Ed Motta diz ter passado necessidade após polêmica
'Fecharam as portas pra mim', disse ele. As dificuldades financeiras começaram após uma publicação do cantor na qual chamava seu público brasileiro de 'simplório'
Após uma declaração polêmica na qual dizia que não fazia seus shows pensando no público brasileiro, e dizendo que sua plateia na Europa era mais culta, Ed Motta revelou que passou necessidades financeiras após o ocorrido, que desagradou muita gente. Agora, o cantor admite ter se arrependido do que disse. "Errei terrivelmente na forma como reagi com as pessoas na internet, e me arrependo amargamente, no Brasil não vale a pena ser honesto", comentou.
"O problema de pôr a cara a tapa é um ano sem conseguir pagar meu condomínio. Fecharam as portas pra mim e eu fiquei um ano passando necessidade. Fiquei em uma situação financeira difícil. Virei uma espécie de Hitler", contou Ed em entrevista à Rádio Jovem Pam esta semana. O cantor garantiu que atualmente já conseguiu retomar o rumo da sua carreira, apesar dos tempos difíceis.
A fase ruim começou quando em 2015 o sobrinho de Tim Maia fez uma postagem no Facebook chamando os fãs brasileiros de 'simplórios'. "Verdade seja dita, meu público brasileiro de verdade na Europa é um pessoal mais culto, informado, essas pessoas nunca gritaram nada. O negócio é que vai uma turma mais simplória que nunca me acompanhou no Brasil. Público de sertanejo, pagode, axé, pagode, que vem beber cerveja barata com camiseta apertada tipo jogador de futebol, com aquele relógio branco, e começa a gritar nome de time", disse ele na época, recebendo inúmeras críticas.
Ainda no mesmo texto, Ed Motta disse que não falaria em português em seus shows pela Europa, e pediu que os brasileiros parassem de pedir músicas nacionais durante as apresentações:"Preciso me comunicar de forma que todos compreendam, o inglês é a língua universal, então pelo amor de Deus, não venha com um grupo de 'brasuca' berrando 'Manuel' porque não tem, e muito menos gritar 'fala português Ed'. O mundo inteiro fala inglês, não é possível que o imigrante brasileiro não saiba um básico de inglês".