5 motivos que levaram 'Babilônia' quase ao fracasso total
Atual novela das 21h chega ao fim nesta sexta (28) com os piores índices de audiência da história do horário nobre
Nesta sexta (28), vai ao ar o capítulo final da novela Babilônia. Escrita por Gilberto Braga, o folhetim estreou de forma eletrizante criando no público a expectativa de estar diante de mais um grande sucesso do horário nobre. Porém, o que se viu em seguida foi o declínio da produção e a novela marcou os piores índices de audiência para a faixa das 21h na história da Rede Globo.
'Babilônia': entre o amor e o ódio do público
'A regra do jogo': dilemas para o horário nobre
O autor e todo o elenco tiveram de se mobilizar para reestruturar a novela. As mudanças foram da abertura da atração ao destino de alguns personagens. Ao todo, 40 capítulos foram reescritos na tentativa de sanar a rejeição do público a alguns temas, mas, apesar de todos os esforços, os números não alavancaram e até mesmo I Love paraisópolis, exibida no horário das 19h, conseguiu fazer marcas melhores. Confira cinco motivos pelos quais Babilônia não emplacou.
1 - Beijo gay
Logo no primeiro capítulo, as personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg protagonizaram um beijo na boca. Foi apenas um 'selinho' mas o suficiente para fazer barulho nas redes sociais e em segmentos mais conservadores da sociedade. A novela chegou a ser debatida por políticos da bancada religiosa, que tentaram promover um boicote à atração. A partir de então, o casal Teresa e Estela passaram a ser vistas em cenas mais sutis, sem beijos e referências mais discretas a seu relacionamento.
2 - Sexo
Também no início de Babilônia, a personagem de Glória Pires, Beatriz, apareceu em duas cenas de sexo com dois homens diferentes no mesmo capítulo. Beatriz teve vários parceiros ao longo da novela e apresentava uma pesonalidade bastante desprendida e sexualmente livre. O público estranhou e o autor acabou diminuindo esse tipo de cena.
3 - Violência
Mesmo antes de ir ao ar, já era possível notar que Babilônia pesaria na violência através das propagandas que anunciavam a atração. A trama começou com um atropelamento e um assassinato, sem contar no emaranhado de chantagens e promessas de vinganças. Até a abertura da novela era bastante escura e sombria no princípio, o que mostrava o 'peso' da história. Após as mudanças para salvar a audiência, tanto a abertura quanto as cenas mais violentas tiveram outro enfoque e ficaram mais leves.
4 - Desencontro na trama
O enredo de Babilônia sofreu um pequeno desencontro nos capítulos iniciais. Beatriz (Glória Pires) e Inês (Adriana Esteves), antes apresentadas como rivais, viraram aliadas e passaram a tramar juntas determinadas situações. O público notou e não aprovou a mudança de rumo das duas personagens e Gilberto Braga voltou a colocá-las em lados opostos.
5 - A mocinha gerou certa antipatia
A personagem principal, Regina, vivida pela atriz Camila Pitanga, foi a 'mocinha' batalhadora que lutava pela família humilde e por justiça pela morte de seu pai. Apesar de apresentar todos os pré-requisitos para cair no gosto dos telespectadores, ela acabou sofrendo uma certa rejeição pelo temperamento explosivo, sempre 'do contra' e um pouco histérico. Com o desenrolar da trama, Regina acabou conquistando uma situação melhor na vida após mudar de trabalho e adotou uma postura mais refinada. O tom também baixou e a personagem ficou completamente repaginada.