Racismo é o preconceito mais visto no ambiente de trabalho
Sete em cada 10 trabalhadores apontam que conhecem alguém que sofreu discriminação, a maioria pela cor da pele
Em pesquisa realizada pela iO Diversidade e do Instituto Locomotiva mostra como o racismo estrutural está presente no mercado de trabalho. De acordo com o levantamento, sete em cada 10 trabalhadores apontam que conhecem alguém que sofreu discriminação ou passou por situação humilhante no ambiente corporativo.
Nesse contexto, 72% afirmam que os episódios foram motivados pela raça ou cor da pele da vítima. Para os entrevistados, pessoas negras estão entre as que têm menos oportunidades de emprego.
“O Brasil é o segundo país com a maior população negra do planeta, atrás apenas da Nigéria. E esta população representa mais da metade do total de brasileiros. A ausência dessa proporcionalidade nos mais diversos dados sobre nosso mercado de trabalho é um dos efeitos categóricos do chamado racismo estrutural”, aponta Luiz Gustavo Lo-Buono, diretor da iO Diversidade.
Além disso, os dados recolhidos mostram que 67% dos trabalhadores negros ganham até um salário mínimo. Os não negros, 33%. No que se refere a cargos de liderança, a pesquisa expõe que não negros somam 69% contra 31% profissionais negros.
Outro público, de acordo com as pessoas ouvidas pelo levantamento, que é vítima de ações discriminatórias são os idosos, apontados por 81% dos entrevistados.
A consulta foi realizada entre os dias 23 e 30 de março de 2022 com pessoas a partir dos 18 anos. Ao todo, contou com 2.029 entrevistas por telefone.