Obras que marcaram a carreira de Manoel Carlos

Autor está aniversariando nesta terça-feira

por Paulo Uchôa ter, 14/03/2023 - 15:29
Reprodução/TV Globo Christiane Torloni (Helena), Giulia Gam (Heloísa) e Maria Padrilha (Hilda) nos bastidores da novela Mulheres Apaixonadas Reprodução/TV Globo

Nascido em São Paulo, em 1933, Manoel Carlos iniciou como autor de novelas quando tinha 19 anos. Na TV Paulista, o teledramaturgo encantou muita gente com o projeto Helena, que teve em seu elenco nomes como Jane Batista, Paulo Goulart, Vera Nunes e Hélio Souto. Já no final dos anos 1970, ele escreveu na Globo seu primeiro folhetim, o clássico Maria, Maria.

Emendando um trabalho no outro, o escritor prendeu por diversas vezes a atenção do telespectador com histórias de tirar o fôlego, sempre com destaques baseados no cotidiano da sociedade brasileira. Para celebrar os 90 anos de idade do paulistano, nesta terça-feira (14), o LeiaJá relembra sete sucessos que marcaram a carreira do grande Maneco.

A Sucessora

Exibida originalmente na TV Globo, entre outubro de 1978 e março de 1979, a trama escrita por Manoel Carlos foi protagonizada pela atriz Susana Vieira. A história narra o drama de Marina, que passa a viver momentos conturbados na mansão de Roberto Stein (Rubens de Falco). Após se casar com o viúvo, a personagem descobre que não será fácil assumir o papel da nova dona da casa.

Com dificuldade de se adaptar aos novos costumes, Marina também tem que encarar as atitudes nada convencionais da governanta Juliana (Nathalia Timberg). O que depender da funcionária, a memória da ex-patroa continuará predominando por todos os ambientes do imóvel. A partir de 27 de março, às 11h45, a trama poderá ser vista em reprise no Canal Viva.

Baila Comigo

Lílian Lemmertz deu início à primeira Helena de Manoel Carlos. Em 1981, a atriz protagonizou a novela Baila Comigo. Na trama, a personagem guardava um grande mistério sobre o motivo de ter separado os filhos gêmeos, interpretados pelo ator Tony Ramos. A cena que revelou o encontro dos irmãos entrou para a história da teledramaturgia brasileira.

Felicidade

Dez anos depois da primeira Helena, Maneco escalou Maitê Proença para estrelar Felicidade. Exibida em 1991, a novela contava o drama de uma mulher que vivia na fictícia Vila Feliz, em Minas Gerais. Após enfrentar um problema no casamento com Mário (Herson Capri), a personagem de Maitê escolhe o Rio de Janeiro para viver uma nova fase. Recebendo o apoio do padrinho, Helena passa a colecionar grandes amores e intrigas, mas sempre disposta a lutar pelos seus ideais. A produção foi inspirada em algumas histórias de Anibal Machado.

Por Amor

Impossível falar das obras de Maneco e não citar Por Amor. Estrelada por Regina Duarte, Antonio Fagundes e Susana Vieira, a novela de 1997 continua no imaginário do público de casa. Quem não lembra do capítulo em que Helena troca o neto morto pelo filho de Eduarda (Gabriela Duarte)? Apesar de fazer tudo para não ver a filha sofrer, Helena sofre graves consequências ao longo do tempo. O segredo se torna um dos grandes pesadelos de sua vida.

Laços de Família

Exibida de 5 de junho de 2000 a 3 de fevereiro de 2001, Laços de Família 'estourou' com o ibope da TV Globo. Protagonizada por Vera Fischer, a novela rendeu grandes momentos entre os personagens como a morte de Íngrid (Lilia Cabral), a revelação de que Capitu (Giovanna Antonelli) trabalhava como garota de programa e a surra de Íris (Deborah Secco), além da emocionante cena de Camila (Carolina Dieckmann) raspando o cabelo em decorrência de uma leucemia.

Presença de Anita

Em 2001, o Brasil passou a conhecer o talento de Mel Lisboa. A atriz deu um show de interpretação na minissérie Presença de Anita. Vivendo em uma pequena cidade de Goiás, a jovem Anita arrancava suspiros por onde passava. Gerando repercussão no local, a moça desperta interesse do escritor Nando (José Mayer).

Adaptada com os costumes da cidade, Anita colecionava situações misteriosas, ousadas e bastante intensas. Na audiência, a produção chegou a acumular média de 30 pontos na Grande São Paulo.

Mulheres Apaixonadas

Um outro clássico eternizado pela genialidade de Manoel Carlos é Mulheres Apaixonadas. A obra estrelada por Christiane Torloni trouxe uma narrativa bem próxima da realidade dos telespectadores. Abordando alcoolismo, relação homoafetiva e câncer, a trama fez a turma de casa ficar vidrada na frente da televisão.

De acordo com Torloni, o convite para participar da novela foi especial. "Eu quase desmaiei. São aqueles telefonemas que você recebe e pensa 'minha vida vai mudar'", disse a atriz, nesta terça-feira (14), durante sua presença no programa Encontro. Ela viveu Helena.

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