Para os treinadores, o melhor Brasileirão dos últimos anos
Nove clubes não trocaram de comandante durante a competição
A reclamação é antiga. Principalmente no “sindicato” dos treinadores. Uma sequência de derrotas ou clima ruim nos vestiários, adeus emprego. Isso, pelo menos, na cultura do futebol brasileiro. Mas as edições da Série A do Campeonato Brasileiro mostra que isso vem mudando. Em 2012, nove técnicos começaram e terminaram a competição com o mesmo cargo. Um recorde.
Sequência comprovado pelos bons resultados. Os três primeiros não mudaram, em sequência: Fluminense (Abel Braga), Atlético-MG (Cuca) e Grêmio (Vanderlei Luxemburgo). Além deles, o Corinthians (Tite), que já havia vencido a Libertadores, o Botafogo (Oswaldo Oliveira), que terminou em 7º, o Santos (Muricy Ramalho), que teve uma temporada 2011 vitoriosa, a Portuguesa (Geninho), que fugiu do rebaixamento, e o Náutico (Gallo) apostaram na manutenção dos treinadores.
E nesse cenário, os pernambucanos são completamente opostos. Com uma campanha sólida e, consequentemente, uma vaga na Copa Sul-Americana 2013, o Náutico seguiu com Alexandre Gallo durante todo o Brasileirão. Já o rival Sport, rebaixado para a Série B, teve três treinadores durante a competição. Vagner Mancini, Waldemar Lemos e Sérgio Guedes passaram pela área técnica rubro-negra.
O troca-troca na parte inferior da tabela também compra essa tese. Além do Sport, o Atlético-GO, o Figueirense e o Palmeiras também alternaram os comandantes. Lanterna, o time de Goiás teve quatro treinadores (Adilson Batista, Hélio dos Anjos, Jairo Araújo, Artur Neto e, novamente, Jairo Araújo). O Figueira apelou para Argel Fulcks, Hélio dos Anjos, Márcio Goiano e Fernando Gil. Já o Verdão teve Felipão e Gilson Kleina.