Renato Aragão: 'gays e negros sabiam que era brincadeira'

Em entrevista à revista Playboy, humorista falou sobre a perseguição ao humor politicamente incorreto

por Eduarda Esteves ter, 06/01/2015 - 12:04
Divulgação/Márcio de Souza/TV Globo Alvo de polêmicas, Renato Aragão defende humor politicamente incorreto Divulgação/Márcio de Souza/TV Globo

O humorista global Renato Aragão causou polêmica com sua última declaração em uma entrevista à revista Playboy. O ator afirmou que "o humor politicamente incorreto vive uma perseguição, pois antigamente gays e negros sabiam que as piadas eram brincadeira".

A declaração não agradou muito a internautas, que se manifestaram através das redes sociais e desaprovaram o pensamento do humorista. No Facebook, Hugo Carvalho não gostou da colocação de Renato. "Não meu amorzinho, eles não eram vistos como seres humanos, isso que esse senhor senil está falando é porque na época dele essas pessoas não tinham voz, hoje elas tem. Simples assim", postou.

A revista Playboy chega às bancas nesta terça-feira (6) e, ainda durante a entrevista, o eterno personagem Didi defendeu que as brincadeiras da fase de Os Trapalhões (1966 - 1995) eram coisa de criança, de circo. "A gente fazia como uma brincadeira, era brincadeira de circo entre mim e o Mussum. Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém", comentou. Para ele, "naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era pra atingir, para sacanear", completou.

Renato ainda afirmou que "todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar isso". Apesar de lidar com muitas polêmicas e críticas ao humor dos Trapalhões, ele disse não se incomodar. "Eu nunca liguei para isso, nem vou ligar. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Mas, quanto mais eles me malhavam, mas crescia o bolo, mais dava bilheteria", frisou.

O intérpreto do Didi, que completa 80 anos em 2015, tem o contrato renovado com a Globo até 2017. A emissora também foi defendida por ele na entrevista e o trapalhão falou que se incomoda quando falam mal da Globo. "O programa explode e é: 'Ah, por que a Globo, em vez de fazer aquele programa, não doa o dinheiro para o povo?' É cruel isso. Eu não admito que falem mal da Globo", conclui.

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