Angélica relembra acidente do filho e síndrome do pânico
Artista também falou do seu casamento com Luciano Huck
Angélica abriu o coração ao falar sobre momentos difíceis que enfrentou ao lado da família. Em bate-papo com a revista Ela, do jornal O Globo, ela relembrou os traumas que ficaram em sua vida depois do acidente de avião há cinco anos, e também a força que descobriu que tinha como mãe ao ver o filho Benício ter um afundamento de crânio ao se acidentar enquanto praticava wakeboard em 2019.
"Tive um estresse de trabalho, 20 e poucos anos atrás, e um iniciozinho de síndrome do pânico. Era mais jovem, tirei férias, tomei remédio para dormir, fiquei um mês ali e saí. Quando aconteceu o acidente aéreo, não tive nada. Depois de um ano, quando estava andando na rua, em Nova York, travei (de pânico). Liguei para o meu médico, ele receitou um remédio. Para entrar no avião, tive que tomar. E foi horrível. Não conseguia andar, não conseguia falar. Quando cheguei, falei: Vou procurar uma alternativa. Comecei a meditar. E o pânico foi embora", disse ela sobre a síndrome do pânico que surgiu apenas um ano depois do acidente e já foi tratada.
Ao relembrar o acidente de Benício, de 12 anos de idade, Angélica conta que se fez de forte na frente do filho, mas que enquanto ele realizava uma cirurgia no crânio, o desespero de mãe bateu: "Eu tive uma força que desconhecia. A gente estava rindo no mar, duas horas depois estava na porta de um centro cirúrgico. Ele com muito medo e eu tendo que ser forte. Na hora que fechou a porta, eu caí. Fiquei irreconhecível, de chorar, de gritar. Porque eu estava segurando muito. Quando ele voltou também, vambora, como você tá, vamos fazer a fisioterapia. É o amor que traz essa força. E estamos em um momento em que muita gente está vivendo perda, morte, falta de estrutura, e tendo que ter força. Às vezes é tão difícil tirar força. Da onde? Mas a gente tem".
Casamento
O nome de Luciano Huck, claro, não ficou de fora da entrevista. A atriz e apresentadora confessa que o casamento melhorou nos últimos anos, tempos depois de se tornar mãe de três filhas ao lado dele.
"Fiquei dos 30 aos 40 tendo filhos. Tive o primeiro com 31 e a última com 39. Então era outro tipo de casamento. Nos últimos tempos é claro que melhorou. A gente tem mais tempo para conversar, para o sexo, para a troca. Quando a gente ficou junto, tinha uma paixão, bateu forte, logo engravidei e tal. E eu via o Luciano como um cara ansioso, em busca do lugar dele no mundo. Assim como eu. E hoje eu vejo um homem seguro do que faz e do que quer. Ele se encontrou. Assim como eu. Nosso encontro foi importante no sentido dessa plenitude que um passa para o outro", comentou.
"Sei que muitos casais se estressaram. Eu e Luciano adoramos essa convivência intensa. Porque teve espaço e rotina para cada um dentro de casa. Ele saía para trabalhar às 8h, eu só o via no almoço e depois às 18h. Eu ficava na função com as crianças. E a gente tinha um espaço para namorar à noite, para conversar sobre o dia. Solidificou ainda mais. Percebeu que pode viver muitas pandemias juntos", acrescentou.
A apresentadora ainda relembrou da declaração polêmica que fez sobre sua intimidade em conversa com Sabrina Sato. Após relevar que é adepta do vibrador, a apresentadora reforçou a importância de falar sobre o assunto sem pudor: "Fiz uma live com a Sabrina Sato, divertidíssima. Mas fiquei impressionada com a repercussão. Falei ah, vibrador é vida. As pessoas se espantam com isso ainda. Depois tiveram memes, nossa, coitada, poxa, o Luciano, hein?. Uma coisa que você fala: Gente, precisamos falar mais desses assuntos, para libertar as pessoas de umas amarras. Vibrador é vida".