Como nasce um árbitro de futebol?

Em boa parte dos casos, ter pai árbitro faz nascer a vontade. Na DBAF, um caso raro de um ex-árbitro que serviu como inspiração para um menino.

por Thiago Augustto seg, 01/04/2013 - 20:21

A curiosidade acerca de como é criado um árbitro de futebol deve ser universal. Ao invés de qualquer outra profissão, o que leva a um cidadão querer exercer a função de juiz de futebol. Um o ofício de pouco glamour e muita pressão. A Divisão de Base de Árbitros de Futebol (DBAF) tem inúmeros garotos que desde cedo estudam e se esforçam por um único objetivo: se tornar um árbitro profissional. O portal LeiaJá conversou com alguns desses garotos que contaram como nasceu essa paixão pelo apito.

Caso raro: um ídolo árbitro serviu como inspiração

“Eu comecei a gostar de arbitragem quando vi Rodrigo Cintra apitando. Ai pedi a minha mãe para entrar em uma escolinha de futebol, pagando mensalidade para jogar. Desde cedo eu tinha muita vontade de apitar, mas não tinha onde estudar as regras do futebol. Meu professor da escolinha foi até à Federação Baiana de Futebol e me indicou um especialista nesse assunto, que é o professor Rildo. Eu sonho alto na arbitragem, quero ser um profissional", contou, em voz tímida, o garoto José Rodrigo, de apenas 11 anos.

A Divisão de árbitros de futebol também conta com mulheres

“A princípio eu sonhei em ser jogadora de futebol. Em 2011, mudei um pouco essa minha visão. Um dia estava treinando no antigo projeto que eu participava e o árbitro (Belmiro da Silva/ BA) me indicou à DBAF. Eu então decidi ir para o treino. Desde então, o projeto mudou minha vida. Minha postura em tudo que eu faço é outra. No colégio, por exemplo, eu era bagunceira e hoje em dia não sou mais”, ressaltou Yasmin Carvalho. 16 anos

Importância de uma Divisão de Base de Árbitros

“Eu vejo os jovens da base da DBAF com um futuro promissor, principalmente com qualidade. Digo isso porque a maioria dos árbitros, quando decidem exercer a função, é porque já tentou ou pensou em alguma outra profissão. Ai quando estão com mais ou menos 22 anos eles buscam trabalhar como árbitro. Mas se colocarmos, por exemplo, os garotos do nosso projeto, que estão com 10 anos, para começar a exercer a função desde cedo, tenho a certeza de que quando estiverem mais velhos eles vão estar mais preparados dos que os que estão começando agora. Pois eles estiveram uma base”, explicou Rildo Goés, idealizador do projeto.

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