Monólogo retrata universo marajoara de Dalcídio Jurandir
Com atuação de Cláudio Barros e direção de Alberto Silva Neto, espetáculo estará em cartaz no Teatro do SESI, em Belém, nos dias 19 e 20 de maio
No fim de semana dos dias 19 e 20 de maio estará em cartaz a peça “Solo de Marajó”, baseada na obra “Marajó” (1947), do escritor paraense Dalcídio Jurandir. O monólogo terá atuação de Cláudio Barros e direção de Alberto Silva Neto. O público poderá prestigiar a peça no Teatro do SESI, em Belém, sempre às 20 horas. Os ingressos serão vendidos na bilheteria.
Para o professor Paulo Nunes, doutor em Letras, pesquisador e especialista em Dalcídio Jurandir, “Marajó” está entre as obras mais importantes do escritor paraense. “’Marajó’ é um livro impactante, diferente dos demais, é uma ‘narrativa fêmea’; as personagens femininas dão as cartas. ‘Marajó’ é um dos efetivos romances de denúncia sobre as injustiças do latifúndio na literatura brasileira. Ao levá-lo ao teatro como monólogo, Alberto Silva e Cláudio Barros desafiaram nossos afetos e curiosidades. ‘Solo de Marajó’ é imperdível. Já assisti duas vezes e verei uma terceira”, afirmou o professor.
Paulo Nunes, que já lançou livros sobre as obras de Dalcídio, foi apresentado muito novo à literatura do escritor nascido em Ponta de Pedras. “Em 1979, na Escola Deodoro de Mendonça, fui apresentado ao autor pela professora Josse Fares, que leu conosco ‘Passagem dos Inocentes’. Foi encantador”, disse.
Das obras completas de Dalcídio Jurandir, o livro preferido do professor Paulo Nunes é “Chove nos Campos de Cachoeira”, de 1941, o primeiro escrito pelo romancista. Paulo Nunes destacou que também é um grande fã de “Belém do Grão-Pará”, de 1960.
Por Rafael Nemer (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).