Ídolo na Argentina e no Cruzeiro, Perfumo morre
Considerado um dos maiores zagueiros argentinos de todos os tempos e ídolo da torcida do Cruzeiro, Roberto Perfumo faleceu nesta quinta-feira, aos 73 anos. O argentino atualmente era comentarista de futebol na ESPN e, toda quarta-feira, após gravar, se reunia com amigos num restaurante na região de Puerto Madero. Ele estava na cantina italiana Carletto, como de costume, quando caiu de uma escada na madrugada. Com traumatismo craniano, foi internado em estado grave. No início da noite, não resistiu aos ferimentos.
Nascido em Sarandi em 3 de outubro de 1942, Perfumo se destacou primeiro com a camisa do Racing, faturando a Libertadores e o Mundial Interclubes de 1967. Ele chegou ao Brasil em 1971, para defender o Cruzeiro. Em Belo Horizonte, disputou 138 partidas, conquistando três títulos do Campeonato Mineiro.
"El Mariscal" depois voltou à Argentina, já com 32 anos, para também colocar seu nome na história do River Plate. No Monumental de Nuñez, ganhou três títulos: o Metropolitano de 1975 e 1977 e o Nacional de 1975. Nesta quinta, o River enfrenta o São Paulo com todos os seus atletas utilizando uma tarja preta no braço.
Perfumo nunca conquistou títulos pela seleção argentina, mas disputou duas edições de Copa do Mundo: em 1966, na Inglaterra, e na Alemanha, em 1974. O zagueiro se aposentou em 1978 e depois trabalhou como treinador, comandando Sarmiento de Junín, Racing, Olimpia (Paraguai) e Gimnasia de La Plata. Desde 1993 não trabalhava mais como técnico.