Santos vence ação contra R$ 74 mi cobrados por Damião
Em abril, o Tribunal decretou que o Santos devia desembolsar a imensa quantia por conta da liberação do centroavante para o Betis
O Santos obteve uma importante vitória na longa batalha jurídica que trava com a Doyen Sports por conta de Leandro Damião. Nesta segunda-feira, o clube conseguiu que a 12ª Vara Cível de São Paulo, através do juiz Carlos Aleksander Goldman, revertesse a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que o obrigava a pagar R$ 74 milhões à empresa.
Em abril, o Tribunal decretou que o Santos devia desembolsar a imensa quantia por conta da liberação do centroavante para o Betis. O contrato entre o time da Vila Belmiro e a Doyen Sports previa o pagamento de uma multa em caso de quebra de vínculo entre o jogador e o clube, já que a liberdade de Damião sem ressarcimento significaria perda de dinheiro para a empresa.
O que o Santos alegou, e conseguiu provar à Justiça, é que a ida de Damião para o Betis não representou uma quebra de contrato. O jogador ainda tem vínculo com o clube paulista, uma vez que o acordo de trabalho entre as partes previa que o atleta poderia ser emprestado para outras agremiações.
"O Santos comunica a todos os seus associados e torcedores que a ação de execução movida pela Doyen contra o clube, referente ao valor correspondente a aquisição do atleta Leandro Damião, foi extinta em primeiro grau, reconhecendo o magistrado prolator da decisão a alegação do Santos de que nada deve aquele fundo, no momento, pela aquisição do mencionado atleta, que ainda continua vinculado ao clube, porém, com empréstimo para outras agremiações", explicou o Santos em nota.
A Doyen foi a responsável por pagar os 13 milhões de euros (cerca de R$ 53 milhões na época) pedidos pelo Internacional para a transferência ao Santos no fim de 2013. Por contrato, o clube alvinegro teria que quitar a dívida até o fim do vínculo do atleta.
Além disso, a Doyen estipulou em seu contrato com o Santos que o valor mínimo de Damião no mercado em caso de transferência teria que ser de 18 milhões de euros, justamente para que a empresa não perdesse dinheiro. Com a liberação dele ao Betis, após acordo com o time brasileiro, os investidores foram à Justiça pedir o pagamento deste valor.