Papão celebra os 7 a 0. Remistas têm o deles.

Marca histórica para os bicolores, goleada de 7 a 0 no Remo, em 1945, completa 71 anos. O Leão, porém, impôs placar semelhante ao maior rival bem antes.

sab, 23/07/2016 - 14:50
Trivela/Internet Em 2015, o Papão lançou camisa retrô para marcar os 70 anos dos 7 a 0 Trivela/Internet

A rivalidade centenária entre Remo e Paysandu é equilibrada em diversos aspectos. Mas em alguns aspectos um dos dois se sobressai. O Leão tem a maior série de invencibilidade (33 jogos) e leva vantagem no confronto direto (256 x 230). Enquanto o Papão pode se orgulhar de possuir as maiores goleadas no clássico: 7 a 1, em 1943 e, a mais simbólica, 7 a 0, no dia 22 de julho de 1945.

A partida era válida pelo Campeonato Paraense de Futebol, disputada no Baenão. Os bicolores saíram apenas com 1 a 0 no primeiro tempo, gol de Hélio. No final da primeira etapa, dois jogadores da cada time foram expulsos. Arleto Guedes, pelo Paysandu, e Vicente, no Remo. A equipe bicolor soube aproveitar melhor os espaços nos últimos 45 minutos e fez seis gols com Farias, Nascimentos, Hélio e Soiá (três vezes).

Á época, os bicolores formaram um time conhecido como “Esquadrão de Aço”, que faturaram o pentacampeonato paraense nas temporadas de 1942, 1943, 1944, 1945 e 1947 – não houve Parazão em 1946. E marcaram incríveis 412 gols em seis temporadas. Apesar disso, resultado foi considerado surpreendente naquele momento.

No passado, o Paysandu uma verdadeira viagem no tempo para relembrar a marca. A narração dos gols daquela partida e a repercussão do triunfo podem ser ouvidas aqui.

O Remo também aplicou a maior goleada da história do clássico. A primeira, segundo o jornalista e historiador Ferreira da Costa. Em 16 de janeiro de 1927, em partida válida pelo Campeonato Paraense de Segundos Quadros, espécie de torneio aspirante, chamada também de Segunda Divisão, os azulinos venceram os bicolores por 7 a 0. O placar e o jogo estão registrados no livro "Remo x Paysandu 700 jogos, o clássico mais disputado do futebol mundial", de Ferreira da Costa. Segundo o relato, o Papão abandonou o gramado antes do final do jogo.

Por Mateus Miranda.

 

 

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