A atitude de alguns palmeirenses, que ameaçaram invadir o campo da Arena da Fonte Luminosa neste domingo, após o empate por 2 a 2 diante do Botafogo, desagradou o atacante Luan. Pouco antes de Barcos fazer o segundo gol e igualar o jogo, a Polícia Militar começou a reforçar pontos estratégicos do estádio, onde o acesso das arquibancadas para o campo era separado apenas por portões. Ao redor do campo, um cordão policial foi feito também para evitar que torcedores pulassem das tribunas para o gramado.

Para Luan, essa cobrança atrapalha alguns jogadores. "Tem atleta que sente, sim", falou. De acordo com ele, o único jeito de o time se safar de um rebaixamento é mudar a estratégia. "Temos que jogar igual a time pequeno."

A euforia da comemoração que tomou conta de Barcos logo depois do golaço que empatou o jogo com o Botafogo durou o mesmo tempo que a felicidade da torcida nas arquibancadas: apenas até o apito final. Autor de seis gols em quatro partidas contra o time carioca nesta temporada, o atacante argentino saiu de campo com o discurso de "lutar até o fim", mas com o tom de voz baixa e o desânimo evidente em seu rosto.

"Ainda dá. Só depende de nós", dizia o artilheiro palmeirense, para em seguida aplicar em si mesmo o choque da realidade delicada que a classificação do Brasileiro mostra. "Mas agora temos que vencer todas as nossas quatro partidas. Não há mais o que fazer."

Para Barcos, os erros do time comprometeram mais uma partida em que o domínio das ações esteve com os palmeirenses. "Erramos lances. A bola não entrou."

Para outros jogadores, o Palmeiras tem dado azar em seus jogos. "Temos um plantel de muita qualidade. Fizemos um de nossos melhores jogos contra o Botafogo e não vencemos. Não temos dado sorte, a bola não tem entrado", disse o zagueiro Henrique. "Temos quatro jogos e vamos tentar até o fim."