Guerrero recusou ofertas milionárias do Corinthians
O atacante Paolo Guerrero recusou, em dezembro, uma proposta do Corinthians de quase US$ 4 milhões (cerca de R$ 10 milhões no câmbio da época) para renovar o contrato. Os agentes do atleta, porém, insistiam em receber US$ 7 milhões. Essa negociação foi conduzida ainda pelo presidente Mário Gobbi. O clube não tinha o dinheiro à vista, mas estava disposto a negociar formas de parcelamento.
Quando Roberto de Andrade assumiu o cargo em fevereiro, já com a situação financeira delicada, a proposta do Corinthians jamais alcançou àquela feita em 2014. Mas havia uma predisposição da nova diretoria a buscar recursos para pagar um valor alto ao atacante. Chegou-se a um consenso apenas em relação aos salários. O peruano receberia R$ 500 mil por um contrato de três anos.
Depois de várias reuniões com os empresários do atleta, Roberto de Andrade desistiu oficialmente do negócio em entrevista coletiva na semana passada. No último sábado, os empresários do atleta confirmaram que Guerrero não renovaria o contrato - o vínculo atual termina no dia 15 de julho. Agora, Guerrero está mais próximo do Flamengo, que toparia pagar R$ 12 milhões de luvas ao peruano, mais salários de R$ 500 mil.
A não renovação de contrato, por conta de divergências financeiras, fez com que Guerrero fosse criticado por parte da torcida do Corinthians. O autor do gol do título mundial foi xingado de mercenário por um grupo de torcedores no último domingo, após o jogo contra o Fluminense, no Maracanã.
Por isso a escalação do jogador no jogo de domingo contra o Palmeiras não está confirmada. Em tese seria a despedida de Guerrero com a camisa do Corinthians - após o jogo ele tem de se apresentar à seleção peruana para a disputa da Copa América. Diretoria e comissão técnica devem se reunir nesta quarta-feira para discutir o assunto.