Carismático, Flávio Caça-Rato conquistou a torcida tricolor no ano. O atacante foi decisivo nas três decisões do Santa Cruz em 2013. Fez gols nas finais do Pernambucano e da Série C, além do tento no jogo do acesso à Segundona, contra o Betim. Caiu nas graças dos torcedores porque, apesar de reserva, aproveitou as chances que teve no Tricolor. Nas entrevistas, foi tão bem quanto nos gramados. 

Sempre de bom humor. Quando Caça-Rato começava a falar, todos já sabiam que uma frase de efeito estava a caminho. Após o título nacional do Santa Cruz, o atacante disparou: “Eu nasci para brilhar. Foi decisão, podem me chamar que eu resolvo”. 

A torcida Coral gosta tanto do atleta que até em um amistoso da Seleção Brasileira, o atacante foi lembrado. Na derrota para o Brasil contra a Suiça, na Basileia, um cartaz de um torcedor chamou a atenção. “Felipão, Caça-Rato é seleção”, dizia a faixa. Sobre vestir a camisa amarelinha, Flávio foi sincero. “O treinador bem que podia me chamar. Estilo para a Seleção eu tenho.”

A fama do atacante chegou até as passarelas. Caça-Rato viveu, no final de julho, um dia de modelo. O jogador foi convidado por uma emissora de televisão para fazer um ensaio fotográfico. Desinibido, mandou até recado para um companheiro de equipe. “Podem me contratar já (para desfilar). Aprende aí, Dênis (Marques, companheiro de ataque do pernambucano), olha o estilo aqui. Sou assim mesmo, qualquer roupa fica legal em mim”, ressaltou.

Mas, quando preciso, o alegre atacante também sabe cobrar. Antes da diretoria coral anunciar a renovação do atleta, Caça-Rato deu uma “cornetada” no clube. “O Santa Cruz está muito devagar. Ou fico ou não fico. Preciso decidir minha vida”, frisou.