Banda paraense mistura ritmo regional com rock progressivo
SteamyFrogs prepara o álbum de estreia “Labirinto Mental” e o primeiro videoclipe. Roqueiros compartilharão faixas inéditas até o fim deste semestre
A banda SteamyFrogs vem realizando inúmeros encontros, ensaios e shows, desde o mês de abril, aquecendo o público para os próximos lançamentos que chegarão até o final deste primeiro semestre. Entre eles estão o videoclipe “A Ponte” e o CD "Labirinto Mental", com oito faixas.
A escolha da canção "A Ponte", uma das mais conhecidas do grupo, para o primeiro videoclipe se deve à importância da faixa, lançada em 2015, na trajetória da banda. “Estamos produzindo o clipe com a galera de Jornalismo da UNAMA e o consideramos uma mudança de patamar. O audiovisual bem produzido é essencial para a divulgação, com o auxílio de plataformas como o youtube”, disse o vocalista Lucas Castanha.
Formada em 2015, a banda paraense traz uma influência da música regional amazônica misturada a um rock psicodélico, progressivo e experimental. O grupo é composto por Lucas Castanha (voz e guitarra), Olavo Nascimento (guitarra e backing vocal), Felipe Mendes (teclado), Tiago Ribeiro (baixo), Walber Moraes (saxofone) e Leandro Sena (bateria). As relações interpessoais, a morte e o folclore são temas abordados nas canções da SteamyFrogs.
Entre as principais influências do grupo destacam-se as bandas das décadas de 1960 e de 1970. “Fomos inspirados por The Beatles, Pink Floyd e Black Sabbath. Já entre as brasileiras, as principais foram Os Mutantes, Casa das Máquinas, Secos&Molhados, além de artistas como Zé Ramalho e Djavan. A música paraense também foi fundamental para as nossas criações, sobretudo a guitarrada e o carimbó”, contou o guitarrista Olavo.
O grupo já marcou presença em várias cidades do Estado do Pará, como Capitão Poço, Castanhal e Cotijuba, em grandes casas noturnas de Belém, como Ouriço, Ziggy e Na Figueredo, além de ter participado de festivais como o Psica Festival, em 2018. O guitarrista ressalta os desafios de se destacar na cena musical paraense. ”Tudo é desafiador. Para mostrar o trabalho, conseguir locais com uma boa estrutura, realizar ensaios e parcerias, muita coisa depende de nós mesmos. Como parte da cena underground, o trabalho é constante e o retorno financeiro é pouco”, afirma.
O vocalista Lucas Castanha falou sobre as expectativas para o futuro e o desejo de realizar uma turnê dentro e fora do Pará. ”A gente espera conseguir levar a banda para além do Estado. O contato e a aproximação com outras bandas se tornou muito simples com o Instagram, então constantemente descobrimos possíveis lugares para performar”, concluiu.
Por Eva Pires.