CBF altera fórmula da Série C
Competição terá início em maio, com término em novembro, e não haverá jogos no meio da semana
A busca é pela modernidade e evolução. Pelo menos na teoria e na nota emitida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), essa é a impressão. Nesta terça, através do site oficial da entidade, foi anunciada a alteração do modelo de disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. Competição, atualmente, disputada pelo Santa Cruz.
E as mudanças, completamente significativas, prometem mudar os rumos das equipes que disputam a terceira divisão nacional. A começar por período e fórmula. Já nesta temporada, a Série C será entre maio e novembro, com dois grupos de 10. Ou seja, os 20 clubes terão o calendário praticamente completo durante quase toda a temporada. Só na primeira fase serão 18 datas, sempre com as partidas nos finais de semana. Em seguida, os quatro melhores de cada grupo se enfrentam na fase de mata-mata (quartas-de-final, semi e final).
Além disso, a CBF também confirmou que dará todo o aparato financeiro para os clubes. A entidade vai custear, assim como na Série A e B, o deslocamento das equipes para até 25 integrantes na delegação, transporte, estadia, alimentação e despesas relativas à arbitragem. Outro fator importante para as drásticas alterações é a possível transmissão televisiva da competição. “Com esse novo sistema, passamos a ter 60 clubes com calendário anual. Isso é melhor para as equipes conseguirem patrocínio, os jogadores se manterem empregados o ano inteiro e para os torcedores acompanharem as partidas”, explicou o diretor do Departamento de Desenvolvimento e Projetos, Reinaldo Bastos, ao site oficial da CBF.
O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, afirmou que as alterações sinalizam uma evolução no futebol nacional. “Na contramão de vários países no mundo, que passam por grave crise econômica, o Brasil caminha para um futebol totalmente organizado em todas as suas competições. E na Série C, em particular, teremos agora transmissão televisiva e um calendário anual para 60 equipes, o que vai gerar oportunidade de emprego para muita gente: árbitros, comissões técnicas, jogadores, profissionais de imprensa e mais um grande universo de profissionais envolvidos na organização dos jogos”, declarou o cartola.