Karina Bacchi pode adotar, mas não quer filho de outra cor

'Não preciso ter um filho de outra cor de pele para levantar uma bandeira', disse a artista em entrevista à revista Veja. Ela também negou ser racista

sab, 11/01/2020 - 11:37
Reprodução/Instagram/ @karinabacchi Reprodução/Instagram/ @karinabacchi

Karina Bacchi abriu o coração em entrevista à revista Veja. Aos 43 anos de idade, a apresentadora revelou o motivo de ter começado a compartilhar parte de sua vida em um programa no YouTube, chamado Família Bacchi — O Reality.

"Queria me aproximar dos milhões de seguidores que nos acompanham nas redes sociais. Transmitir uma mensagem profunda, que tocasse o coração das pessoas. Mostrar que não somos a família margarina, que somos humanos e passamos dificuldades e perrengues. Somos gente como a gente", disse.

Assim como nós, Karina admitiu que costuma pagar boletos atrasados.

"[É gente como a gente] Até demais. E pago um monte atrasado porque perco a data de vencimento. Sou dona de casa, faço supermercado, troco móveis. Administrar uma família não é fácil. Somos eu e o Amaury, meu marido. Damos banho no Enrico, trocamos a fralda dele, não temos 500 empregados para isso. Só uma, que limpa a casa e faz a comida. É corrido e difícil, pois ainda preciso parar e postar no Instagram", contou.

Ela ainda revelou quanto gastou em todo o processo para engravidar de Enrico, fruto de uma fertilização in vitro.

"Quando engravidei do Enrico, usei óvulos congelados. Dessa vez, eu sabia dos riscos, por ter uma idade avançada: meus óvulos não são os mesmos de quando eu tinha 34 anos. Mesmo assim, estávamos esperançosos e com alta expectativa, por haver tantas pessoas acompanhando o processo. Mas não deu certo. O emocional fica abalado, sem contar o financeiro: foram mais de 100 mil reais gastos em medicamentos, coleta de óvulos, biópsias e embriões", explicou.

Karina também falou sobre as críticas que recebe por seu filho ter nascido loiro de olhos azuis.

"Ele é meu filho e queria que se parecesse comigo, já que o pai não estaria presente. Sei todas as características do doador: histórico de saúde, hobbies, família, até religião. Não foi simplesmente pedir um loirinho de olhos azuis", disse.

E contou que ela e o marido, Amaury Nunes, pretendem aumentar a família o quanto antes.

"Não descartamos, lá na frente, a adoção. Quero aumentar a família. Mas confesso que gostei da experiência de estar grávida. Nasci para ser mãe. Queria outros dez, mas não dá tempo", observou.

Por fim, Karina afirmou que, caso opte pela adoção, também escolherá uma criança parecida com ela.

"Não preciso ter um filho de outra cor de pele, de mãos dadas comigo, para levantar uma bandeira. Tenho há mais de vinte anos uma ONG em Paraisópolis, onde convivemos com várias etnias. Se eu fosse racista, como dizem na internet, não faria um trabalho assim com minha família envolvida", emendou.

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