Número 2 do golfe também desiste da Olimpíada por zika
Em um comunicado muito semelhante ao distribuído por outros golfistas, Johnson disse que 'não foi uma decisão fácil'
Às vésperas da definição dos 60 homens e 60 mulheres que vão participar da competição de golfe dos Jogos Olímpicos do Rio, lista de desfalques ganhou um reforço de peso. Dustin Johnson, número 2 do ranking mundial, anunciou que não disputará o Rio-2016. Ele é o primeiro golfista norte-americano a tomar esta postura e, como diversos outros atletas do circuito, culpou o vírus da zika.
Em um comunicado muito semelhante ao distribuído por outros golfistas, Johnson disse que "seria uma grande honra representar os EUA nos Jogos Olímpicos", que consultou a família e também sua equipe, e que "não foi uma decisão fácil". "Minhas preocupações com o vírus da zika não podem ser ignoradas. Paulina (esposa) e eu planejamos ter mais filhos e eu sinto que seria irresponsabilidade colocar eu, ela ou nossa família em risco", explicou.
Dustin Johnson é um dos principais golfistas do momento e, no mês passado, ganhou o US Open, seu primeiro Major - o equivalente ao Grand Slam do tênis. Antes dele, outros dois dos Top 4 do mundo já haviam anunciado que não viriam ao Rio: o australiano Jason Day, primeiro do ranking, e o irlandês Rory McIlroy, quarto.
Apesar da desistência dele, os EUA deverão ser o único país com quatro golfistas na Olimpíada, o que só é possível se todos estiverem no Top 15 do mundo. Os americanos têm seis atletas nessas condições.
A imprensa especializada em golfe tem tratado a zika como uma "muleta" para os golfistas que já não desejavam disputar a Olimpíada. O Rio-2016 marca o retorno da modalidade ao programa olímpico e a presença dos melhores profissionais do mundo sempre foi uma incerteza - a maioria absoluta deles nunca se posicionou confirmando que participaria. Agora, o vírus da zika tornou-se um argumento para justificar ausências que já eram esperadas.
Embora tenha alegado que o vírus zika provocou a sua desistência dos Jogos Olímpicos, McIlroy, por exemplo, passou férias em Barbados, um país que também afetado pelo surto desta doença.