DanzÁfrica Mandén abre inscrições para nova formação

Curso sobre os saberes dos ritmos do oeste da África vai acontecer de 2 de setembro a 19 de dezembro, sempre aos sábados; Inscrição pode ser feita até o dia 24 de agosto

seg, 21/08/2023 - 12:23
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O DanzÁfrica Mandén (grupo pernambucano de estudos de dança, percussão e canto do oeste africano) abriu inscrições para a primeira Formação de Corpo de Dança, com mais de três meses de duração, de 2 de setembro a 19 de dezembro deste ano. A experiência será realizada no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro Recife), localizado no Centro do Recife (Rua Mariz e Barros - nº 328 - bairro Recife Antigo), a cada 15 dias, sempre aos sábados, das 15h às 16h30.

Iniciada no dia 7 deste mês, a inscrição está disponível até o dia 24 de agosto, via link do formulário (inscreva-se agora - bit.ly/45DixaP). O investimento é de R$ 50 por mês. Todo o valor arrecadado será direcionado para o transporte dos tambores e também dos tocadores e ministrantes.

A equipe para a Formação de Corpo de Dança é composta por Juliana Zacarias (professora de dança e pesquisadora), Maria Odara Canuto (dançarina e monitora), Isaac Souza (percussionista), Bruno Victor Lima (percussionista), Vinicius Morais (percussionista) e Tito Farias (percussionista).

“Essa força é para nos unir e compartilhar os saberes dos ritmos do oeste da África. Formaremos um corpo de dança e pesquisa na história e geografia de diferentes regiões da Guiné, país que demarca diversos ballets africanos, que foram expandidos por meio das mestras e dos mestres guineanos, chegando até nós”, destaca Juliana Zacarias.

Além das aulas, os encontros proporcionarão vivências históricas, culturais, sociais, políticas, de resgate da memória afetiva, de patrimônio, com uma visita guiada ao acervo do Muafro Recife, mergulhando assim no universo afro-brasileiro.

“Esta formação de dança também é uma pesquisa sobre a cultura do oeste africano. Nosso desejo é compartilhar os saberes e formar um corpo de dança junto ao DanzÁfrica Mandén”, ressalta Maria Odara Canuto.

Serão disponibilizados materiais didáticos online, vídeos, pesquisas, entre outros. Já a certificação no final do curso é entregue para quem cumprir 75% de participação.

O DanzÁfrica Mandén surgiu em 2014 como um projeto de propagação da dança, percussão e canto do oeste africano. Em 2017, o coletivo foi ampliado após união com um grupo de percussionistas das cidades do Recife e de Olinda, que estudam desde 2003 os ritmos do oeste do continente com o objetivo de compartilhar a vivência nas comunidades dos municípios da região. Nos encontros, reúnem-se percussionistas e dançarinas estudantes da cultura africana.

O trabalho do grupo está ganhando espaço em Pernambuco, sobretudo por ser o único no estado a estudar e promover a prática dos conhecimentos da percussão e dança do oeste africano. 

Nos últimos anos, inclusive, foi contemplado pelo Sesc-Araripina (do Sertão pernambucano) para a realização do curso voltado para jovens e adultos, que fez parte da programação do projeto "Transborda – As Linguagens da Cena". Além disso, conseguiu a aprovação na Lei Aldir Blanc (LAB) para desenvolver videoaulas e produção de material didático. Ambos em 2020. 

O coletivo atualmente tem desenvolvido formações e oficinas de dança focadas nos ritmos de Guiné. Para além das oficinas, o grupo realiza apresentações em eventos, festivais e shows pelo Grande Recife e demais regiões. Entre eles, o "Feito de Dança e Música é uma realização do Pisada", projeto de pesquisas interdisciplinares em dança e antropologia que integra a programação das disciplinas "Danças Tradicionais do Nordeste 1 e 2", do curso de dança da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

A grande produção independente do grupo, por meio de parcerias, foi o "I Encontro Cultural Mandinga Sonora", com a apresentação de uma live-show de integração musical e corporal entre Brasil e Guiné.

O DanzÁfrica Mandén é composto no corpo de dança por Juliana Zacarias e Maria Odara Canuto, na percussão conta com Bruno Victor, Isaac Souza, Tito Lívio Farias e Vinicius Morais, todos percussionistas locais, além de uma equipe que colabora na produção geral e audiovisual: Aline Souza (produção e audiovisual), Lais Cabral (produção), Layane Santos (fotografia), Ivich Queirolo (audiovisual), Katharina Scervino (designer), Caio Azevedo (audiovisual) e Marcio Dias (audiovisual), além de Daniel Lima (assessoria de imprensa).

O coletivo apresenta-se a partir do entendimento do corpo enquanto ancestralidade e autonomia, transportando como base os conhecimentos artísticos-culturais descendentes dos povos Malinkés, pertencentes ao oeste africano, vindos do antigo Império Mali.

“Essa mediação transcultural considera os diferentes contextos, ações e projeções culturais que se apresentam como expressões amefricanas. Para tal, faz-se indispensável a relação entre o corpo e a extensão histórica, focando na realização de discussões e movimentos que podem representar a conexão dos sujeitos com a dança, percussão e canto africano”, pontua Juliana Zacarias.  

Serviço

DanzÁfrica Mandén - 1ª Formação de Corpo de Dança

Inscrições: 07 a 24 de agosto (R$ 50 por mês) - bit.ly/45DixaP (inscreva-se no link do formulário)

Data das aulas: 2 de setembro a 19 de dezembro (sempre aos sábados)

Horário: 15h ás 16h30

Local: Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro) - Rua Mariz e Barros, nº 328 - Centro do Recife

Entre em contato: (81) 99591-6267 - whatsapp - ou (81) 98286-8113

Confira o plano de aula

02, 16 e 30 de setembro (Yankadi - Makuru)

07 e 21 outubro (Djole)

04, 11 e 18 novembro (Konowulen)

02 de dezembro (avaliação)

19 de dezembro (apresentação)

*Via assessoria de imprensa. 

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