Oslo chega a acordo para construir novo museu Munch
O município de Oslo anunciou nesta terça-feira (29) um acordo, após anos de divergências, para a construção de um novo museu, destinado a receber a maior coleção de obras do pioneiro norueguês do expressionismo, Edvard Munch. De acordo com um compromisso político que lhe garante uma maioria, três formações de direita e de centro-direita e um partido de esquerda se reuniram ao redor do projeto chamado Lambda, um edifício futurista situado nas margens do fiorde de Oslo, perto da nova ópera.
O município de Oslo discutia há vários anos sobre o local, o aspecto, o custo e inclusive sobre a necessidade de construir um novo museu para abrigar as obras de Munch (1863-1944), em especial dois exemplares da obra-prima O Grito. A coleção, que inclui 1.100 pinturas, 3.000 desenhos e 18.000 gravuras, encontra-se por enquanto em um velho edifício dos arredores, onde em 2004 ocorreu um roubo espetacular de O Grito e Madonna, encontrados dois anos mais tarde.
Depois de ter optado por uma transferência em 2008, e um ano depois pelo projeto Lambda, a maioria em torno ao projeto seguiu bloqueada. O bloqueio era tão incômodo que a Noruega celebra neste ano o 150º aniversário do nascimento de seu pintor mais famoso, enquanto o atual museu Munch vive graves dificuldades orçamentárias.
Para sair do impasse, o governo norueguês mostrou-se disposto a participar do financiamento de um novo museu cujo custo é calculado em 215 milhões de euros. Segundo o compromisso anunciado nesta terça-feira, os responsáveis políticos colocaram em andamento o Lambda por meio de uma reabilitação cultural e social do bairro relativamente pobre de Toeyen, onde o atual museu está situado. O futuro museu deve ficar pronto em 2018.