Professor da Unama é finalista do Prêmio Off Flip

Conto foi selecionado para coletânea da editora Bibliomundi. Participaram do concurso 531 autores, brasileiros e estrangeiros de países que falam a Língua Portuguesa.

qua, 29/06/2016 - 10:41
Gabriella Barros/LeiaJáImagens Antonio Carlos, na Feira do Livro, em Belém Gabriella Barros/LeiaJáImagens

Depois de quase três décadas de lides e notícias, o jornalista e professor da Universidade da Amazônia (Unama) Antonio Carlos Pimentel Júnior resolveu embarcar nos portos da ficção e foi um dos finalistas do Prêmio Off Flip, na categoria Conto. O texto, “Deodorinda”, está entre os 15 escolhidos pela comissão julgadora, dentre 531 contistas que se inscreveram, brasileiros e estrangeiros de países de Língua Portuguesa, e será publicado em coletânea.

"Ser finalista do Prêmio Off Flip é um grande incentivo. Tenho passado a vida mergulhado no texto, mas fora da ficção. Agora, depois de 29 anos de jornalismo, atravessado pela notícia, começo a ganhar fôlego para encarar uma nova aventura, certamente bem mais rica em possibilidades textuais”, disse Antonio Carlos. Especializado em Língua Portuguesa e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com experiência como repórter, produtor de pauta, redator, editor-assistente, editor-executivo, diretor de Redação, Antonio Carlos é editor do portal LeiaJá Pará e lançou neste ano seu primeiro livro, "Os quês e o porquê", obra de não ficção que aborda questões da prática jornalística, além de retratar histórias da vida profissional do autor.

Experiente com diferentes técnicas narrativas, o jornalista já publicou um conto no livro “Os quês e o porquê”, a título de exercício literário, como ele informou. A seleção pode ser uma porta aberta para a ficção. “O conto 'Deodorinda' é uma experiência, felizmente bem recebida. E pela Flip. O próximo passo é trabalhar. Acho que em 2017 lanço o primeiro livro de contos. Alguns já estão na gaveta”, contou o autor.

A Flip

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) ocorre anualmente na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, desde 2003, com o intuito de reunir autores e público para discutir temas diversos, como arte, cinema, literatura e ciência. Nesta edição, que começa em 29 de junho e vai até 3 de julho, a Flip homenageia Ana Cristina Cesar, poeta, crítica e tradutora de grandes nomes da literatura universal, como Sylvia Plath e Emily Dickinson.

Entre os autores convidados estão Svetlana Aleksiévitch, jornalista e escritora da Bielorrússia que ganhou o primeiro Prêmio Nobel de Literatura em 2015; Irvine Welsh, autor escocês que escreveu “Trainspotting”, polêmico livro sobre uso de drogas e contracultura britânica; além de Benjamin Moser, americano que escreveu a mais recente biografia da autora Clarice Lispector.

Com dez anos de tradição e renome nacional e internacional, o Prêmio Off Flip é uma realização do Selo Off Flip, da editora Bibliomundi, que contempla três gêneros literários: o conto, a poesia e a literatura infantojuvenil. Foram mais de mil escritores inscritos nas três categorias de texto.

As inscrições para o concurso foram abertas em janeiro. “O Prêmio OFF FLIP revela a pluralidade de vozes novas na literatura em língua portuguesa. É uma iniciativa mais fecundante do que midiática”, opinou o escritor João Carrascoza.

Os 15 finalistas da categoria de Conto:

1º lugar – “O lado de lá”, André Balaio (Recife-PE).

2º lugar – “Boa-noite, Maria”, Admaldo Matos de Assis (Recife-PE).

3º lugar – “Necrológio de Thomas Bernhard”, Tiago Franco (Macaé-RJ).

4º lugar – “O silêncio dos homens”, Cassio Waki (São Paulo - SP).

5º lugar – “Da utilidade das coisas”, Alexandre Arbex Valadares (Brasília - DF).

Finalistas

(sem ordem de classificação)

“Grandes” - Moema Vilela.

“Invisível” - Sérgio de Barros Prado Moura.

“Vida de cavalo” - Morgana Masetti.

“Horror Vacui” - Diego Alejandro Molina.

“O canto do rei de Oió” - Alexandre Boide Santos.

“Triste fim de Afonso Henriques” - Flávio Santos de Sousa.

“Meia arfada” - Caroline Chiarelli.

“Eu pela metade” - Caroline Freire.

“Helena e Spartacus” - Deborah Dornellas C. D. de Oliveira.

“Deodorinda” - Antonio Carlos Pimentel Junior.

Na categoria Poesia:

1º lugar – “Tábua de desmandos”, Daniel Retamoso (Passo Fundo – RS).

2º lugar – “Dores de camponês”, Silvestre Andrade Magalhães (Virginópolis – MG).

3º lugar – “Prece estruturada em formato de polpa”, Catarina Lins Antunes de Oliveira (Rio de Janeiro – RJ).

4º lugar – “As Índias ocidentais”, Caroline Rodrigues (São Paulo – SP).

Finalistas

(sem ordem de classificação)

“Canção de amor” - Daniel Francoy.

“A Messe” - Pedro Luiz de Mello Meirelles.

“Os primeiros gregos” - Marcelo Vieira Ribeiro.

“Psiquiatra” - Camila Thiers Machado.

“Labour II” - Erick Monteiro Moraes.

“Relâmpago” - Carlos Nathan Sousa Soares.

“Interface” - Rafael Melo.

“Dormência” - André Luís Gardel Barbosa.

“Sem título” - Eder Rodrigues da Silva.

“Pedaços de mulher” - Jaqueline Regina Pivotto.

“A vida no quarto do mundo” - Nadia Virginia Barbosa Carneiro.

“Partida e partilha” - Robledo Neves Cabral Filho.

“Ao assassino” - Vanessa Conz.

Na categoria Infantojuvenil: 

1º lugar – “Papo Reto & Papo Curvo”, João Luiz Guimarães Lima de Souza (São Paulo – SP).

2º lugar – “Os Doze - Lendas nunca morrem”, Leonardo Born (São Paulo – SP).

3º lugar – “O irmão mais velho”, Leandro Reboredo (Rio de Janeiro – RJ).

Finalistas

“A floresta do quintal”, Clarisse Souza.

“Tempo de antigamente”, Luís Roberto de Souza Júnior.

“O descobrimento da vaca”, Marta Irene Lopes Vieira.

Por Gabriella Barros.

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