Cultura da tatuagem ganha força em Belém

Profissionais ganham cada vez mais clientes. Preconceito começou a se tornar coisa do passado.

por Mirelly Pires ter, 19/04/2016 - 15:34
Divulgação/Wilson Kahwage Cultura da tatuagem se expande em cidades como Belém Divulgação/Wilson Kahwage

É natural, hoje em dia, você andar na rua e se pegar curioso sobre algum desenho estampado na pele de alguém. Pretas, coloridas, aquareladas, as tatuagens fazem parte da vida de muitas pessoas. Algumas pequenas, escondidas, outras maiores e que ocupam grandes espaços.

Usar tattoos é um fenômeno com cara moderna, mas o costume vem de longa data. Uma múmia sudanesa de 700 d.C. tinha o símbolo do Arcanjo Miguel tatuado na parte interna da coxa. Essa tatuagem foi registrada como a mais antiga da história pelo Museu Britânico.

Hoje em dia, os desenhos são variados e feitos a partir de técnicas distintas. A tatuagem se disseminou primeiramente entre marinheiros, décadas depois se tornou comum entre presidiários. Por essa razão, pessoas que tinham desenhos marcados no corpo foram marginalizadas e até hoje sofrem preconceito.

Algumas empresas não permitem que seus funcionários tenham tatuagens, só aceitam se a roupa de trabalho esconder. Com isso, antes de fazer uma tatuagem é importante se informar sobre a dinâmica do campo de trabalho no qual a pessoa quer atuar. No caso de concursos públicos é indispensável a leitura dos editais.

Marcas - Mas, para muitos, a tatuagem é uma maneira de marcar para sempre algo que faz parte da vida. Para outros, basta um desenho bonito, como é o caso da estudante de Pedagogia Brenda Viana. Ela tem seis tatuagens. Fez a primeira quando tinha 13 anos, e nem sabe exatamente o que a motivou. Com o passar dos anos, o gosto por se “riscar” cresceu ainda mais e ela coleciona tatuagens com homenagem à música, uma coroa, uma menina e outras mais escondidas.

Wilson Kahwage é tatuador há cinco anos e hoje possui o próprio estúdio, em parceria com outro profissional. A procura do público é grande: a agenda está fechada até setembro. Segundo ele, os preconceitos contra tatuagens estão, aos poucos, sendo quebrados. Mas a verdade é que ainda existe um longo caminho pela frente.

Em Belém, a quantidade de estúdios de tatuagem, como o de Wilson, cresce a cada ano, diz o tatuador. Com um ou mais profissionais, disponibilizam para o público desenhos diferenciados e também esperam referências. Opção para quem deseja se tatuar é o que não falta. Confira entrevista na íntegra com o tatuador no vídeo abaixo:

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Com apoio de Jullyanne Forte.

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