Mangueira é condenada por barrar foliã branca no Carnaval
Escola foi penalizada por proibir uma desfilante branca de sair em uma ala exclusiva para brincantes negras
A escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira foi condenada a pagar uma indenização a uma foliã impedida de desfilar com a agremiação no Carnaval de 2015. Ela teria sido barrada por ser branca e ter comprado uma fantasia para uma ala exclusivamente destinada para brincantes negras. A Mangueira deve indenizar a mulher em R$ 10 mil.
Segundo o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Góes, a pena foi fixada pela 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio como compensação pelas despesas da foliã com fantasia e hospedagem, além da frustração de não poder desfilar no Carnaval. O problema aconteceu no ano de 2015, quando a Mangueira apresentou o samba enredo Agora chegou a vez vou cantar: mulher de Mangueira, mulher brasileira em primeiro lugar.
Ainda de acordo com o colunista, a mulher havia comprado uma fantasia para sair na ala Mãe Menininha, que seria exclusiva para desfilantes negras. Ao chegar na Sapucaí, ela foi impedida de entrar na avenida pelos dirigentes da escola que alegaram que a agremiação perderia pontos caso uma brincante branca estivesse na ala exclusiva.