcionada pela popularização da internet. São também chamados de nativos digitais, conhecidos por serem cidadãos do mundo, além de terem uma forte responsabilidade social e ambiental”, comenta.

Com informações da assessoria

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