Ana Maria Machado, a escritora de todas as gerações

por Marcus Fernandes sab, 16/11/2013 - 22:13

A escritora Ana Maria Machado, com mais de 20 milhões de livros vendidos ao longo da carreira literária, foi uma das atrações deste sábado da XI Feira Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), durante a Fliporto Criança, um dos espaços do evento. Quem fez a mediação foi a também escritora Anna Cláudia Ramos. A Fliporto encerra neste domingo (17).

Questionada por uma das crianças da plateia de onde ela tira a inspiração para escrever seus livros, Ana Maria filosofou na resposta. “A história entra na cabeça da gente de tanto que prestamos atenção nas coisas da vida. Tudo isso se mistura junto com as coisas que a gente não viu, que a gente sonha, que imaginamos. É assim que nasce uma história”, disse a escritora, que dentre outras funções ocupa a presidência da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Ana Maria falou sobre a sensação de escrever para várias gerações diferentes.  “Isso é muito emocionante. Faz uns meses que eu estava no Salão do Livro Infantil, no Rio de Janeiro, e veio um casal com um menino com um exemplar recente do Mico Maneco. Depois de autografar o livro dele, os pais, cada um, puxaram uma edição mais antiga do mesmo livro e me pediram um autógrafo”, revelou aos risos para a plateia.

Antes da apresentação, Ana Maria Machado recebeu Samuel Lira, professor, e a filha Julia Kristeva, de sete anos, que já escreveu um livro chamado Minhas Historinhas (2011). “Ela tinha cinco anos quando fez o livro e tinha acabado de aprender a escrever. Todas os exemplares já esgotaram. Este foi o último”, disse Samuel, logo após de entregar o presente à escritora.

Ana Maria Machado aproveitou para falar sobre seu novo livro infantil, intitulado Enquanto o Dia Não Chega, lançado pela editora Objetiva e com ilustrações de Rodrigo Rosa. O romance acontece entre as aldeias portuguesas e as savanas africanas, chegando a terras brasileiras a bordo de caravelas e navios negreiros. “Ele se passa no tempo das invasões holandesas. É bom pra ter noção de como se vive antigamente por aqui”. 

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