No Recife, 89% das pessoas estão satisfeitas com o emprego
Dado foi revelado em uma pesquisa feita com 542 trabalhadores
O Centro Universitário Unifafire realizou uma pesquisa com 542 trabalhadores da Região Metropolitana do Recife (RMR), em diversos ramos de atuação, entre seus 18 e 65 anos, para avaliar o nível de satisfação com seu trabalho na região. Através do Núcleo de Inteligência de Mercado, o estudo apontou que 89% das pessoas empregadas estão felizes em seus empregos.
Entre o total de entrevistados, 164 estão desempregados contra 378 empregados. A pesquisa analisou algumas variáveis econômicas para a obtenção de resultados como gênero, faixa etária, escolaridade e faixa de renda. O público entre 18 e 24 anos foi o que mais demonstrou satisfação com o trabalho.
Tarcísio Régis de Souza, economista e coordenador da Unifafire Inteligência de Mercado, acredita que o grande número de profissionais satisfeitos com seus empregos é graças a realidade econômica de desemprego da maioria. Um dos pontos para essa dedução é que a faixa de renda do público que mostrou satisfação é de um salário mínimo.
Outro resultado analisado foi entre as pessoas insatisfeitas, algumas em relação ao valor do salário, que deveria ser maior. Tarcísio declara que a alta da inflação e custo de vida elevado são fatores que colaboram para esse pensamento.
O consultor de carreiras e orientador profissional do Unifafire, Alexandre Nunes, avalia os dados obtidos pelos trabalhadores satisfeitos não porque as suas condições de trabalho estejam boas, mas apenas por estarem felizes por terem um trabalho. Para ele, é importante dividir as categorias que são trabalhabilidade e empregabilidade.
"A primeira é quando existe uma autonomia em se fazer aquilo que gosta, de ter uma certa independência na escolha da atividade e do local de trabalho. Já a empregabilidade é um vínculo", aponta, dizendo que com os altos índices de pessoas sem trabalho e perguntar a alguém que está empregado e com carteira assinada qual o seu índice de satisfação certamente irá gerar uma resposta positiva, contudo será pela condição da pessoa estar empregada. O que é diferente de estar satisfeito numa perspectiva mais ampla com o que se está fazendo e onde está", enumera Nunes.