"DBAF vem para diminuir de uma vez por todas os erros"

Confira a entrevista que o Leia Já fez com o ex-árbitro Rildo Goés, idealizador da DBAF

por Thiago Augustto seg, 01/04/2013 - 20:32
Cortesia/DBAF Rildo Goés (no centro entre os de camisa amarela) já conversou com outros estados para expandir a DBAF. Cortesia/DBAF

“A culpa é da arbitragem”. Essa frase é dita e repetida costumeiramente por parte dos dirigentes que fazem o futebol nacional. Na maioria das vezes, para disfarçar os próprios erros da cartolagem ou dos atletas. Assim, atribuir aos árbitros o peso de um erro na partida virou um clichê futebolístico. Preparar as futuras gerações para saber lidar com essa pressão, formar bem a parte física e técnica dos novos árbitros, entre outros. Para saber como isso será feito, o portal LeiaJá conversou com Rildo Góis, ex-árbitro de futebol e criador da DBAF - Divisão de Base de Árbitros de Futebol. 

LeiaJá - Como surgiu a DBAF (Divisão de Base de Árbitros de Futebol)? 

Rildo Góis - Há cerca de 13 anos, eu tinha como principal objetivo trabalhar com a inclusão social por meio do esporte. Pensando nisso, criei esse projeto de arbitragem de base. No dia 09 de abril de 2011 as coisas começaram a sair do papel. Este ano completamos dois anos de fundação, trabalhando na mesma estrutura, porém com muito mais reconhecimento.

LeiaJá – O que esperar da DBAF para os próximos anos?

R.G – Atualmente temos o objetivo de continuar trabalhando com esses jovens. Deixar o projeto cada vez mais profissionalizado. Já temos um garoto (Luanderson Lima) integrando a Federação Baiana de Futebol. E espero vê-lo na escola da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Iremos continuar trabalhando com esses garotos para que quando eles chegue na maior idade, tenham uma experiência em caixa.

LeiaJá – Qual a importância de levar a DBAF para Pernambuco?

R.G - Seria muito importante. Tivemos recentemente uma reunião com o Sindicato de Árbitros de São Paulo (Safesp) e eles abraçaram a ideia. Inclusive, o Safesp está viabilizando a possibilidade de uma parceria do nosso projeto, em São Paulo. No Rio de Janeiro também a ação foi bem recebida. Espero que essa aceitação venha dos demais estados. Independente de qualquer coisa, vamos entrar em contato com as cidades interessadas e vamos buscar ampliar o nosso projeto.

LeiaJá - O que você acha do atual nível de arbitragem?

R.G - Nossa arbitragem vem melhorando ao passar dos anos, mas vejo que muita coisa precisa mudar. Por exemplo, os critérios das escalas de jogos. Acho que eles não deveriam ser através de sorteios e sim escolhido pelo presidente da Comissão de Árbitros. Porque o presidente, ele sabe no dia a dia se o árbitro está em uma boa fase e apto para apitar. O critério do sorteio em minha opinião atrapalha.

LeiaJá – Esse é o primeiro passo para a profissionalização da arbitragem no Brasil?

R.G - Em nosso país ainda não, por não ser uma profissão regulamentada. Mas no futuro acredito que sim, pois todos os envolvidos no mundo do futebol se profissionalizaram, menos o árbitro de futebol. Eu aguardo ansiosamente pelo nosso dia. Porém, não é aconselhável deixar de estudar. Precisamos estudar sempre independente da profissão, pois a forma de como vai ser essa profissionalização não sabemos e vai ser discutida para aprovação. 

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