Autuori mostra confiança e mira títulos no São Paulo
Confirmado oficialmente nesta quinta-feira, Paulo Autuori foi apresentado nesta tarde no CT da Barra Funda e teve seu primeiro contato com os jogadores na reapresentação do elenco após a derrota para o Bahia por 2 a 1 no Morumbi na quarta-feira.
Campeão da Libertadores e Mundial na primeira passagem vitoriosa em 2005, ele reconhece que encontrará um ambiente bastante diferente. Mergulhado em crise e com o time por ora incapaz de reagir aos maus resultados, o São Paulo conquistou apenas o título da Copa Sul-Americana nos últimos cinco anos. Ele não se enxerga como salvador da pátria e promete conversar com o elenco para recolocar o Tricolor na rota dos títulos.
"Quando falo do protagonismo de jogadores, falo de grupo e é muito importante que o elenco de agora precisa entender é que naquela campanha foram lideranças distintas: o Leão, eu e o Muricy. Um grupo quando é vitorioso, ele não liga se um treinador é assim ou assado, ele se molda e ganha. Antes de se ter uma equipe, temos que construir um grupo", afirmou.
Apesar da preocupação em formar um grupo, Autuori garantiu que seu objetivo é brigar por títulos em todas as competições. "O São Paulo tem uma história e, por isso, tem que ser candidato aos títulos sempre. O clube conquistou esse reconhecimento e não podemos perder tempo. Como líder do time, acredito que devemos dar uma resposta positiva ao torcedor. Estou pronto para esse desafio e quero ser campeão", declarou.
A primeira medida do técnico foi reintegrar o volante Fabrício ao grupo. Ele havia sido afastado por Ney Franco e gerou enorme desconforto no grupo, que tem enorme carinho pelo jogador. "O Paulo nos pediu isso e nós atendemos, conversamos com o Fabrício e ele ficou muito feliz", explicou o diretor de futebol, Adalberto Baptista.
O presidente Juvenal Juvêncio apresentou o treinador e comemorou o retorno do comandante. "O Paulo independe de apresentação. Falamos depois algumas vezes ao telefone e fizemos alguns convites para ele assumir o futebol. Talvez se ele pudesse ter aceitado antes, eu não teria sofrido tantas críticas por causa da substituição permanente de técnicos, mas o mundo do Qatar é diferente do nosso."