Editora lança mais duas obras de Dalcídio Jurandir
Publicações são resultado de campanha de financiamento coletivo pela internet. Romancista paraense está entre os mais importantes da literatura brasileira.
A editora Pará.grafo lança nesta terça-feira (27), às 17 horas, durante a programação da 23ª Feira-Panamazônica do Livro e das Multivozes, os livros "Chove nos campos de Cachoeira" e Chão dos lobos", do escritor paraense Dalcídio Jurandir. O lançamento contará com um bate-papo entre os estudiosos Paulo Nunes, Edilson Pantoja e Fernando Farias, estes dois últimos os prefaciadores das novas edições. Os livros estão disponíveis no estandes Escritores Paraenses, Solar do Leitor, Paka-Tatu, Sebo Sinhá Pureza, Fox e UFPA.
Desde 2017 a Pará.grafo Editora, de Bragança, município do interior do Estado, vem realizando campanhas de financiamento coletivo pela internet para arrecadar fundos a fim de reeditar as obras do romancista marajoara Dalcídio Jurandir, que tinha a maioria de seus livros esgotados. A editora realizou três campanhas e conseguiu reeditar cinco livros dos 11 que o autor escreveu: "Ponte do Galo" (2017), "Três casas e um rio" e "Os habitantes" (2018) e "Chove nos campos de Cachoeira" e "Chão dos lobos" (2019).
Com o sucesso do projeto, a editora planeja para este semestre uma nova edição de "Ribanceira", último livro do escritor e que teve uma única edição, de 1978. A iniciativa é dos editores Dênis Girotto de Brito e André Fellipe Fernandes, e deve se estender a outros autores, como Jaques Flores, que já tem uma nova edição pronta para ser lançada pela Pará.grafo.
As edições têm sido elogiadas pelo apurado acabamento gráfico, ilustrações e fotografias de capa de novos artistas, além da versão em e-book, que tem o intuito de deixar os títulos sempre disponíveis ainda que as versões físicas sejam descontinuadas.
Dalcídio Jurandir (1909-1979) nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó, e morreu no Rio de Janeiro. Escreveu onze romances, dos quais dez formam o chamado Ciclo do Extremo-Norte. Recebeu com eles o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972. Teve edições em Portugal e na Rússia. Colaborou como jornalista e cronista em diversos jornais e revistas regionais e nacionais. É considerado por muitos o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século XX.
Com informações da editora.
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