7 artistas trans e travestis para colocar no 'play' agora
Para celebrar o ‘Dia da Visibilidade trans’, o LeiaJá traz uma lista de artistas que estão cantando e rimando contra o preconceito e a transfobia
No Brasil, país que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo, o primeiro mês do ano se encerra com uma data emblemática: o Dia da Visibilidade Trans. Celebrado desde 2004, o dia 29 de janeiro é mais um entre tantos na luta pelo respeito à identidade de gênero e orientação sexual dos cidadãos brasileiros, além de promover a reflexão acerca da violência crescente entre a população transexual.
Os números são alarmantes. Desde 2008, quando começou a ser contabilizada, a ocorrência de assassinatos de mulheres trans e travestis, maiores vítimas de transfeminicídio, só cresceu. Segundo relatório feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020 foram registrados 175 assassinatos, 40% a mais que o ano anterior, quando o país ocupou a primeira posição na lista dos que mais matam pessoas trans no mundo pela 13° vez consecutiva.
Já em 2021, o número de mortes motivadas por ódio e preconceito de gênero foi um pouco menor, 140, de acordo com levantamento da Antra. No entanto, o Brasil continua despontando nas estatísticas de violência e, segundo dados da instituição, de cada 10 homicídios contra trans no mundo, quatro ocorreram em solo brasileiro.
Para marcar a data e colaborar com o debate, O LeiaJá traz uma lista com artistas trans e travestis que estão marcando seus lugares no mundo através da música. São mulheres e homens trans e travestis que com sua arte estão ocupando lugares de relevância na socieadade e chamando para a conscientização. Dá o play e atualize sua playlist.
Linn da Quebrada
Cantora, compositora, atriz e ativista social, Linn se considera multiartista por atuar em diversas frentes. Neste ano de 2022, ela integra o elenco do Big Brother Brasil, e tem ajudado a levantar o debate sobre respeito às pessoas trans e travestis.
Isis Broken
A cantora sergipana acumula indicações e prêmios por suas obras audiovisuais e, em 2021, lançou seu primeiro álbum: Bruxa Cangaceira. Também no último ano, ela tornou-se mãe do pequeno Apolo, fruto de seu relacionamento transcentrado com o músico e produtor Aqualien.
Pepita
Cantora, compositora e dançarina, Pepita foi uma das primeiras funkeiras trans do Brasil. No Instagram, ela conta com mais de um milhão de seguidores e é muito respeitada dentro do ativismo LGBTQIA+.
Nick Cruz
O cantor é um dos mais novos nomes do pop brasileiro e vem chamando atenção por suas músicas leves e divertidas, sobretudo entre o público jovem. Ele lançou o clipe de sua primeira canção, Me sinto bem, em 2019, e logo descolou um contrato com a mesma gravadora de Anitta, a Warner Music.
Bixarte
A rapper, atriz, cantora e poetisa paraibana Bixarte fala sobre ancestralidade e visibilidade trans em suas produções.
Julian Santos
Mùsico independente e 'artivista', o paraibano Julin Santos usa seu trabalho a favor da luta contra a transfobia.
Monna Brutal
Com rimas ferinas e flow seguro, a rapper paulista fala sobre machismo, transfobia e resistência em suas músicas.