CBV promete ao BB que vai acatar sugestões da CGU
Confederação informou ter apoio irrestrito dos técnicos das duas seleções principais
Um dia antes do prazo final estabelecido pelo Banco do Brasil, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) comunicou à empresa que vai atender as medidas sugeridas pela Controladoria-Geral da União (CGU) para melhorar a gestão dos recursos repassados à entidade no prazo máximo de 90 dias. Após a revelação de irregularidades no uso da verba repassada à CBV, o Banco do Brasil suspendeu o pagamento do patrocínio há uma semana.
Segundo nota oficial da CBV, "o cumprimento integral das ações demonstra que a nova gestão se compromete com uma governança responsável e transparente". A entidade se compromete a reaver os valores de contratos apontados pela CGU como irregulares. O Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que deve se pronunciar publicamente sobre o assunto na segunda-feira. O banco paga estimados R$ 70 milhões anuais à confederação.
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou irregularidades de R$ 30 milhões em contratos da CBV. Conforme relatório de auditoria especial, os problemas envolvem pagamentos feitos entre 2010 e 2013. Ao verificar a gestão da entidade e o destino dado aos recursos federais obtidos, os auditores detectaram 13 contratos com irregularidades. Segundo a CGU, empresas contratadas pertenciam a parentes de ex-presidente, funcionários e ex-funcionários da CBV.
A CBV também informou ter apoio irrestrito dos técnicos das duas seleções principais, Bernardo Rezende e José Roberto Guimarães. E afirmou que espera voltar a receber recursos do banco para que o planejamento das seleções e a realização do Circuito Brasileiro de vôlei de praia não sejam prejudicados.